O Brasil fechou o primeiro dia do sul-americano, que está sendo disputado em Buenos Aires na Argentina, em primeiro lugar. Foram seis ouros em onze provas, totalizando 13 pódios, bem a frente dos rivais. A Colômbia, que seria o maior rival, teve um primeiro dia ruim, com apenas um ouro. Os donos da casa, com três ouros, estão em segundo, mas muito pela destribuição das provas, que colocou o martelo feminino e o peso masculino no primeiro dia, provas em que nuestros hermanos eram francos favoritos.
Destaque do primeiro dia foi Fabiana Murrer. Mesmo com uma temperatura baixa, ela saltou 4m70 e conquistou a medalha de ouro no salto com vara, fazendo a melhor marca ao ar livre do ano. Ela quase perdeu a medalha ao entrar somente na altura de 4m50(a prata ficou com a brasileira Karla Costa com 4m00). Fabiana passou somente na terceira tentativa nos 4m50 e, depois, fez 4m70.
Maurren Maggi foi outra que confirmou o favoritismo. A campeã olímpica sentiu o frio mas a temperatura não impediu seu título, com a marca de 6m52. Keila Costa fez 6m45 e conquistou a prata, com a mesma marca da colombiana Caterine Ibarguen. Keila ficou a frente por ter conseguido a marca antes da rival.
Os atletas mais velozes do continente são brasileiros. Ana Claudia, com 11s46, e Nilson André, com 10s35, venceram a prova dos 100m. Os tempos foram acima dos melhores dos atletas, mas o que valeu nesse evento foi o ouro. O Brasil ainda conquistou os bronzes, com Sandro Vianna e Rosemar Coelho.
Nos 5000m feminino, Fabiana da Silva fez 15m39s67, fez índice para o Pan e ficou com ouro, em outra prova que o Brasil levou o bronze, com Cruz Nonata. O sexto ouro do país veio numa prova que há tempos não tem um grande resultado, os 110m com barreiras. Nas Olimpíadas de Atenas, o Brasil tinha quatro atletas com índice, chegou a final olímpica, mas desde então não teve nenhum resultado expressivo.
O mesmo Matheus Inocêncio, finalista em Pequim, levou ouro com 13s70, mas ainda quase meio segundo mais alto que sua marca pessoal.
O lançamento de martelo feminino e o arremesso de peso masculino são provas dominadas por atletas argentinos. Os brasileiros ficaram fora do pódio. Ronald Julião ficou em quarto com 17m88, pouco abaixo de sua melhor marca. Ronald quer levar o ouro no disco, sua especialidade, quando enfrentará o mesmo argentino Lauro German. Já no martelo, a melhor brasileira foi Josiane, com 61m77, bem abaixo do pódio, mas próximo ao seu melhor resultado.
Outra prova que a Argentina levou ouro ficou sem brasileiros no pódio. Nos 5000m, Marcelo Cabrini fez 14min03s e ficou em quarto. Joilson da Silva, melhor brasileiro nesse ano, está no exterior e já fez 13m31s nessa temporada. Não esteve no sul-americano.
Por fim, mais uma medalha de Elisângela Adriano.Ela ficou com a prata no peso com 16m55. Porém, em sua especialidade, o disco, ela não está classificada e se o Pan fosse hoje estaria fora da equipe para a prova na qual subiu ao pódio nas últimas três edições do evento. Elisângela teria apenas a vaga no arremesso de peso.
No decatlo, após cinco provas, o Brasil lidera com Luiz Alberto, com 4118 pontos. Ele vem numa temporada muito boa, já venceu uma etapa da Copa do Mundo e tem tudo para melhorar sua marca, já que hoje conseguiu correr os 100m bem, 10s84, saltou bem em distância (7m15) e em altura(1m97) e correu os 400m em 49s08. Poderia ter corrido na casa dos 48s, mas o tempo foi bom de qualquer forma. Os 14m14 no peso que poderiam ser melhores e é o que ele precisa melhorar para ficar entre os melhores do mundo. A liderança em Buenos Aires está tranquila.
Faltam cinco provas.
O sul-americano segue nessa sexta-feira e os brasileiros atrás de bons resultados e de manter a hegemonia. Por enquanto, está tranquilo.
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