"O livro tem bastidores do circuito do tênis. Vida, vitorias, derrotas, coisas engraçadas. Escrevi porque queria desmitificar o circuito para as pessoas, nunca ninguém escreveu sobre bastidores do circuito. Acho que quem ler vai entender a vida de um tenista" Disse Meligeni por e-mail, muito gentilmente depois de eu pedir para ele dar uma pequena pitada do livro.
Dividida em 18 capitulos, a obra trás desde a formação do tenista Fernando Meligeni até como foi a passagem do tenista pela posição de capitão da seleção na Copa Davis depois de um momento conturbado vivido pelo tênis brasileiro, em que a CBT esteve brigada com todos os jogadores.
José Nilton Dalcim, paulista de 48 anos, é jornalista especializado em esporte há 26 anos. Acompanha o circuito desde 1980 e é diretor editorial de Tenisbrasil, elogiu o livro:
"Fininho evitou contar histórias mais picantes e polêmicas, mas isso não diminui o valor do trabalho, que traz um panorama bastante rico do que foi sua grande trajetória no tênis internacional, mostra bem as dificuldades que todo tenista tem de encarar para chegar longe no circuito e dá umas pinceladas na dura vida, que às vezes parece tão fácil, desses atletas.Um dos capítulos mais interessante é, sem dúvida, quando ele trata da sua escolha pela cidadania brasileira, ilustrada pela presença nos Jogos Olímpicos de Atlanta, em 1996. É sem dúvida uma leitura obrigatória não apenas para os que gostam de tênis, mas também para a garotada que sonha um dia chegar lá" Disse em seu blog dias depois do lançamento do livro.
Um livro fácil de ler, que em um dia você consegue matá-lo tamanha a espontaneidade com que as histórias são contadas. Vale a pena ler o livro!
Fernando Meligeni não era um jogador que tinha a melhor técnica do circuito. Mas mostrava ser o mais raçudo, o que não desistia nunca e isso o levou a uma semi final em Roland Garros, uma semi final de Copa Davis, uma semi final de olimpíada e ao 25º lugar no ranking mundial!
Era muito legal ver jogos dele, fantástico.
Trecho mais ingraçado, página 174, sobre um W.O vitorioso que teve no Pan de 2003: "O árbitro me explica a regra que eu nem conhecia: " A partir do momento em que eu te informar que o tempo(No caso 15 minutos de tolerância de espera do tenista adversário) acabou, você tem que sair de quadra. Quando você pisar fora da quadra, acabou, você venceu por W.O e não tem mais volta".
A coisa parece um ritual mas é mesmo assim que funciona.
Iniciei a curta caminhada para fora da quadra, pensando no que faria se eu visse ele correndo desesperado, como um aluno atrasado para um aula que não poderia perder. Se saio, posso parecer um cagã0. Se fico e perco jamais me perdoaria. Olhei para baixo e esperei um grito " Não saia da quadra", que não veio.
Outro trecho, sobre a Copa Davis de 2000, quando venceu o quinto e decisivo jogo das quartas de finais, quando a quadra de Santa Catarina já tinha esvaziado devido a derrota de Guga: " Eu ia Ganhar. Mas a galera não estava lá.Confesso que isso me decepcionou. Era como se as pessoas não acreditassem em mim(..) Perdi o primeiro set e vi mais gente indo embora. Durante uma virada de lado, comentei isso com o Pardal e ele estava com a resposta pronta: "mostra que eles estão errados, que eles deveriam ficar para ver você ganhar esse jogo"
E você mostrou Fino, você mostrou
É semprebom termos livros como esse que contam um pouco da vida esportiva de um atleta, mostrando que ele é um ser humano como outro qualquer.
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