terça-feira, 9 de agosto de 2011

Tiro esportivo- Pan


Foi definida a equipe brasileira que vai aos Jogos Pan-Americanos no tiro. Além de melhorar o número de medalhas, o Brasil vai lutar por vagas nos Jogos Olímpicos. É a última chance para os brasileiros nas provas de pistola e carabina. No tiro ao prato, existe uma chance antes, o mundial no fim de agosto. Mas, como o Pan é em outubro,será a última chance de vaga olímpica.

Primeiro, vamos lembrar que o tiro esportivo é dividido em duas modalidades totalmente diferentes. O tiro de bala, nas provas de pistola e carabina, e o tiro ao alvo, na fossa olímpica, dublê e skeet. Também é bom lembrar que não podemos comparar as campanhas brasileiras com os Pans até 1995, quando ainda eram disputadas as provas por equipes, o que aumentava muito o número de pódios.

Acho que além das vagas olímpicas, o foco brasileiro é na medalha de ouro, que não vem desde 1975. E o mais interessante é que, ao contrário de alguns esportes, o tiro é muito forte no Pan. Os países levam seus melhores atletas, alguns deles campeões mundiais e olímpicos.

Julio Almeida é a principal esperança brasileira, principalmente na pistola de 10m. Ele ainda precisa garantir a vaga olímpica, que por duas vezes ficou tão próxima, na Copa do Mundo e no Pan-Americano do ano passado. O ouro no Pan do Rio também escapou por pouco. Esse ano, ele já fez 585 pontos, que lhe daria até mesmo medalha olímpica e ou mundial.

No feminino, Ana Luiza Ferrão ganhou o pré olímpico das Américas ano passado e por isso entra como uma das favoritas ao ouro na pistola. Mas, esse ano, ainda não foi tão regular. Conseguiu um 587 na seletiva que foi muito bom, daria uma final olímpica até.

Nas provas de carabina, o Brasil está um pouco abaixo e não tem tantas chances de pódio. Bruno Heck é o destaque brasileiro, já que disputa as três provas- 3 posições, 10m e deitado. Bruno fez uma prova espetacular, com 597 pontos em 600 possíveis em uma das seletivas, que lhe daria uma medalha olímpica.

Nas provas de tiro ao prato, o Brasil tem a vaga olímpica de Filipe Fuzaro, que chegará ao Pan como um dos favoritos na fossa dublê. Na fossa olímpica, Rodrigo Bastos, que fez 124 em 125 pratos em 2003 e levou a prata ficou a um prato da vaga olímpica pelo mundial do ano passado.
No feminino, Janice Teixeira não vem fazendo grandes marcas, mas nunca se pode duvidar de uma medalhista. Ela subiu ao pódio no Pan de 2003.

A equipe brasileira vai com dois atletas em cada prova. Ao todo, são oito nomes no tiro ao prato e 12 nas provas de tiro bala. Claro que todos vão fortes e querem o pódio, mas acredito que o Brasil tenha três ou quatro medalhas. Uma de ouro iria ser maravilhoso, é possível, mas não apostaria.
Se os atiradores alcançarem suas melhores marcas do ano no Pan, vamos ter várias medalhas. Porém, é muito difícil repetir marcas no tiro, não é tão comum quanto na natação e ou atletismo.

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4 comentários:

  1. Guilherme respeito demais você , pois é coerente e realmente é apaixonado por esportes
    Sou um dos atletas que vai o Pan no Tiro.
    Prefiro não me indentificar, mas te digo, nós do tiro vamos arrebentar nessa Pan , vai vim muitas medalhas e mais que um atleta vai vim com o Ouro no México

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  2. Amigo, torço demais para que isso aconteça!!

    Abraços!!!

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  3. Com o grupo já definido para o Pan de Guadalajara e com duas vagas asseguradas para a Olimpíada de Londres 2012, o tiro esportivo brasileiro vive uma fase de previsões e (boas) expectativas para os próximos compromissos internacionais.

    O otimismo gerado com os resultados pré-Pan é tanto que ressoou na voz máxima da Condeferação Brasileira de Tiro Esportivo (CBTE). Para o presidente da entidade, Paulo Lima e Silva, as chances de medalha em todas as provas de tiro no México são reais. "Somos 'top de linha'. Estamos indo (para o Pan) com uma equipe muito forte. Espero por muitas medalhas. Nas Américas, só temos os Estados Unidos como concorrentes."

    Ainda de acordo com Lima e Silva, o desempenho no Pan, contudo, terá mais utilidade na busca por vagas em Londres 2012 do que propriamente pela hegemonia continental. "Do nosso ponto de vista, estamos em busca de mais vagas para os Jogos Olímpicos de Londres. Já temos a Ana Luiza (Ferrão) que compete na prova de pistola 25m, e o (Filipe) Fuzaro, da fossa double. Queremos, no mínimo, mais três lugares."

    O Brasil participa das provas de tiro esportivo no Pan de Guadalajara com 23 atletas. Com tantas opções de pódio, Lima e Silva não se furta em pinçar os nomes em que mais deposita confiança. "Além da Ana e do Fuzaro, temos o Julio Almeida (pistola de ar e pistola 50m), o Stênio Yamamoto (pistola 50m) e o Bruno Heck (carabina de ar, carabina deitado e carabina 3 posições), que é uma revelação."

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