sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Tênis feminino

Em entrevista ao site tenisbrasil, o atual coordenador nacional do tênis brasileiro, o espanhol Emilio Sanchez, que tem em seu currículo o top 10 do ranking, o número 1 de duplas e o título da Copa Davis como capitão de seu país, disse que seu objetivo é colocar quatro jogadoras na chave principal dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, dentro de seis anos. E com chance real de ganhar medalhas.

Até aí "tudo bem". Um objetivo ousado, mas possível, visto que o Brasil tem uma base boa de tênis masculino, resultados razoáveis no adulto, jogadores jovens surgindo. Porém, Emilio não falou do tênis feminino, que realmente está numa fase lamentável.

Faltam atletas.Faltam técnicos. Faltam torneios no Brasil. Falta categoria de base. Falta investimento.Falta acompanhamento da mídia. Falta de tudo muito para que o tÊnis no Brasil volte a embalar.

Desde 1988 não temos uma atleta top-100 no individual. São 21 anos de ausência, que não devem acabar tão em breve. Atualmente, não temos nenhuma atleta nem entre as 250 melhores atletas do mundo. Maria Fernanda Alves está para "estourar" há anos e anos mas é irregular. Ana Clara Duarte, Roxane Vaisemberg e Nathalia Rossi são nossas outras atletas entre as 400 melhores do mundo.

As quatro defenderam o Brasil na última semana na fase continental da Federation Cup, a Copa Davis do tênis feminino. O time venceu os confrontos diante de Porto Rico e Cuba mas, mais uma vez, caiu diante das canadenses.

Nanda Alves se mostrou bem em quadra, venceu Wonziack, que é número 36 do mundo, mas a dupla brasileira não aguentou as adversárias melhores preparadas e o Brasil amarga mais um ano na terceira divisão.

Enquanto os homens tiveram 35 futures e sete chalengers no Brasil dando pontos para ATP, as mulheres não tiveram nem um quinto das disputas. Isso dificulta muito o começo da carreira das brasileiras, que não tem onde conquistar seus primeiros pontos no ranking mundial. O último Brasil Open feminino que teve foi em 2003.

Anos de descaso com as meninas do Brasil, escolhas erradas das jogadoras com maior potencial e a falta de estrutura e apoio são os principais motivos apontados para o atual fiasco durante a reportagem de Tenisbrasil. O elemento comum a todos, entretanto, é este: o tênis feminino brasileiro precisa ser urgentemente “ressuscitado”.
O promotor de eventos Jesus Tajra, responsável por organizar um evento ITF em Fortaleza, quer apostar no tênis, mas não esconde seu descontentamento com os problemas em se organizar uma competição no Brasil. “Fiquei decepcionado com a ausência das principais brasileiras, que foram jogar outros torneios na semana. Elas reclamam que falta oportunidade e aí quando fazemos um torneio, contra todas as dificuldades, elas não aproveitam”, exclama.
Maria Esther Bueno não deixou sucessoras no Brasil. E parece que também não detém muitos fãs, infelizmente. Tanto que o site oficial dela, que resumo muito bem todas suas conquistas, é totalmente em inglÊs, sem sequer uma versão para a lingua mãe da tenista.
É assim que agradecemos uma das maiores tenistas de todos os tempos no mundo inteiro.
Uma pena
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