sexta-feira, 25 de maio de 2012

Passaporte Carimbado- Lara e Nayara

O nado sincronizado é um dos esportes mais bonitos dos Jogos Olímpicos e o Brasil estará, pela quarta Olimpíada seguida, representado no dueto, por Lara Teixeira e Nayara Figueira. O objetivo, é voltar a uma final olímpica, que escapou há quatro anos, quando o mesmo dueto ficou em 13º lugar: "Queremos essa final de qualquer jeito, estamos com aquele 13º lugar engasgado" garante Lara, que viu a 12ª posição escapar em Pequim por 0,249 pontos, "temos que ficar de olho na Coreia e na República Tcheca".

No ciclo olímpico, o dueto brasileiro conseguiu se manter entre as 12 melhores do mundo. No mundial de 2009, ficaram em 10º na rotina técnica e 11º na livre. Ano passado, em Shangai, 12º lugar em ambas as rotinas, resultado que foi bom, mas que não satisfez 100% nem ao dueto brasileiro, nem a técnica Andrea Curi. Elas querem mais: "Vamos para cima das francesas, americanas e até das britânicas" confia Lara, o que deixaria o Brasil no top-8 do mundo.

Existirá uma briga muito boa entre a oitava e décima quarta posição em Londres e todos os duetos estão muito embolados na disputa.

Até Londres, elas não vão disputar nenhuma competição, com o objetivo e intensificar o treino físico. "Precisamos ficar fortes e energéticas nas cores, por isso não disputamos nenhuma competição até embarcar para Londres. Queremos competir mais que o nosso 100% na Olimpíada", diz Lara, que esse ano, ao lado de Nayara, ficou em nono lugar no pré olímpico, em Londres. Na ocasião, a dupla ficou  a frente da França na Rotina técnica, mas foram superadas na livre.

Vale lembrar que, nos mundiais, são duas disputadas diferentes, a rotina técnica e livre, com eliminatórias e finais em cada um dos quesitos. Na Olimpíada, as notas são somadas e apenas uma medalha é entregue. 

Uma grande discussão que gira em torno do nado sincronizado é o preconceito dos juízes na hora de dar as notas. Em Pequim, muitos especialistas disseram que as apresentações de Lara e Nayara foram melhores que a das suíças, mas os árbitros foram mais rigorosos com as brasileiras. Lara comentou que nos últimos quatro anos, as coisas mudaram: " Conseguimos ao longo desse ciclo mostrar nosso trabalho na água e tiramos um pouco esse estigma de subjetividade do nosso esporte.Temos trabalhado muito para não deixar duvidas nos árbitros que melhoramos e que merecemos mais notas. Nos jogos olímpicos os árbitros são mais bem preparados e acredito que não haverá preconceito nenhum".


O dueto brasileiro provou durante todo o ciclo olímpico que pode sim conseguir uma vaga na final olímpica, o que já seria um resultado bom. Melhor ainda, se conseguirem ficar entre as 10 melhores do mundo, e conseguir o melhor resultado do Brasil em Olimpíadas.


A série Passaporte Carimbado falará das chances de cada um dos brasileiros que vão a Londres. Objetivo é chegar aos Jogos Olímpicos tendo entrevistado TODOS os brasileiros de provas individuais e uma boa parte dos coletivos.

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3 comentários:

  1. Puxa Guilherme, acompanho o teu trabalho desde antes de Pequim e fiquei muito feliz em te ver hj na Tv. Parabéns cara!!!!

    não tenho twitter, daí o recado foi por aqui mesmo kkkkk, Abç.

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  2. Gostei muito de post, sei que é quase impossivel elas ganhar uma medalha.. Mas se isso acontecesse seria muito legall...

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