Três foram os motivos, obvios, deste resultado:
- O fim dos trajes supertecnológicos
- A estrutura do local, sem uma piscina de aquecimento adequada
- Um 2010 meio morto, sem mundiais em piscina longa nem Olimpíadas.
Mesmo com tudo isso contra, tivemos alguns excelentes resultados nas piscinas do Unisanta, além de acompanhar uma disputa intensa tanto pela liderança, com vitória do Pinheiros sobre o Minas, como pela terceira posição, com os donos da casa passando o Corinthians nas últimas provas.
Para mim, o destaque brasileiro foi Tales Cerdeira. O menino que decepcionou no último mundial venceu os 100m e os 200m peito, além de ter ajudado sua equipe, o Pinheiros, a vencer o revezamento medley. Seu tempo nos 100m, 1min01s12, o deixa com a 18ª marca do ano, atrás de oito japoneses. Nos 200m, o melhor, com os 2min10s91 ele tem o quinto tempo do mundo no ano.
No mesmo estilo, nosso medalhista no mundial Felipe Silva venceu os 50m e agora tem o sexto tempo do ano, atrás de quatro japoneses.
Cesar Cielo não deixou a desejar na sua estreia pelo Flamengo. Ficou com a medalha de ouro nos 50m e 100m livres sem grandes dificuldades. Na prova em que é campeão olímpico, ele marcou 21s80 e é o segundo melhor do ano. Nos 100m, 48s63, é o sexto.
Guilherme Guido um dia ainda vai explodir, talvez ainda não seja sua hora. Ele é muito, mas muito veloz no nado costas, mas ainda é muito ruim na saída e costuma bater nas raias. Mesmo assim, com 25s00 nos 50m costas tem a sexta marca do mundo no ano. Nos 100m, não está entre os 30 do mundo.
No medley, Thiago Pereira perdeu para Henrique Rodrigues nos 200m medley, mas nenhum dos dois nadou para baixo dos dois minutos. Nos 400m, Thiago seguiu com seu domínio, em sua última competição pelo Minas, já que vai para o Corinthians.
Apesar de alguns bons resultados, o nível não foi tão alto da competição. No ano passado, após o Maria Lenk o Brasil estava entre os top 15 em quase todas as provas de todos os estilos se pegássemos apenas as marcas de 2009. Após essa competição, apenas Cielo,Thiago,Felipe,Tales, Guido e Nicholas Santos, este nos 50m borboleta, estão entre os 15 melhores do mundo em suas provas no ano.
No feminino, mais uma vez destaque ficou com Joanna Maranhão e Fabiola Molina. Além delas, se destacaram Flavia Delaroli, Poliana Okimoto e Gabi Silva, de volta após contusão.
Flavia venceu com 25s36 os 50m livre, 14ª melhor do ano. Fabiola levou os 50m e 100m costas mais uma vez. Nos 50m, tem a décima marca da temporada e nos 100m a 13ª.
Joanna Maranhão mais uma vez se mostrou ser a mais completa do Brasil. Venceu os 200m borboleta, 200m e 400m medley, 400m livre além de ter feito uma parcial de 2min01s no revezamento 4x200m que lhe renderia ouro na prova individual.
Gabi Silva, voltando de contusão, venceu os 50m e 100m borboleta. Nos 50m, 26s83 e o 17º tempo do ano. Nos 100m, baixou de 1 minuto novamente.
Poliana Okimoto foi muito bem também. Venceu os 800m, ficou em segundo nos 400m, em terceiro nos 200m e segundo nos 1500m, todas com as melhores marcas de sua carreira.
Acabou mais um Maria Lenk. Foi uma competição boa, mas que ficou, NA MINHA OPINIÃO, um pouco abaixo do esperado.
Não por conta da falta de recordes, já esperada, mas por tempos que não conseguem disputar entre os melhores da temporada.
Foi pouco para o país que chegou a 18 finais no último mundial, o quarto maior número nesse quesito.
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