quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O ano do atletismo

Fabiana Murrer está concorrendo ao prêmio de melhor atleta do ano do atletismo. São 10 mulheres concorrendo ao prêmio, dada pela IAAF. O ano dela foi muito bom, recorde sul-americanao, título mundial indoor e da Diamont League mas nem de perto salva a lástima que foi esse ano para o atletismo brasileiro.

Se 2009 foi marcado pelo doping, 2010 não será muito diferente. Não tivemos um escândalo gigantesco como o da Rede Atletismo mas os casos seguiram, culminando com o último anunciado. O doping de Geisa Arcanjo, campeã mundial sub-20 esse ano no arremesso de peso.

Um 2010 que não tivemos Campeonato Mundial adulto. Mas tivemos alguns meetings no Brasil, como todos os anos, mas pouquíssimas marcas relevantes dos brasileiros. Um ano apagado, na minha opinião pior que o do ano passado, apesar do título no Sul-Americano, que o Brasil manteve a hegemonia no adulto, sub-23 e sub-20.

Ronald Julião, no peso e no disco, e Wagner Domingos no martelo conseguiram recordes brasileiros em suas provas, mas são marcas que não tem muita relevância em termos internacionais. São importantes, claro, mas não seriam finalistas em Campeonatos Mundiais.
Foram os destaques masculinos da temporada, ao lado de Kleberson Davide que novamente correu nos 1m44s nos 800m.

O feminino, além de Fabiana Murrer, teve o bom resultado de Keila Costa, bronze no mundial indoor. E, claro, Ana Claudia Lemos que correu em 11s17 e em 11s15 os 100m rasos, tempos que lhe renderiam uma final olímpica. De resto, nenhum resultado muito relevante em termos internacionais.
Se no mundial de 2007 e na Olimpíada de 2008 batemos recordes de finais, chegando a nove e sete respectivamente, se tivessemos um mundial em 2010 creio que só Fabiana e Keila disputariam a medalha. Maurren não se recuperou totalmente da contusão, Jadel Gregório já não é nem mais o melhor do Brasil e nossos revezamentos vivem uma entresafra. Creio que, atualmente, o revezamento feminino está até melhor que o masculino.

Um ano fraco que antecede os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em que o Brasil sonha em melhorar o desempenho do Pan do Rio, quando conquistou nove ouros, melhor marca da história.

Um pouco melhor esteve as categorias de base, com duas medalhas e muitas finais nos Jogos Olímpicos da Juventude, melhor desempenho entre as modalidades brasileiras na competição. No mundial juvenil,além do título de Geisa, que foi retirado devido ao doping, algumas finais interessantes mas nenhuma medalha.

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