Começa nesse fim-de-semana um dos eventos mais importantes da América Latina. Os Jogos Bolivarianos envolvem os seis países libertados por Simon Bolivar e a briga é de cachorro grande. Com muito política envolvida, o evento já teve o levantamento de peso, disputado antes para não coincidir datas com o mundial da modalidade, e a Colômbia está na frente.
Dentro deste espírito político, na Assembléia de hoje era para ser escolhido a sede dos próximos Jogos de 2013 e a eleição dos dirigentes da entidade. Numa jogada política, delegados de Venezuela e Colômbia deixaram a sala para evitar a votação. Assim, as articulações continuam até a próxima reunião. Alguém tem dúvida de que os Bolivarianos é uma competição política???
Tudo bem que os Jogos Bolivarianos envolvem países de pouquíssima tradição olímpica. Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela e Panamá ganharam, na última olimpíada em Pequim, juntos um ouro(Panamá), duas pratas (Equador e Colombia) e dois bronze(Colômbia e Venezuela) somando ao todo apenas cinco pódios. Mas para estes países, que se reunem de quatro em quatro anos para disputar mais de 400 medalhas de ouro, o evento é de suma importância.
Os primeiros Jogos Bolivarianos foram realizados em Bogotá 1932 , ano em que a capital da Colômbia comemorou os 400 anos de sea fundação. Estos jogos surgiram depois da idéia e da grande promoção realizada durante os Jogos Olímpicos de Berlim por Alberto Cheyne , o diretor nacional de educação física na Colômnia desta época, que propôs a união dos povos bolivarianos através de umas justas desportivas.
Existiram duas edições que não foram todos os seis países. A primeira vez foi em 1961 nos Jogos de Barranquilha, em que a Bolívia não enviou sua delegação. A segunda foi em 1973 nos Jogos da Cidade do Panamá, em que Equador foi em quem não mandou sua delegação de atletas.
A prova da importância do evento para esses países é que a última edição, em 2005, três dos cinco medalhistas olímpicos em 2008 estiveram. Dalia Rivero, venezuelana do tawekondo, Jeferson Pérez, corredor de marcha atlética do Equador, Jackeline Reinteria, da luta colômbiana.
Desde os primeiros Jogos Bolivarianos realizados em Bogotá o Peru dominou o quadro de medalhas até a terceira edição dos Jogos. Posteriormente, a Venezuela se apoderou do domínio dos Jogos e encabeçou o quadro de medalhas de todas as edições seguintes, desde a quarta edição até a última realizada em Pereira e Armência (Colômbia). Entretanto, a última edição a disputa foi mais acirrada, a Colômbia quase ultrapassou a Venezuela no números de ouros.
A Bolívia sediará a competição, em Sucre, com a disputa de 36 esportes e a provável presença de mais de 1000 atletas. O time da casa só tem 76 ouros na história da competição e busca, jogando em casa, aumentar esse número.
A briga pela primeira posição do evento, deverá ser intensa entre Colômbia e Venezuela, enquanto pela terceira posição Equador e Peru devem brigar, assim como fizeram em 2005, quando terminaram empatados com 25 ouros. Panamá tem uma soma de 183 medalhas de ouro na história, mas na última edição levou apenas duas.
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