Primeiro, foi sétima colocada na Supercopa de Paris, o mais importante e forte torneio do ano depois dos Jogos Olímpicos. Na semana seguinte, conseguiu uma incrível medalha de bronze na Copa do Mundo de Budapeste, na Hungria.
Para chegar à medalha de bronze, Sarah fez seis lutas. Na primeira venceu por ippon a francesa Aurore Climence, vice-campeã da Super Copa do Mundo de Paris em 2007. Depois, passou pela espanhola Vanessa Arenas por yuko. Na terceira luta foi superada pela romena Alexandra Dumitru por ippon. Pela repescagem, Sarah começou vencendo Rada Abdrakhmano, da Rússia, por ippon e em seguida bateu a portuguesa Ana Hormigo por wazari. Na disputa do bronze, superou a japonesa Mayumi Takara por koka.
Com os resultados, roubou a vaga de medalhista de prata nos Jogos Pan-americanos Daniela Polzin, que não conseguiu atingir os mesmos resultados da jovem piauiense. Estava em Pequim 2008, mas ainda não estava satisfeita com seu desempenho
“Mais uma vez eu digo que tenho certeza que poderia ir melhor. Mesmo assim é um resultado muito bom"- Disse depois do bronze.
Nos Jogos, entretanto, nossa atleta de 17 anos caiu na primeira rodada diante de uma húngara, favorita ao título da competição, num ippon com dois minutos de luta. Ela saiu de cabeça erguida da competição, apontando seus erros " "Uma coisa que dá para perceber é que você precisa ter muita força para lutar contra as européias. Você tem que ser forte e ainda ter preparo físico, para agüentar o tranco e ainda ter gás para encaixar os golpes. Eu preciso melhorar bastante ainda"
Lutando contra atletas de sua idade, no mundial junior no mês de outubro, conseguiu uma brilhante medalha de ouro. Em sua campanha, Sarah ganhou de Maria Velazquez (VEN) por ippon; passou por Kelly Edwards (GBR) por ippon; derrotou Kristina Vrsic (SLO) por ippon; superou a japonesa Yumi Asaka com um wazari no golden score e, na decisão, outro ippon sobre Derya Cibir.
“A experiência nessas competições importantes me deu tranqüilidade e confiança para lutar o Mundial Júnior. Apesar de cansada, estava bastante motivada”, comenta a atleta. “Uma coisa que fez a diferença sem dúvida foi a parte psicológica, a cabeça. Era isso que eu conversava o tempo todo com os meus técnicos Expedito, Mário (Tsutsui) e Henrique (Guimarães)”, completa, referindo-se ao treinador de seu clube e aos treinadores da seleção brasileira júnior.
Antes do mundial, a atleta passou por maus lençois ao ficar sem o título brasileiro no torneio disputado em sua terra natal, em Teresina. Porém, soube tirar proveito da derrota " Há poucas semanas perdi meu primeiro campeonato brasileiro. E o pior: em casa. Acho que foi na hora certa", disse referindo-se ao torneio perdido.
No fim do ano, agora, ela deixou meio de lado o esporte que ama, para se dedicar aos estudos e ao vestibular de medicina. Mas ela adora desafios: “Esse ano foi muito corrido e eu perdi muita aula. Gosto das coisas difíceis assim"
Vamos esperar os resultados de nossa atleta, que ano que vem poderá disputar novamente o mundial junior, já que ela não chegou ainda na idade limite da competição. No início do ano terá a definição da seleção nacional que disputará o mundial adulto e ela entra como a favorita na categoria até 48kg.
Essa menina tem um futuro e tanto na seleção
Nenhum comentário:
Postar um comentário