sábado, 13 de novembro de 2010

Tênis feminino

Já se passaram 17 anos da última vez em que uma brasileira ficou entre as 100 melhores do mundo. Naquela época, Andreia Vieira, sem apoio nenhum da confederação, meteu as caras no mundo e chegou a ser 76ª do ranking. Ela detém a última partida de brasileira feminina em simples em torneios Grand Slams, em 1993, último ano que figurou entre as 100 melhores.

Isso mesmo, 17 anos se passaram e pouca coisa melhorou. Esse ano, segundo levantamento da revista tênis, 19 torneios internacionais femininos foram disputados no Brasil valendo pontos para o ranking da WTA. Entretanto, que se deu melhor no circuito foi Ana Carla Duarte, que se aventurou em torneios pela Austrália e fechou o ano em 237º, disparada a melhor brasileira.

Há alguns anos, a reclamação era que só havia torneios masculinos espalhados pelo país. Nesse ano, com um apoio nunca antes visto da confederação em parceria com patrocinadores e o Centro de Treinamento Kyrmayr, no interior de São Paulo, 19 torneios internacionais foram ou vão ser realizados, o que facilitou a entrada de brasileiras no ranking mundial. Hoje em dia, temos 28 brasileiras com pontos na WTA, maior número da história recente. Entretanto, os torneios locais não fizeram com que uma brasileira se reaproximasse do top-100.

Outrora promessas, tenistas como Maria Fernanda Alves, Viviane Signini, Roxane Vaisemberg e Teliana Pereira não conseguem se manter entre as 200 melhores do mundo. Por vezes, encaixam duas ou três semanas muito boas, mas não mantém pelo resto da temporada.

Anos de descaso com as meninas do Brasil, escolhas erradas das jogadoras com maior potencial e a falta de estrutura e apoio são os principais motivos da fase interminável do tênis feminino. O elemento comum a todos, entretanto, é este: o tênis feminino brasileiro precisa ser urgentemente “ressuscitado”.

Maria Esther Bueno não deixou sucessoras no Brasil. E parece que também não detém muitos fãs, infelizmente. Tanto que o site oficial dela, que resumo muito bem todas suas conquistas, é totalmente em inglÊs, sem sequer uma versão para a lingua mãe da tenista.
É assim que agradecemos uma das maiores tenistas de todos os tempos no mundo inteiro.

Falta tudo, mas nos últimos anos algo recomeçou a ser feito. O resultado ainda não foi colhido.
Em 2011, o Brasil tentará novamente voltar para a segunda divisão mundial da FED CUP e Ana Clara Duarte deve disputar o quali do Australian Open. Com um Pan esvaziado, é capaz que pintem medalhas, o que trará a mídia para o tênis feminino. 2011 poderá ser o tão falado ano da ressureição.
É a torcida de todos.

***
Siga o blog no twitter: @brasilemlondres

Nenhum comentário:

Postar um comentário