GINÁSTICA ARTÍSTICA
Daiane foi pega no doping. Lais engordou, foi alvo de polêmica no Pinheiros e continua fora dos tablados. Danielle Hipólito, contundida, não foi ao mundial. Jade esteve contundida o ano inteiro e voltou só em novembro. A ginástica artística feminina virou de cabeça para baixo. Quem conseguiu os melhores resultados esse ano foram Bruna Leal, finalista no individual geral, e Etiene Franco, ganhadora de algumas medalhas em Copas do Mundo.
No masculino, Arthur Zanetti ficou em quarto no mundial nas argolas, aparelho que nunca teve tradição no Brasil. No mesmo torneio, com apenas 17 anos, Sergio Sezaki conseguiu o melhor resultado da história de um brasileiro no individua geral, terminando em 19º.
Sergio, aliás, foi o destaque brasileiro do ano. Ele, que treina em São Caetano, disputou o pan-americano juvenil em Sergipe, encantou a todos, até mesmo aos americanos, levando cinco ouros. Por equipes e individual geral, além de por aparelhos solo, salto e paralelos. Ele ainda levou cinco ouros no Ginasíade, competição disputada pelos principais atletas escolares do mundo.
Voltando a falar das meninas, foi um dos anos mais pobres para nosso país nas etapas da Copa do Mundo. Sem a presença das contundidas e mais famosas Jade, Lais, Daniele e Daiane, quem brilhou foi Etiene. Ela foi bronze nas barras paralelas em Cottubus e Maribur, bronze no solo e na trave na etapa de Moscou e chegou ao todo em 10 finais durante o ano. Ana Claudia levou uma prata e foi a outra atleta que subiu ao pódio pelo Brasil no circuito mundial.
Bruna Leal teve um final de ano muito bom. Depois de ser finalista no individual geral no mundial, principal competição do ano, ela terminou com um bronze, nas barras, e uma quarta posição, no solo, na última etapa do ano, em Stuttigart. Lembrando que Kwiane Dias chegou a 2 finais durante o ano, assim como Priscilla Cobello. Bruna, Priscilla, Kwiane e Etiene representaram o Brasil no mundial.
Bruna Leal foi o grande destaque, ficando na 14ª posição. A garota, de apenas 17 anos, é uma das esperanças brasileiras.Etiene Franco, com sua queda na trave acabou fora da final geral onde com certeza ela chegaria. Tirou apenas 11,300 com sua queda e ficou distante da vaga na final. Entretanto, segue regular em todos os aparelhos.Kyuani Dias foi, de certa forma, uma decepção. Disputou só dois aparelhos, tirou notas fracas e ficou distante de uma final. Priscila Coelho, a menos conhecida do time, fez apresentações apenas regulares, também longe de uma final.
No mesmo mundial, o grande destaque brasileiro foram os já citados Arthur Zanetti e Sergio Sesaki. A decepção foi Diego Hipólito. Ele chegou como um dos favoritos ao título no solo, depois de medalhas de ouro nas etapas da Copa do Mundo de Marirbor, Glasgow e Moscou, além da prata em Cottubus. Porém, decepcionou e ficou apenas na nona posição do solo, fora da final.
Depois, se reabilitou ainda em 2009. Ganhou mais dois ouros em etapas da Copa do Mundo e terminou a temporada como campeão do circuito mundial, com cinco ouros. É tetracampeão, feito único na história.
Agora, voltando a falar das meninas. A base, tão vitoriosa em 2009 no masculino, está fraca no feminino. Mesmo com boas meninas jovens já disputando as competições adultas, as juvenis ficaram longe do sucesso. Ficaram apenas com o bronze no pan-americano juvenil, sem medalhas no individual geral nem por aparelhos. No brasileiro juvenil, o destaque foi a campeã de três aparelhos, Janaina Silva. Futuro? Que nada, a atleta desistiu do esporte.
A contusão degenerativa no punho de Jade Barbosa não tem cura, segundo diagnóstico dado pelo especialista Sandro Deodato, médico da ginasta. O caso é considerado raríssimo. A atleta tem uma degeneração no capitato, um dos ossos da mão. Jade vem treinando apenas os membros inferiores no Flamengo e não participou da seletiva para a seleção brasileira permanente. Voltou a competir durante o Campeonato Brasileiro em novembro.
No brasileiro, ela venceu o solo, mas não disputou os quatro aparelhos. No individual geral, o título ficou com Bruna Leal. Na trave, deu Etiene, nas barras Bruna Leal e no salto Letícia Costa. No masculino, ouro de Diego no solo e no salto, de Arthur nas argolas, Mosiah no cavalo, Péricles Silva nas paralelas e Caio Costa na barra. O último, esteve no mundial e disputou três aparelhos.
2010 é ano de mundial da ginástica. Mundial por aparelhos, que pode consagrar Diego Hipólito e Arthur Zanetti. É ano da expectativa do que a nova geração da ginástica pode fazer entre as meninas.
GINÁSTICA RITMICA
Mais um ano ruim para a ginástica ritmica nacional. A equipe brasileira, dona de sete ouros nos últimos três Jogos Pan-americanos, não conseguiu uma boa renovação, segue com resultados bons em campeonatos mundiais e Copas do Mundo, o mesmo acontecendo com nossos times de base. No individual, que o Brasil nunca teve tradição, Angélica segue sendo nossa principal atleta, mas sem grandes resultados em termos mundiais.
No Campeonato Mundial, No individual, um resultado já esperado, sem nenhuma atleta entre as 60 melhores, e por equipes nosso time se manteve entre os últimos colocados.
Se somarmos os resultados de nossas atletas no individual, a equipe seria a 29ª melhor entre as 33 que levaram trÊs atletas. Ana Paula Schefer ficou em 68º entre as 142 ginastas, Eliane Sampaio em 95º e Rafaela Costa 114º.
Se somarmos os resultados de nossas atletas no individual, a equipe seria a 29ª melhor entre as 33 que levaram trÊs atletas. Ana Paula Schefer ficou em 68º entre as 142 ginastas, Eliane Sampaio em 95º e Rafaela Costa 114º.
Por equipes veio a maior decepção. Após ficar em 11º lugar na edição de 2007, em Patras (Grécia), o conjunto brasileiro terminou apenas na 21ª colocação em Mie. O grupo formado por Nathane Garcia, Ana Paula Ribeiro, Jéssica Oliveira, Natália Sanchez, Ana Paula Alencar e Laís Pascoalino somou 41,625 pontos e ficou à frente apenas de outras três equipes.
A posição ruim já era prevista. Em 2008, foi última na Olimpíada. Em 2009, o time disputou a etapa de Mink da Copa do Mundo e ficou na 19ª e última posição nas elimiantórias mais de 3 pontos atrás do penúltimo.
Para 2010, a seleção será formada por Ana Paula Alencar (PR), Ana Paula Ribeiro (ES), Ana Paula Scheffer (PR), Jéssica Oliveira (PR), Jéssica Mayer (SC), Natália Gáudio (ES), Natália Peixinho (SP), Larissa Barata (SE), Letícia Dutra (SC) e Luisa Matsuo (SC). O principal desafios do Brasil são o Pré-Pan, e a meta da Seleção Brasileira é se classificar entre as cinco primeiras, qualificando-se assim para os jogos Pan-Americanos de 2011.
Na base, resltados preocupantes. A Seleção Brasileira de Ginástica Rítmica disputou o Campeonato Pan-Americano Juvenil, em Cuba, e garantiu a segunda colocação no conjunto por equipe (quatro arcos e quatro fitas). Nos resultados individuais por aparelho, destaque para a ginasta capixaba Emanuelle Lima, que conquistou a medalha de prata nas maças.
Angélica Kvieczynski foi o nome individual do Brasil. A medalhista de bronze no último Pan, venceu todas as etapas do Circuito Caixa e, no brasileiro, levou ouro em todos os aparelhos: fita, arco, corda e bola, conquistando, assim, o título individual geral. A jovem Eliane Sampaio também foi bem, com três pratas e um bronze.
TRAMPOLIM ACROBÁTICO
A Ginástica de trampolim segue como o primo pobre a ginástica. Sem divulgação, sem mídia e com poucos resultados relevantes nas provas olímpicas, o esporte não teve um ano muito bom aqui no Brasil.
No mundial, o melhor resultado foi conquistado por Joana Perez, que ficou na 45ª posição.Depois de uma primeira apresentação com falhas, ela se recuperou na segunda apresentação e saltou algumas posições. Se tivesse feito a primeira apresentação igual a segunda, estaria entre as 25 do mundo. Uma pena para nossa jovem atleta. Vanessa dos Santos foi 58ª.No masculino, Thiago Cardoso foi 52º, Ramirez Pala 62º e Rafael Andrade 68º. Ramirez fez uma primeira apresentação bem melhor que a segunda, em que ele deve ter caído. Ele foi o 36º após a primeira série e depois terminou em 62º.
No Campeonato Brasileiro, Taissa Garcia superou Joana Perez e ficou com a medalha de ouro na competição, disputada em Goiania. A medalhista pan-americana, Giovanna Bastos passou o ano machucada e deve voltar com tudo em 2010. Carlos Ramirez foi campeão entre os homens, se mostrando realmente o melhor do país.
2009 foi importante pelo intercÂmbio. Os atletas brasileiros disputaram duas etapas da Copa do Mundo na Europa, com resultados não tão bons, mas com a importância de competir entre os melhores do mundo. Thiago Pinto ficou em 37º entre os 65 atletas na etapa da Alemanha e foi o melhor resultado nessas competições.
2010 é ano de mundial, que agora é anual, o que aliás é a tendencia de acontecer com a maioria dos esportes que tinham um mundial bienal.
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