domingo, 12 de junho de 2011

Vôlei de praia

Começa amanhã o Campeonato Mundial de vôlei de praia, evento que acontece a cada dois anos e é o que mais vale pontos para o ranking mundial. Esse ano, a competição acontece em Roma, no Foro Itálico, palco em que Cesar Cielo brilhou no mundial de 2007, com duas medalhas de ouro.

E o Brasil pode brilhar novamente na Cidade Eterna. Cinco duplas masculinas e quatro femininas defendem nosso país no Mundial que tem tudo para ser o mais equilibrado da história. Isso porque, em cinco etapas femininas e quatro masculinas, já aconteceu de tudo no Circuito Mundial.

Rogers e Dalhausser e Walsh e May começaram o ano como favoritos em tudo, mas não foi isso que aconteceu. A dupla feminina perdeu duas partidas para Juliana e Larissa, ficou uma etapa fora devido a uma contusão de May, mas voltou com tudo na última semana e foi campeã do Grand Slam da China. Rogers e Dalhausser começaram muito bem, mas perderam as últimas duas etapas. Na China, por sinal, saíram por problemas de contusão de Rogers.

Sem o favoritismo absoluto, está tudo aberto.

No masculino, acredito que Emanuel/Alisson e Marcio/Ricardo são as duplas brasileiras com mais chances de bater os americanos. Os alemães Brink e Reckermann, atuais campeões mundiais, também estão na disputa, assim como os chineses Xu e Wu e os espanhois Gavira e Herrera. Outra dupla americana, Lucena e Fuerbiger, e outra dupla alemã, Klemperer e Koreng brigam por fora.

O Brasil não conquista o título no masculino desde 2005, no Rio de Janeiro, quando Ricardo e Emanuel saíram campeões. Desde então, em 2007 deu Dalhausser e Rogers e em 2009 Brink e Reckermann.


No feminino, o jejum é ainda maior. Desde 2001, quando Adriana Behar e Shelda foram bicampeãs, o Brasil não sobe no lugar mais alto do pódio em mundiais. Em 2003, 2005 e 2007 vitória de May e Walsh. Em 2009, Ross e Kessy foram campeãs, depois de serem as únicas não brasileiras na semifinal(Juliana e Larissa ficaram com o vice, Talita e Maria Elisa com o bronze e Ana Paula e Shelda em quarto).

Se torneio masculino está aberto, o feminino nem se fala. Walsh e May tiveram um primeiro semestre de altos e baixos, assim como o de Juliana e Larissa, que venceram as duas primeiras etapas e depois não subiram mais ao pódio.
Curiosamente, mais regulares que as duas duplas, estão suas compatriotas. A dupla líder do ranking é a atual campeã mundial Kessy e Ross, dos EUA, seguidas por Maria Elisa e Talita.
As holandesas Van Ieser e Keizer venceram duas etapas, estão em quarto no ranking empatadas com outra dupla surpreendente, as irmãs Scwaiger da Áustria.

As outras duplas brasileiras podem surpreender, mas não são favoritas a ficar entre as semifinalistas. No masculino, Bruno e Benjamin e Harley e Thiago, além da dupla recém formada, Pedro Solberg e Ferramenta, que entrou no lugar de Pedro Cunha. No feminino, Maria Clara e Carol ainda não fizeram uma grande competição em 2011 mas o mundial é uma ótima opção para isso. Por fim, Taiana e Vivi, que fizeram algumas boas campanhas esse ano, podem surpreender.

Vale a pena acompanhar a competição, que reune 48 duplas masculinas e 48 femininas. O regulamento divide as duplas em 12 grupos de 4. Os dois primeiros de cada grupo mais os oito melhores terceiros colocados avança ao mata-mata. A partir dali, cinco jogos para o título, sem direito a repescagem.

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