quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Promessas- Gabriella Silva


A evolução da nadadora brasileira Gabriella Silva é íncrivel. Ela começou o ano sem nunca ter baixado de um minuto na carreira e hoje em dia já nadou 58s00 nas olimpíadas nos 100m borboleta e fez, na parcial do revezamento medley do Brasil, a sexta melhor marca da história dos 100m borboleta em um revezamento, com 56s97.

Gabriella conseguiu em 2006 o primeiro recorde sul-americano de sua carreira. Conseguiu nadar sua principal prova em 1min01s13, quebrando um recorde que pertencia a Gabrielle Rose, que posteriormente se naturalizou americana mas que ainda detinha esse recorde há 10 anos.

Nos Jogos Pan-americanos do Rio de Janeiro, ano passado, ela ficou com a medalha de bronze com a marca de 1min00s50, sua melhor até então, e foi humilde ao falar sobre o ouro: "Foi o que deu para alcançar", disse Gabriela após a prova. "As norte-americanas ainda estão um pouco à frente, não adianta. Dei o meu máximo, mas não deu para competir com elas."

Mal sabia ela que um ano depois ela teria tempo de sobra para ficar com esta medalha de ouro e seria a única finalista olímpica da natação feminina brasileira em Pequim com a sétima posição na prova.

Hoje, aos 19 anos, tem tudo para continuar crescendo e uma prova disso foi a marca que fez no Troféu José Finkel, duas semanas depois dos Jogos Olímpicos, nos 50m borboleta, com 26s22 feitos quando foi medalha de bronze nos 50m LIVRE. Isso mesmo, nossa atleta nadou os 50m livre no campeonato brasileiro no estilo borboleta e ficou na terceira posição. O tempo, não foi homologado para os 50m borboleta, mas ela se mostrou em forma o bastante para fazer 26s28 nos 50m borboleta e ficar com o sétimo tempo do ano na prova, que ainda não é olímpica.

O que eu já disse e repito é que tenho medo que sua evolução tenha parado por aí, como aconteceu com Joanna Maranhão, que só voltou a melhorar seus tempos depois de quatro anos do quinto lugar em Atenas 2004, o que lhe rendeu ""apenas"" o 17º posto em Pequim. A natação evolui muito e Gabriella terá de ir junto com a maré. Mesmo sua prova sendo a única do certame feminino a não ter o recorde olímpico batido em Pequim(Inge de Brujin tem 56s91 de Sydney), hoje em dia tempos dez atletas em condições de nadar na casa dos 57s.

É torcer para que ela mantenha essa evolução que teve em 2008 para que chegue em 2012 com reais chances de medalha nos 100m borboleta. O mundial de Roma, ano que vem, é o primeiro passo para isso!

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