segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Trofeu Brasil de Atletismo

Aconteceu na última semana, a 29ª edição do Trofeu Brasil de atletismo, na nova pista do Centro Olímpico, inaugurada há pouco mais de dois meses.
O Campeonato, como acontece há muitos anos, teve poucos resultados relevantes, nenhum recorde continental, nem mesmo recorde brasileiro. Os protagonistas foram os mesmo de "sempre', Fabiana Murrer e Keila Costa. As novidades foram com relação aos vencedores e não com relação as marcas.

Nas provas de velocidade, grande destaque para Ana Claudia Lemos. Recordista sul-americana dos 100m rasos, com 11s15 feitos há poucas semanas, levou os 100m e 200m. Nos 100m, venceu com 11s53 e nos 200m com 23s21. No masculino, surpresa. Jefferson Lucindo, de 20 anos, venceu os 100m com 10s39 e os 200m com 20s75.
Outro nome "novo" entre os vitoriosos é de Leandro Oliveira, de 28 anos, que venceu os 1500m com 3m42s e os 5000m com 14m12. Tempos bem superiores a recordes nacionais. No feminino, Tatiele venceu com 4m27s os 1500m, numa prova que não teve Juliana Gomes, que esse ano bateu o recorde nacional com 4m07.
Nos arremessos, destaque para Ronald Juliao. Ele quase quebrou o recorde do arremesso de peso que dura mais de 15 anos. Ele lançou 18m69 duas vezes, apenas 3 cm abaixo da marca de Adilson Ramos. No disco, ele também venceu e quase quebrou o recorde nacional pela quarta vez no ano. Fez 60m62. No martelo, Wagner Domingos lançou três vezes acima dos 70m. O dardo segue sem grandes resultados. O veterano Luiz Fernando levou com 72m, pouco a frente do paraguaio Victor Fatecha.

Nos arremessos femininos, Elisângela levou seu 31º Trofeu Brasil de atletismo. Venceu o disco com 57m59, numa final equilibrada com outras duas atletas na casa dos 57. Josiane venceu o martelo com 61m, quatro metros abaixo do recorde nacional. No peso, sem a participação da campeã mundial juvenil Geisa Arcanjo, Andreia Maria venceu com 15m65. No dardo, Laila venceu com 56m.

Resultados fracos com relação as marcas internacionais. Nenhuma delas está entre as 20 ou 25 primeiras ou primeiros do ano. Os resultados, em alguns casos, foram bons em nível nacional, como no caso do martelo e peso masculinos, mas outros ficaram longe até mesmos dos resultados dos últimos Trofeus Brasil.

Nos saltos, além de Fabiana Murrer e Keila Costa, que também levou o triplo.Monica Araujo se destacou, saltou 1m87m e ficou a apenas quatro centímetros do recorde brasileiro, em sua melhor marca na carreira.

No masculino, Fabio Gomes fez 5m56m, bem abaixo de seu recorde brasileiro mas que lhe rendeu recorde do campeonato, na mesma prova em que Thiago Braz bateu seu recorde brasileiro sub17 mais uma vez, com 5m10. No salto em distância, Caio Cezar bateu recorde nas eliminatórias com 7m84, mas viu Marcus Vinicius vencer com 8m01. No triplo, Jadel ficou em terceiro, atrás de Jefferson e de Hilton. Nennhum acima dos 17m. No salto em altura, Jesse voltou a ser campeão brasileiro.

Preocupante a prova dos 110m com barreiras do Brasil. Vitória de Eder Antonio, com 14s03. Uma prova que já tivemos quatro atletas simultâneamente abaixo dos 13s50 não temos ninguém abaixo dos 14s. No feminino, Maila venceu com 13s51, ainda longe de voltar a baixar dos 13s.

Nos 400m com barreiras, Mahau Saguimati ao menos venceu seu rival uruguaio, mas com um tempo de 50s26. No feminino, Fernanda Tavares venceu com tempo superior a 58s.
Geisa fez um tempo bom nos 400m rasos, baixando dos 52s com 51s93. Entretanto, no masculino, ninguém abaixo dos 46s, com vitória de Hederson Stefani. Nos 800m, Kleberson Davide manteve seu domínio e venceu com 1min46s. Com 2m06s, Jessica venceu os 800m, longe da casa dos 2 minutos.

Nas provas combinadas, Anderson venancio fez 7765 no decatlo e venceu, numa prova que teve boas marcas. O favorito Chinin ficou em terceiro. No heptatlo, Vanessa Espinola se mostrou recuperada da contusão e venceu sem grandes dificuldades com 5677 pontos.

Na marcha, Cisiane levou no feminino, quase batendo recorde do campeonato que já é dele e no masculino deu Mario José Junior com 1h27m.

Um Campeonato que não tivemos boas marcas. Mas, vale lembrar que 2010 é praticamente um ano sabático para o atletismo, sem mundiais ou Olimpíadas. Vamos esperar um 2011 melhor

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