domingo, 25 de julho de 2010

Mundial Juvenil de Atletismo

Terminou neste domingo o mundial juvenil de atletismo, disputado em Quebec. Foram 44 provas disputadas desde segunda-feira e a primeira posição no quadro de medalhas para o Quênia, que terminou com com sete ouros, quatro pratas e quatro bronzes, claro, todas em provas de meio fundo e fundo. Os EUA terminaram com seis ouros, mas perderam provas que costumam dominar como os 400m rasos. Venceram os quatro revezamentos e a prova de 200m feminino.
Rússia, com destaque no salto com vara e nas provas de marcha e Cuba, com destaque nos saltos e arremessos, vieram a seguir no quadro. Jamaica ficou lá atrás, com um ouro, uma prata e um bronze, o ouro nos 100m rasos com Dexter Lee.

O Brasil começou muito bem o mundial, mas no fim acabou não conseguindo alguns resultados esperados. No quadro de medalhas, uma medalha de ouro com Geisa Arcanjo no peso, e a 20ª posição no quadro. Melhor que isso foi a 19ª posição no quadro "por pontos", que leva em conta os resultados obtidos entre os oito primeiros de cada prova.

O Mundial do Brasil foi o mundial das "traves". Foram dois quarto lugares, um com Caio Cezar nos salto em distância e outro com Caio Bonfim na marcha. Enquanto Caio, de apenas 17 anos, disputando um mundial até 20 anos, ganharia o bronze se fizesse a mesma marca das eliminatória,7m73, seu recorde pessoal, Caio Bonfim começou a prova com o melhor tempo entre todos os participantes, mas sucumbiu diante da tradição russa. Dois Caios de muito futuro.

O Brasil teve outros finalistas: Darlam Romani foi 7º no peso, Lourival Neto 10º no salto em distância, Rafaela Gonçalves foi 5ª no dardo.
Outros quase finalistas: Bárbara Leoncio foi nona nos 100m rasos e 10ª nos 200m rasos. Barbara de Oliveira foi 9ª nos 400m rasos, Herderson Estefani foi 9º nos 400m com barreira, na mesma prova em que João Victor foi 11º. Jean Roberto foi 10º nos 110m com barreira e João Victor mais uma vez bateu na trave, ficando na 10ª posição. Talles Francisco fez 2m14 no salto em disTância, mesma marca que cinco dos 12 finalista, mas perdeu nos critérios de desempate.

Ou seja, 13 provas o Brasil ficou entre os 10 melhores.

É aquela coisa, excelente não está. Mas foi bom. Alguns nomes fortes, de futuro. Mas como costuma acontecer no atletismo, poucos melhoraram suas marcas pessoais. Nem mesmo a campeã Geisa Arcanjo fez a melhor marca da vida.

Bárbara Leoncio correu bem, mas ainda sem melhorar suas marcas, o que é uma pena para campeã mundial sub-17 de 2007. Outra decepção foi o revezamento masculino que sequer chegou à final e infelizmente, o feminino, não esteve presente para defender o pódio do mundial de 2008.

Em termos mundiais, o nível segue abaixo. Poucas marcas caíram, poucas marcas fortes. Não tivemos nenhum recorde mundial junior. Foram apenas 2 recordes do campeonato que caíram, um reflexo do atletismo mundial atual, que está estagnado em termos de recordes.


O QUE TEVE DE BOM PARA O BRASIL

-O que já tem sido tradição nos últimos anos, o Brasil conseguiu bons resultados nas provas de arremessos e lançamentos, algo que não acontece no adulto.
-Mais de 80% dos atletas brigaram diretamente por uma vaga na final, conseguindo o objetivo ou ficando bem perto
- Atletas que ainda têm outro mundial junior pela frente com resultados bons: Caio Cesar, de apenas 17 anos, foi quarto no salto em distância; João Victor de Oliveira, com dois 10º lugares, tem 18 anos; Jean Roberto, 17 anos.
O QUE TEVE DE RUIM PARA O BRASIL
- O tradicional revezamento masculino do Brasil sequer chegou à final, ficando em 11º lugar com 40s56.
- Muitos brasileiros não conseguiram melhorar os desempenhos nas eliminatórias para as semifinais.
- Nas provas de meio fundo e fundo o Brasil, que sempre teve tradição, não teve nenhum resultado importante.

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6 comentários:

  1. Dois dados que mostram que estamos
    indo no "caminho certo":

    - NENHUMA final em provas de
    pista.

    - Na última prova da competição, o
    rev. 4x400, Botsuana classificou
    sua equipe para a final, já o
    Brasil...

    Falando nisso, onde fica
    Botsuana mesmo ?


    BR

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  2. Cara, foi o que eu disse, excelente não tá...Mas fizemos algumas finais e bons resultados em provas de tradição zero no Brasil, como nos lançamentos e arremessos e na marcha.

    Mas como você disse, CLARO, que faltaram finais nas provas de pista. Tudo bem, tivemos 5 nonos lugares, mas faltaram finais

    Abraços

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  3. Pelo tamanho do país e da sua
    população, é inaceitável que
    Botsuana (onde fica isso mesmo?)
    coloque uma equipe, repito UMA
    EQUIPE, em final de prova de
    pista e o Brasil, um país
    continental c/ 192 milhões de
    habitantes, não coloque nem no
    individual.

    Não está nada bom não!


    BR

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  4. Concordo que não está bom, concordo mesmo meu amigo.

    Mas com o pensamento que o Brasil não pode ficar nunca atrás da Botsuana não vamos longe.

    Se for pensar assim China e índia nunca poderiam ser superados pelo Brasil.

    Mas enfim, entendo seu pensamento, só não concordo.

    Abraços

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  5. O que eu quis dizer é que:

    O Botsuana (onde fica isso mesmo?)
    têm mais material humano do que o
    Brasil que o permita colocar uma
    equipe do 4 com na final e o Brasil
    não ?


    BR

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  6. porcaria de site esportivo, porque eu nao encontrei o que queria.

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