segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Thomas Bellucci

Thomaz Bellucci está vivendo a melhor fase de sua carreira. De julho até essa segunda-feira, subiu mais de 100 posições no ranking mundial. E não foi só no ranking que ele subiu. Seu jogo mudou, está sacando muito melhor, voleando como nunca e com uma vontade que ele não tinha.
Ele ganhou nesse domingo o Chalenger de São Paulo e chegou ao ranking de número 37. Deve cair um pouco até o fim da temporada pois não jogará mais até janeiro, mas com certeza teve um ano positivo.

O ano foi positivo mesmo com derrotas inesperadas e que colocaram seu futuro em jogo. A primeira foi em Roland Garros. Abandonou uma partida que ainda estava "ganhável" na primeira rodada do Grand Slam francês com câimbras e foi bastante criticado por todos. Depois de um inédito título de ATP, ele foi a Copa Davis tentar levar o Brasil de volta a divisão de elite. Perdeu um jogo decisivo diante do Lapentti velho e o Brasil ficou de fora da elite mundial. Não se abateu com essa derrota, fez belos jogos em alguns torneios da ATP, culminando com uma semifinal em Estocolmo há duas semanas.

Nessa semana, venceu o Chalenger de São Paulo, que não vale muito, mas o fez subir cinco posições. Um torneio em que ele era total favorito, mas estava cansado. Voltou no domingo da Suécia e estreou na quarta-feira, jogou cinco dias seguidos e perdeu apenas um set.

Agora é torcer para um bom primeiro semestre de 2009. Ele não defende tantos pontos, somente o vice campeonato da Costa do Sauipe. Torcer para que não seja um Ricardo Mello ou um Flavio Saretta, que recentemente chegaram ao top 50 mas não conseguiram se sustentar.
Bellucci é jovem, talentoso, está em ascenção e não pode deixar com que esse sucesso suba sua cabeça. É hora de descansar, voltar a treinar no mês de dezembro e iniciar 2009 com tudo. O calendário já está pronto: Em janeiro disputa dois ATPs na Oceania antes do Aberto da Austrália. Posteriormente, no mÊs de fevereiro jogo o circuito latino-americano de ATPs, na Costa do Sauipe, Viña Del Mar, Acapulco e Buenos Aires. Em março, tenta a sorte nos fortes Masters de Miami e Indian Wells.

Chegar entre os 40 do mundo já é um grande feito. Porém, ainda falta muito para nosso tenista de 21 anos. Vale lembrar que ele nunca chegou a uma terceira rodada de Grand Slam, nem as oitavas de final de um Master, jogou apenas uma partida na grama em sua vida, nunca venceu um top-20.Tem futuro, mas não pode se perder que nem aconteceu com outros tenistas brasileiros nos últimos anos.

Não é um novo Guga. Não pode compará-lo com outros tenistas.

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