quarta-feira, 21 de julho de 2010

Geração rio 2016?

Mais uma campeã brasileira juvenil. Geisa venceu brilhantemente o arremesso de peso do mundial juvenil de atletismo, ontem, no Canadá, com a marca de 17m02. Promessa para o futuro? Claro, promessa sim, mas certeza não.

Poucos sabem quem é, atualmente, Julio Cesar de Oliveira ou Thiago Carahyba. Eles também foram campeões mundiais, sub 17, nos anos de 2001 e 2003 respectivamente no lançamento de dardo e salto em distância. A própria Barbara Leoncio, campeã mundial sub 17 em 2007, ainda não vingou, apesar de no momento estar no mundial sub-20, seu último ano na categoria junior.

Não evoluíram. Pelos mais variados motivos, não alcançaram na categoria adulta os desempenhos das categorias menores. Tiveram um sucesso tremendo, tanto que estão na história do esporte nacional com títulos em campeonatos de menores, mas não evoluíram o bastante para brigar por uma vaga em uma Olimpíada, por exemplo.

E os casos não ficam só no atletismo. Elora Pattaro já foi vice campeã mundial cadete de esgrima, mas abondonou o esporte. Até voltou recentemente, mas seis anos parada, dificilmente voltará em alto nível. O Basquete feminino do Brasil foi vice campeão mundial sub-21 em 2004 e seis das doze atletas da ocasião não jogam mais, pelos mais diversos motivos.

Aline Silva, da Luta Olímpica, foi vice campeã mundial junior em 2006 e vem crescendo de novo. Depois de dois anos apagada, morando em Curitiba sem técnico e sofrendo com contusões, ela vem conquistando medalhas em campeonatos pan-americanos e até mesmo em Gran Prix mundiais. Está crescendo.

Esse ano foi um ano de muitas vitórias para o esporte de base do Brasil. Começou em janeiro com Tiago Fernandes levando o Australian Open de tênis. Em abril, David Lourenço foi campeão mundial de boxe. No último mês de junho, Fernando Saraiva foi bronze no mundial de levantamento de peso juvenil. O basquete masculino foi prata na Copa América sub-18, perdendo para os EUA por apenas dois pontos no basquete.

O Brasil precisa saber lapidar esses nomes para o futuro. Fazer como acontece nas principais modalidades do Brasil, como vôlei e judo, que geralmente os principais atletas dão certo no futuro. Visto que Tiago Camilo e João Derly, por exemplo, foram campeões mundiais nas categorias de base e, depois, repetiram os feitos no adulto.

Em esportes "menores" aqui do Brasil, até mesmo atletismo e natação, muitas vezes acontece dos atletas não vingarem. Claro, existem fatalidades. As vezes o atleta não vinga, as vezes sofre com a pressão. São vários motivos que levam um atleta a seguir entre os melhores. Mas, quando ele tem um apoio de todos os lados da cadeia, nutricional, psicológico, físico, com técnicos experientes, sejam estrangeiros ou não, e uma estrutura de equipamentos boa. Aliados a isso, o atleta precisa manter os pés no chão e ter uma cabeça boa para perceber que os resultados no adulto não são imediatos.

Vamos torcer para que os atletas citados acima, como o levantamento de peso, do remo etc, consigam no adulto brigar pelas primeiras posições, como fazem ou fizeram nas categorias de base.

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5 comentários:

  1. Tomara que em 2016 esses atletas possam nos representar em alto nível...
    Torço muito pra que ela consiga vingar... vou ficar acompanhando os resultados dela e de outros como Hederson Estefani que disputa os 400m com barreiras e o Caio Cézar que mesmo sendo da categoria menor (1993) ficou em 4º no salto em distância contra atletas de 1991...

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  2. Vou listar alguns atletas que estão se destacando nas bases e que se bem trabalhadas podem medalhar em 2016:
    - Vanessa Spínola - heptatlo
    - Bárbara de Oliveira - 400m
    - Geisa Arcanjo - Arremesso de peso
    - Rafaela Gonçalves - Lançamento de Dardo
    - Hederson Estefani - 400m com barreiras
    - Caio Cézar - Salto em distância ou 100m (ele tem q se dedicar mais a um ou ao decatlo)
    - Antônio César - 200m
    - Jean Roberto - 110m com barreiras
    - Paulo Sérgio - Salto Triplo
    - Antônio César - Decatlo
    - Caio Bong]fim - marcha atlética

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    Em 2016 ressuscita esse post pra ver se algum medalhou...hehe

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  3. Brasil ganhou do Japão e se classificou em 2º no grupo no handebol júnior feminino

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  4. Lucas, beleza?

    Acho que você devia ter twitter, voce acompanha todos os resultados de todas as modalidades em tempo real hehehe

    Eu faço isso e vou atualizando o twitter...Aqui no blog eu escrevo textos grandes, mas não em tempo real hehe

    Abraços Lucas, é muito bom ter um leitor como você hhaha

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  5. Cito como maior exemplo desse teu post a Bárbara Leôncio.

    Foi campeã mundial de menores em 2007 depois não evoluiu mais na carreira, tanto que andou abandonando-a por um tempo.

    Retornou no ano passado e não obteve mais resultados expressivos.

    Veja que ontem no Mundial Junior, sequer conseguiu passar a final da prova dos 100m.

    Chega um momento na carreira do um atleta (transição das categorias de base para o alto rendimento) que ele têm de ser
    encaminhado para um Centro de Treinamento para ser lapidado.

    Cito como maior exemplo do que estou citando o programa implantado na Austrália em 1981, tb conhecido como IAE (Instituto Australiano de Esporte).

    Administrados pela Comissão Australiana de Esportes, existem na Austrália oito desses institutos, centros de treinamento que trabalham na formação de atletas.

    Uma infra-estrutura inaugurada em 1981 que tem por exemplo, complexo de natação, pista de atletismo e raias para remo. Tem espaço para moradia ( incluindo 19 flats para atletas casados ) e alimentação. E ainda os prédios destinados ao desenvolvimento de áreas essenciais, como a ciência do esporte e medicina ( psicologia, bio-química, bio-mecânica e fisiologia ) , além dos departamentos de Fisioterapia e Tratamento Médico.

    Tecnologia - Na piscina, câmeras com sensores podem medir o ritmo das braçadas e a velocidade do nadador.

    Não concorda ?


    BR

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