sexta-feira, 6 de maio de 2011
Basquete
Fui hoje, ao lado do colega Lucas Damião, fazer mais entrevistas para o TCC. Desta vez, conversei com Ega e Micaela, jogadoras do Santo André e da seleção brasileira de basquete, e com a técnica Lais Elena, há quase 30 anos no comando do time do ABC e jogadora durante mais de uma década da seleção brasileira.
Coincidentemente, hoje foram sorteados os Grupos para o Pré-Olímpico das Américas, que acontece em setembro na Colômbia. Na primeira fase, as 10 seleções são divididas em dois grupos e os dois primeiros se classificam para a semifinal. Apenas o campeão se classifica para londres. O 2º, 3º e 4º colocados disputam uma das cinco vagas pelo Pré Olímpico mundial. Lembrando que os EUA já estão classificados pelo título mundial.
O grupo do Brasil tem três times bem fracos, Jamaica, México e Paraguai. O Canadá, vencido várias vezes nos últimos anos pelo Brasil, é a maior ameaça da chave. Do outro lado, os favoritos Cuba e Argentina,além de Chile, Porto Rico e Colômbia. A tendência é a semifinal ser disputada entre Brasil,Cuba,Argentina e Canadá.
Na última Copa América, em 2009, o Brasil venceu os três times citados e foi campeão. Porém, em 2007, perdeu para Cuba na Copa América. No Sul-Americano deste ano, o Brasil derrotou a Argentina.
Sem dúvidas, o Brasil é favorito, mas terá dificuldades de se classificar para Londres.
Micaela assume que faltam resultados. Até se envergonhou ao falar das campanhas no último mundial e na última Olimpíada, ambos em 9º lugar. Disse também que as categorias juvenis não estão muito boa por falta de contingente. Quando se tem menos praticantes, consequentemente a chance de se achar bons talentos diminui.
Micaela e Ega, entretanto, elogiaram muito a Liga Nacional, que teve a primeira edição encerrada há dois meses. Pela primeira vez, os clubes finalmente tiveram apoio total da Confederação, que pagou despesas com viagens, hospedagens arbitragem etc etc.
Ega, que já jogou anos na Espanha, disse que é difícil a Liga competir com os times do exterior, que pagam bem mais e dão mais oportunidade. Grande parte das jogadoras do Brasil atuam fora do país.
A principal jogadora do Brasil é Erika. Na última temporada, deu um show na WNBA e na Liga Espanhola. A pivô é uma das melhores do mundo e torço para que não esteja cansada demais na época dos treinos da seleção, já que virá de cansativas temporadas, tanto nos EUA quanto na Espanha.
O novo técnico Enio Vechio ainda não estreou e nem convocou as jogadoras. O que é certo é que as mais experientes, recuperadas pelo técnico Colinas em 2010, não vão ser lembradas. Alessandra e Helen estão fora. Não fizeram um mundial de todo ruim, mas Helen já está aposentada e a guerreira Alessandra não deve ser lembrada.
Micaela, que Colinas não gostava muito, deve manter-se na seleção. Sem Alessandra, é provável que Ega volte a figurar entre as 12 convocadas.
Enfim, ainda falta muito para o pré-olímpico. As finais do paulista vão acontecer até o fim do mês e, em junho, o time já se reune.
Vamos, como sempre, torcer.
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