A principal função das Confederações não é criar medalhistas e sim uma estrutura para que possamos chegar na olimpíada ou no mundial com chances de medalhas. E a CBDA conseguiu isso, visto que Káio Márcio, Thiago Pereira e Gabriella Silva chegaram ás finais e o país bateu o recorde nesse quesito. E ficou pouco, já que tínhamos atletas capazes de serem finalista no nado peito, nos costas além dos revezamentos masculinos que decepcionaram e o feminino medley que ficou no quase. E tivémos também resultados incríveis nas maratonas aquáticas.
O papel da Confederação foi feito. Chegamos em Pequim com chances reais de fazer 12 ou 14 finais, é só ver os tempos de nossos atletas antes dos Jogos em relação aos oitavos colocados. Mas na hora, o maior papel realmente é do atleta, tudo que poderia ser feito já tinha sido feito.
Não estou falando que a CBDA é perfeita, tem todos seus defeitos, principalmente o presidente Coracy Nunes que vontade parece ter de sobra, mas quer aparecer mais que os atletas. Só estou querendo dizer que o trabalho foi feito, os atletas melhoraram em quatro anos e não é porque o ouro veio de um atleta que treina fora que temos que esquecer o trabalho da entidade.
Falta muita coisa nesta confederação, mas ela é responsável pela evolução da natação brasileira. Esta é inegável. Agora que o Nado Sincronizado, os saltos ornamentais e principalmente o Pólo Aquático precisam de mais apoio, precisam. Principalmente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.
Para Londres, mais uma vez, a Confederação terá de trabalhar duro para fazer com que o Brasil chegue aos Jogos Olímpicos com mais chances de finais e de medalhas que em Pequim. Essa é a missão. A condição de medalhista é com o atleta.
E para quem não considera o ouro de Cielo do Brasil Coloca uma medalha para a natação tupiniquim em 2004, já que Georgina Bardach, bronze nos 400m medley em Atenas, treinava no Brasil, como técnicos brasileiros e só evoluiu tanto graças ao talento de sua maior rival Joanna Maranhão. E o campeão do salto em distância deste ano, o panamenho Irving Salandino, saindo um pouco da natação, treina no Brasil e dedicou metade da medalha a nossa pátria. Quem não computa a medalha de Cielo para o Brasil deve computar essa.
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