quarta-feira, 30 de março de 2011

Boxe


O Primeiro Pré-Panamericano de boxe aconteceu na última semana na Venezuela. Todos os principais boxeadores das Américas, exceção feita aos americanos que levaram uma espécie de equipe B pois seus melhores pugilistas ainda se preparam para a final da World League, estiveram lá, o que nos leva a crer que a competição foi uma bela prévia do que veremos no Pan.

O Brasil teve uma atuação um pouco abaixo do esperado. Com sete boxeadores, o Brasil conseguiu apenas duas vagas. Everton Lopes ficou com a medalha de prata na categoria até 64kg, enquanto Yamaguchi Falcão foi bronze até 81kg. No feminino, o Brasil conseguiu duas medalhas de ouro, com Roseli Feitosa e Adriana Araujo, e consequentemente duas vagas.

O Campeão Pan-Americano de 2010, Julião Netto deu azar no sorteio. Pegou logo na primeira rodada, Robeisi Ramirez, de Cuba, que no fim ficaria com a medalha de ouro. Robenílson de Jesus ganhou sua primeira luta e ficou muito próximo da vaga no Pan ao perder nas quartas-de-final para o equatoriano Luiz Porozo por 15 a 13. Robson Conceição caiu na estreia para o vicecampeão, o venezuelano Fradimil Macayo.

Myke Carvalho, até 69kg, e Esquiva Falcão, até 75kg, acabaram decepcionando um pouco e não conseguiram suas vagas, talvez por não terem se adaptado ainda à suas novas categorias. Myke perdeu por 12 a 9 para um argentino e Esquiva caiu diante de um equatoriano por 11 a 7.

No feminino, o Brasil mostrou porque é a maior potência do boxe nas Américas. Roseli Feitosa e Adriana Araujo conquistaram a medalha de ouro e com certeza entrarão como favoritas ao ouro nos Jogos Pan-Americanos. Clelia Costa caiu na primeira rodada, diante de uma canadense por 10 a 4. O Brasil foi o país que mais conquistou vagas no feminino. Das seis vagas, duas em cada categoria, o Brasil foi o único que conquistou dois lugares. Venezuela, Argentina, Porto Rico e Canadá ficaram com um lugar.

No masculino, os cubanos dominaram. Foram oito vagas conquistadas, com oito títulos. República Dominicana conquistou cinco vagas, Equador quatro, Porto Rico, Argentina e Colômbia três, Brasil e Guatemala duas.

Para ser sincero, esse primeiro pré-panamericano não foi tão importante quanto às vagas para o Pan. Foi importante para vermos o real nível do boxe brasileiro, como os brasileiros se adaptaram ao novo peso e para provar que Cuba realmente segue praticamente imbatível no esporte aqui nas Américas no masculino. E foi legal ver que nosso nível feminino está muito alto e que realmente somos favoritos ao pódio. O Brasil ainda tem duas chances de se classificar para o Pan e nos próximos torneios, que já se classificou não irá disputar. Ou seja, será bem mais fácil para os brasileiros conquistarem as vagas.

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