quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Robert Scheidt e Bruno Prada


Cielo, volei de praia, vôlei de quadra, Fabiana Murer...O Brasil chega a Londres como favorito em algumas provas. Mas, na minha opinião, os maiores favoritos ao ouro entre os brasileiro são Bruno Prada e Robert Scheidt, na classe Star da vela.

É impressionante a regularidade da dupla. Em 2011, o ano foi quase perfeito. Foram quatro títulos em etapas de Copa do Mundo, dois deles antes mesmo da Regata da Medalha, última das provas, que vale o dobro da pontuação. Uma dessas Copas do Mundo foi a etapa da Grã Bretanha, disputada nos moldes dos Jogos Olímpicos, com um atleta por país, na mesma raia e na mesma época do ano dos Jogos de Londres.

No Mundial, disputado na Austrália no último mês de dezembro, medalha de ouro para a dupla, que chegou a última regata, a da medalha, com 20 pontos de vantagem para o segundo colocado. Ou seja, só perderiam o título se ficassem em último na Regata e seus rivais vencessem,o que obviamente não aconteceu.

2012 começou como terminou 2011. Na Copa do Mundo de Miami, após oito regatas, Robert e Bruno lideram.

E o principal trunfo da dupla é a regularidade. Dificilmente eles terminam o primeiro dia na liderança. Eles ficam em todas regatas entre os seis primeiros, então terminam o primeiro dia geralmente em terceiro ou quarto, passam para segundo no dia seguinte e costumam assumir a liderança no terceiro dia, para não perder mais.

Eles são MUITO regulares. Enquanto as outras duplas perdem pontos importantes, ficando duas ou três regatas fora dos dez primeiros, eles fazem todas as regatas no top 10, muitas vezes nem precisando descartar um resultado muito ruim.
No Mundial, por exemplo, foram oito das 11 regatas entre os cinco primeiros, assim como aconteceu no evento teste de Londres. Na Semana da França, melhor ainda, nove das 11 regatas entre os cinco primeiros, sendo que todas entre os 10. Em Medemblik, com apenas oito regatas, a dupla ficou no top 5 em todas as disputas.

O grande, e talvez único rival, são os campeões olímpicos Ian Percy e Andrew Simpson. Batidos em duas etapas da Copa do Mundo do ano passado, eles não participam de todo circuito, mas tem sido constantemente derrotados pelos brasileiros.
No último mundial, uma cena curiosa. Os britânicos lideravam a competição quando um deles sentiu uma lesão na quinta regata e a dupla abandonou a competição.

Em esporte é complicado falar de certezas. Mas é muito provável que apenas uma dupla possa tirar o ouro dos brasileiros, os britânicos

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