O judô masculino vive um ótimo momento no adulto. Temos atletas entre os oito melhores do mundo em cinco das sete categorias, estaríamos classificados em todos os pesos para os Jogos Olímpicos de Londres, medalhamos em todos os grandes eventos de 2010, fomos o segundo país com mais vitórias no mundial do ano passado. Entretanto, o futuro preocupa. Em Campeonatos Mundiais sub-20, nenhum homem sobe ao pódio desde 2008. O pódio de 2008 foi conquistado por Victor Penalber, que foi pego no antidopping, e teve seu pódio cassado. A última medalha de ouro brasileira, no masculino, foi em 2002, com Leandro Guilheiro.
Em algumas modalidades, o mundial sub-20 talvez não represente tanto.Entretanto, no judô, é de suma importância. Isso pode ser visto pelos resultados do último mundial adulto, em que cinco dos sete campeões já conquistaram ao menos um título na categoria sub-20.
Para comparar, as meninas ganharam 14 medalhas em mundiais sub-20 se somarmos os pódios das últimas quatro edições. Os homens, estão zerados nesse meio período.
No judô, percebe-se um campeão jovem. É difícil um atleta que não se destacou nas suas categorias de base se tornar um judoca de primeiro nível mundial. Visto que Tiago Camilo,Leandro Guilheiro e João Derly, todos esses, foram campeões mundiais sub-20, assim como as duas principais judocas brasileiras da atualidade adulta, Mayra e Sarah.
Não vemos nas disputas internas nenhum jovem atleta se destacar a ponto de ameaçar as vagas dos """veteranos"". No último mundial adulto, os medalhistas brasileiros foram Leandro Guilheiro, 27 anos, e Leandro Cunha, 29.
Para a geração 2012 e mesmo para a de 2016 não há tanto o que se preocupar. O judô é um esporte em que os atletas muitas vezes conseguem se manter no topo aos 32, 35 anos. Até 2016 teremos Thiago Camilo, Luciano Correia, Leandro Guilheiro e, claro, com certeza os um mais novos como Bruno Mendonça e Rafael Silva.
Agora, para o futuro depois de 2016 precisamos começar a abrir os olhos. Estamos sem novos nomes.
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