Duas zebras enormes marcaram as seletivas brasileiras para equipe olímpica de vela, que terá o apoio da Confederação Brasileira nessa temporada. As duas na classe laser.
O Campeonato ainda marcou as supremacias de Bimba e Patricia na RS:x, que parecem não ter adversários no país. Os jovens João Zarif e Marco Grael, o último ao lado de Buchecha na 49er, coordenam a renovação da equipe brasileira, que mostra ter um belo futuro, também pela pouca idade de Patricia e de Odile Ginaid.
Acho que além das zebras, o mais marcante dessa seletiva, é a renovação mesmo. A vela é um esporte em que os atletas conseguem velejar até 50 anos sem "'maiores"" problemas mas o que vemos hoje são atletas mais jovens, como os citados acima.
Claro que temos os nomes consagrados que estão sempre ali, como Bimba, Buchecha, Fernanda Oliveira, etc; Então, na equipe de 2010, teremos uma bela mescla.
Lembrando que o principal evento do ano em que a Confederação levará uma delegação completa e a Etapa de Londres da Copa do Mundo, que será disputada na mesma raia da Olimpíada de 2012.
Bruno Fontes, campeão brasileiro e dono da vaga brasileira na laser desde a mudança de classe de Robert Scheidt, perdeu a vaga na seleção para Eduardo Couto. Dentre 27 competidores, Bruno ficou na quarta posição e, mesmo com o título brasileiro no início do ano, não garantiu a vaga pois Eduardo Couto, vice brasileiro em janeiro, ficou em segundo na seletiva em Brasília e teve o melhor desempenho somando as duas competições.
Bruno, que vem velejando muito bem entre os melhores do mundo em etapas da Copa do Mundo e Campeonatos Mundiais, ficou sem a vaga e, se quiser esse ano disputar as principais competições do mundo, precisará tirar do próprio bolso.
“Saio do campeonato triste, pois perdi um apoio muito importante para minha campanha olímpica. Mas sei que este campeonato não é parâmetro para nenhum evento que corremos em qualquer lugar do mundo. É uma vergonha realizarmos uma seleção num lugar como este com regatas que parecem uma recreação para crianças. Espero não ter que passar por isso novamente, já que somos profissionais do esporte”, destacou Fontes
Outra zebra enorme ocorreu na classe laser radial. Adriana Kostiw, dona da vaga brasileira na laser feminina há anos, mesmo com o título brasileiro no início do ano também ficou de fora da equipe para 2010. A vaga ficou com uma atleta que ela mesmo disse que não é o nome ideal para representar o Brasil.
A capixaba Odile Ginaid ganhou a vaga no Laser Radial no desempate diante de Mônica Matschinske, ambas com 19 pontos perdidos. "Estou muito feliz com a vaga, mas sinceramente não sei se sou a pessoa ideal. Estou afastada há dois anos das competições internacionais", lembrou a atleta de 23 anos. "O ideal eram duas velejadoras de Laser disputarem os torneios europeus."Adriana Kostiw, que era a favorita por ser a atual campeã brasileira e integrar a Equipe Brasileira de 2009, terminou em quarto lugar, com 31 pontos perdidos.
Outra classe disputada até o fim foi a 49er. Com apenas duas duplas na disputa, a emoção foi até a última regata. Uma bela notícia para o Brasil, que nunca teve duas duplas fortes nessa classe.
Apenas dois barcos inscritos na classe 49er e o representante na equipe só saiu na 11ª e última regata da competição. A maior experiência de André Fonseca, o Bochecha, foi decisiva na vitória deste domingo. "Nunca tive uma classificação tão sofrida", afirmou Fonseca, que tem Marco Grael como proeiro. "Nosso barco tem 12 anos de estrada e enfrentamos um ‘zerinho’. Isso não é fácil."As classes Rs:X masculina e feminina tiveram, ao contrário das três classes o desfecho esperado. Entre os homens, Bimba venceu a maioria das regatas, perdeu apenas duas, para seu único adversário, seu pupilo Albert Carvalho. No feminino, Patricia Freitas venceu todas regatas que disputou e conseguiu a classificação. Jovem, ela é um nome importante para o futuro.
A classe finn teve a supremacia total do campeão mundial junior, Jorge Zarif, que derrotou Henry Boening com vitórias em todas as regatas disputadas. Outro nome jovem que tem um belo futuro na vela.
Na classe 470 feminino, no duelo entre as medalhistas olímpicas, quem se deu melhor ,mais uma vez, foi Fernanda Oliveira. Com três olimpíadas nas costas, ela ao lado de Ana Luiza se deu melhor do que Isabel Swan e Martine Grael, que ficaram, assim como no brasileiro, na segunda posição.
Entre os homens, vaga fácil para Fábio Pillar/Gustavo Thiesen.
Na Match Race, A timoneira Juliana Mota e as tripulantes Daniela Adler e Larissa Juk foram as primeiras velejadoras a garantir participação na Equipe Brasileira de Vela de 2010. Elas terminaram em segundo lugar na Pré-Olímpica de Vela nesta sexta-feira, no lago Paranoá, e ficaram com a vaga na classe Match Race, que estreará na Olimpíada da Inglaterra, em 2012. A equipe assegurou a vaga por ter sido campeã brasileira e ter perdido a Pré-Olímpica para o time de Juliana Senfft, que havia sido quinto colocado no Brasileiro de Porto Alegre, realizado em dezembro.
NA Star, Rbert Scheidt e Bruno Prada já tinham a vaga garantida pela medalha obtida na Olimpíada de Pequim 2008. A disputa ficou pela outra vaga e quem se deu melhor foi Torben Grael e Marcelo Ferreira numa disputa alucinante com Lars Grael/Ronald Seifert.
A vitória de Torbem fez ele repensar sobre uma possível campanha olímpica para 2012, já que para 2008 ele sequer tentou a vaga.
A disputa vai ser intensa
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