domingo, 1 de maio de 2011

Copa do Mundo de vela

Aconteceu nesta semana a Copa do Mundo de vela de Hyeres, na França, com muitos dos melhores do mundo. O Circuito de Copas do Mundo é composto por sete etapas e essa da Heyres foi a quarta.

A Federação Internacional faz um ranking, não muito divulgado e nem de tanto valor para os atletas, em que em cada etapa o vencedor ganha 20 pontos, o segundo colocado 19, o terceiro 18 e assim até o vigésimo, que ganha um ponto.


O grande resultado do Brasil foi a medalha de ouro de Bruno Prada e Robert Scheidt, que fizeram uma competição quase perfeita. A dupla já havia garantido o ouro antes mesmo da disputa da regata da medalha, em que eles venceram e fecharam a semana com 32 pontos de vantagem sobre os vicecampeões. No ranking da Copa do Mundo, eles são líderes com 53 pontos em três etapas disputadas. Eles não participaram da semana de Miami.

Em Heyres, os principais adversários dos brasileiros, a dupla britânica Percy/Simpson não participaram. Aliás, os britânicos participaram de apenas uma etapa e venceram. Os suecos Lofe e Salminem também não participaram do evento.

Entretanto, todo o restante dos principais barcos do mundo estava na França, com as embarcações francesas, americanas suíças.

Essas ausências fizeram com que Ricardo Winick, o Bimba, não disputasse a etapa de Heyres na classe RS:x. Ele, que é o sétimo do ranking das Copas do Mundo mesmo disputando apenas duas das quatro etapas, preferiu não participar da competição. Está treinando no Rio de Janeiro para as próximas competições, já que o Campeonato Mundial está um pouco distante, em dezembro.

Na classe RS:x feminina, Patricia Freitas segue melhorando seus resultados e quase chegou à regata da medalha, ficando em 12º lugar, atrás de seis francesas. Lembrando que numa Olimpíada, por exemplo, cada país pode levar apenas um atleta. Patricia teve um final muito bom, com um quinto e um terceiro lugar, mas alguns resultados ruins nas primeiras regatas tiraram as chances dela de chegar à Regata da Medalha.

Quem conseguiu um grande resultado foi a dupla brasileira da classe 49er, Marco Grael e André Fonseca, que fecharam em sétimo. Um grande resultado para a classe, que esteve entre as melhores nas duas últimas Olimpíadas, quando André Fonseca competia com Rodrigo Duarte, mas não vinha com bom retrospecto nos últimos anos.

Bruno Fontes está entre os melhores do mundo na laser. Porém, segue muito inconstante. Já conversei com ele algumas vezes sobre isso, ele diz que não sabe o que acontece com ele nas últimas regatas de cada competição, que ele nunca consegue manter os resultados obtidos no começo.
Bruno começou com dois segundo lugares, depois teve problemas com o vento e caiu bastante, terminando em 37º.

Na classe 470 feminina, temos duas duplas para brigar por uma possível vaga olímpica. As medalhistas olímpicas Isabel Swan e Fernanda Oliveira estão separadas desde 2009. Isabel compete com Martine Grael e Fernanda com Ana Luiza.
A disputa é muito equilibrada, as vezes dá Isabel/Martine outras Fernanda/Ana Luiza. Realmente uma disputa saudável para o esporte brasileiro.

Em Heyres, as duas duplas tiveram ótimos resultados mas tiveram muita irregularidade também e ficaram fora da Regata da Medalha. Fernanda e Ana luiza venceram uma regata,ficaram outra em terceiro e outra em quinto, mas ao mesmo tempo fizeram um 40º e um 28º lugar que, aliados a desclassificação numa regata, fizeram com que elas despencassem para 15ª posição.

Martine e Isabel fecharam em 26º. Também venceram uma regata, mas foram desclassificadas duas vezes, além de ter chegado outras duas regatas abaixo do 30º lugar.

Nas outras classes, o jovem Jorge Zarif ficou em 30º na finn e a dupla da 470, Fabio e Gustavo ficaram em 34º. Na classe Match Race, o time não foi tão bem, perdeu todos os confrontos na primeira fase e ,na fotilha de bronze, ficaram em sexto, terminando a competição em 22º.

A próxima etapa da Copa do Mundo de vela acontece na Holanda.

Vale lembrar que a classificação olímpica acontece no Mundial de Perth, na Austrália, que reune todas as classes. Lá, serão destribuídas 75% das vagas olímpicas. Os outros 25% serão destribuídos pelos mundiais de cada classe em 2012.

Outra competição muito importante que teremos esse ano é a Semana de vela de Londres, que acontece com o mesmo vento, no mesmo clima e nas mesmas circunstâncias que acontecerá a competição em Londres.

A classe Star,RS:X masculina e feminina, 470 feminina, 49er e laser masculina não deve ter maiores dificuldades de conseguir um lugar em Londres. A classe laser radial, finn e 470 masculina devem ter problemas, mas acho que consiguem a vaga. A classe Match race deve ter muitos problemas para conseguir a vaga pois por ser um barco com três tripulantes, são apenas 11 times que vão se classificar.

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