sexta-feira, 22 de abril de 2011

Hipismo CCE


Na última semana, dois atletas do Brasil conseguiram índices olímpicos para a prova de hipismo CCE, mas esses só valem se o Brasil se classificar para a Olimpíada através dos Jogos Pan-Americanos, em outubro, em Guadalajara.

Para um país se classificar para a Olimpíada, além de conseguir a vaga pelo torneio continental, precisa que no mínimo três atletas cheguem ao índice mínimo estipulado pela Federação Internacional. Ou seja, a vaga só vale para equipe brasileira se ficar entre as duas melhores equipes do Pan e se no mínimo três atletas conquistem a marca mínima.

O caminho para a classificação olímpica está aberto para o Brasil. Isso porque o time do Canadá e dos EUA já estão classificados para Londres 2012, por terem ficado entre os cinco primeiros no último mundial. Os canadenses, por sinal, foram prata no evento. Ou seja, o Brasil precisa ficar entre as duas melhores equipes além do Canadá e EUA. A vaga está realmente muito próxima.


O índice que no mínimo três atletas devem conseguir é: Nota maior que 50% no adestramento, o que resulta na perda de até 75 pontos, 20 pontos de penalização no cross-country sem estourar o tempo em 90s e, por fim, fazer menos que 16 pontos, que são quatro faltas, na prova de saltos

O atleta tem que fazer o índice nas três "categorias"(adestramento,cross e saltos) na mesma competição. Não vale fazer índice no adestramento num torneio, no cross-country no mês seguinte.

O atleta tem que fazer a marca uma vez em competição quatro estrelas ou duas vezes em torneios três estrelas.

Ruy Fonseca ficou, há cerca de 10 dias, na oitava posição da competição três estrelas na Itália com 64% no adestramento, zero pontos no cross e apenas quatro no saltos. Ele já havia conquistado um índice, em março, o que o deixa apto para disputar Londres 2012.

Marcelo Tosi ficou em sexto numa competição três estrelas na Grã Bretanha e conseguiu seu primeiro índice. Ainda precisa de outro, até julho de 2012, para se tornar apto para disputar a Olimpíada

O Hipismo CCE teve seu melhor resultado na Olimpíada de 2000, quando ficou na sexta posição por equipes. Quatro anos depois, ficou em 12º e em Pequim, teve muitos problemas com cavalos desclassificados, um conjunto nem pôde estrear na competição, e a equipe terminou em 11º entre 12 times.


No útimo mundial, o melhor brasileiro no individual foi Ruy Fonseca, em 36º lugar, não perdendo nenhum ponto nos saltos e 28 no cross. No adestramento, perdeu 53 pontos. Por equipes, a equipe ficou em 11º e último lugar
Os brasileiros tem como grande pedra no sapato o adestramento, que é a primeira prova da competição. Com isso, na maioria das vezes, o Brasil sempre começa um passo atrás do restante dos rivais. No cross, costuma ter resultados razoáveis e sempre é um dos melhores nos saltos, quando já está lá atrás.

Uma equipe completa na Olimpíada tem cinco conjuntos, porém conta apenas os três melhores resultados, o que dá direito a dois descartes por equipe. Ou seja, se dois conjuntos forem desclassificados por algum motivo, a equipe continua com chances de bom resultado.

O hipismo CCE é uma modalidade muito pouco conhecida, mas muito interessante. E é muito provável que o Brasil classifique, mais uma vez, um time completo para Olimpíada.

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