sábado, 14 de agosto de 2010

Quero ser grande

A ginástica quer ser grande de uma vez por todas. Para um esporte ser grande no Brasil precisa:
Ter um espaço na mídia, isso tem há muito tempo, com notícias e transmissões frequentes
Ter ídolos nacionais, o que também tem com Diego Hipólito e Jade Barbosa
Ter resultados internacionais- Daiane e Diego já foram campeões mundiais, as medalhas pan-americanas se multiplicam, as da Copa do Mundo também
Ter uma medalha olímpica.

Isso escapou das mãos brasileiras duas vezes, uma em 2004 com Daiane dos Santos e outra em 2008 com Diego Hipólito. 2012 é mais uma chance. E o caminho começa agora

As seleções masculina e feminina foram convocadas nesta semana para disputar o Pré-Pan, torneio que classifica para os Jogos Pan-americanos de 2011, no México. As mesmas equipes devem disputar, em outubro, o campeonato mundial da Holanda, uma espécie de 'Pré pré olímpico". Isso porque as 24 melhores equipes, no masculino e feminino, se classificam para disputa do mundial pré olímpico do ano que vem.

No masculino e no feminino, o que vimos entre os convocados é uma enorme mescla de experientes e novatos.

Entre as mulheres, por exemplo, tivemos a convocação de Jade, depois de dois anos de ausência. Além dela, a veterana Danielle Hipólito, com três Olimpíadas nas costas, também estará no Pré Pan do México. Outras atletas fazem parte da entresafra das gerações, que são os casos de Etiene Franco, Priscilla Cobello e Bruna Leal. Dois nomes são "inéditos", Adrian Gomez e Gabriela Soares.

Adrian é um caso interessante. Gaúcha,assim como Daiane, tem desde o início de carreira o estigma de "Nova Daiane". Agora, com 20 anos, parece ter voltado a velha forma. Em 2005, foi convocada pela seleção mas logo desligada devido a problemas em se manter no peso. Agora, mais experiente está de volta.

No masculino, Diego Hipólito mostra cada vez mais ser o melhor do país, não só em suas especialidades, solo e salto, como no individual geral, em que venceu o último brasileiro. Além dele, Mosiah Rodrigues,Victor Rosa,Danilo Nogueira e Guto Anjos são da velha guarda. Sergio Sasaki, destaque do Brasil no último mundial, é um nome da nova geração, assim como Sergio Eras e Petrix Barbosa.

Ausência de Arthur Zanetti, quarto colocado no mundial do ano passado nas argolas, é sentida. Ele está com problemas no ombro, mas deve se recuperar até o mundial de outubro.

A equipe masculina está bem mais forte do que nos últimos anos, o que pode fazer com que podemos sonhar com uma equipe completa em Londres. É muito complicado, mas podemos sonhar,algo que não acontecia nas últimas Olimpíadas.

Já no feminino, dependemos bastante ainda da volta de Jade Barbosa. Se ela vai voltar uma ginasta top-10 do mundo, como era em 2008, as chances são grandes. Temos bons nomes surgiram, mas que ficaram um pouco apagadas esse ano.

Agora, sonhar com uma medalha olímpica é mais complicado. Acredito que a única chance real é Diego no solo.

A velha frase de Jade tira muito das chances de medalha do Brasil:
"As americanas se "quebram" na Olimpíada. A gente "se quebra" para se classificar.Nos quebramos um ano antes dos Jogos e as vezes não nos recuperamos".

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