Coluna Cesar Castro

Hoje quero falar um pouco de como funciona o controle de dopping no meio dos esportes aquáticos.

A cada 3 meses, os principais atletas de cada modalidade - de acordo com os resultados internacionais - são escolhidos pela FINA para fazer o controle de dopping.

Esse relatório é bem detalhado e nós temos que dizer onde estamos treinando, para onde viajaremos, seja para treinos, férias ou competições. O teste é feito sem aviso prévio com o intuito de pegar de surpresa mesmo. Ou seja, todos nós atletas sabemos que a qualquer momento podemos receber uma visita e temos que ficar muito atentos com tudo que ingerimos, pois um simples remédio para gripe pode levar a 2 anos de suspensão.

Eu vejo que hoje o controle está melhor, já que antes nem havia esse tipo de teste. Porém ainda é um método incompleto, pois acredito que muitos treinadores incentivam atletas juvenis a utilizarem meios ilegais para poderem treinar mais, ganhar mais massa muscular e sentirem menos dores. Basta um período não muito longo para que o corpo elimine qualquer uma dessas substâncias e o atleta já está apto para chegar às categorias mais fortes mostrando qualidades físicas diferenciadas dos adversários.

Outro ponto que também quero levantar é a possibilidade dos laboratórios investirem muito mais em substâncias proibidas passíveis de enganar os métodos anti-dopping do que nos exames para identificar tais substâncias.

Diz-se que isso realmente acontece, porém ainda estamos bem distantes de saber toda a verdade. Enquanto isso, prefiro acreditar que o verdadeiro campeão ainda é feito de muito esforço e dedicação ao longo de váááários anos!

Um forte abraço

César Castro

Cesar é o melhor atleta de saltos ornamentais da história do Brasil, conquistou a quinta posição no mundial de 2009, em Roma. Tem ainda no currículo a final Olímpica em Atenas 2004 e a medalha de prata no Pan de 2007, no Rio.

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