sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Brasil no mundial

O mundial de boxe chegou ao fim para o Brasil. Foram, ao todo, nove vitórias para os seis pugilistas brasileiros que viajaram para Itália, cinco a mais do que o número obtido em 2007 quando levamos oito atletas. Porém, não chegamos a medalha, oque faz com que o jejum aumente para quase 30 anos.

Na postagem do dia 1º de setembro, arrisquei que o Brasil iria vencer sete ou oito lutas mas não teríamos medalhistas. E foi o que aconteceu. Com a chave em mãos, escrevi naquela data que Paulo Carvalho iria cair na segunda rodada diante de um medalhista olímpico e que Yamaguchi Falcão pararia nas oitavas diante de um uzbeque. Disse também o obvio, que Robson Conceição caíria na primeira rodada, já que enfrentava um cubano. Nessas três eu acertei na mosca o resultado.

Os outros três, surpreenderam e foram um pouco mais longe do que eu imaginei...
Paulo Carvalho venceu sua primeira luta um atleta de El Salvador por 18 a 13. Depois, pegou o medalhista olímpico Serdamba Purevdorj. Imaginei que ele não passasse dessa luta, mas acreditava numa luta mais equilibrada, já que perdeu de 15 a 7. Ainda acredito muito no potencial dele, que venceu o pan-americano desse ano e foi quadrifinalista em Pequim, ficando a uma luta da medalha.

Robson Conceição deu azar e pegou um cubano logo na estreia. Assim como Paulinho, achei que ele resistiria mais, apesar de imaginar a derrota. Ele perdeu para Yasniel Toledo, pelo placar de 21 a 7.

Yamaguchi Falcão é uma das gratas revelações do boxe nacional. Em sua primeira grande competição, não disputou nem o pan, nem a Olimpíada, ele não se mostrou nervoso, venceu duas lutas e enfrentou nas oitavas-de-final o campeão mundial de 2007.Ele lutou bem, chegou a levar o juiz a abrir contagem para o adversário, mas não soube se defender bem e nem atacar com tanta perfeição, perdendo para o campeão mundial de 2007 por 8 a 3.
Quem mais me surpreendeu foi Myke Carvalho. Ele já foi para duas Olimpíadas e nunca venceu uma luta. Porém, em mundiais, sua estrela parece brilhar. Em 2005, foi quadrifinalista no mundial e agora, em 2009, venceu duas lutas até cair nas oitavas. Poderia ir até mais longe, estava vencendo seu combate até os últimos segundos, mas levou a virada e terminou na nona posição.

Everton Lopes fez o melhor resultado do Brasil na competição. Venceu uma luta tranquila na estreia e, na segunda luta, venceu o medalhista de bronze em Pequim, Hrachik Javakhyan, por 10 a 3, chegando as oitavas de final, em que conseguiu outra vitória, chegando entre os oito melhores para enfrentar o russo campeão mundial de 2007. Pedeu por 17 a 2.

Pedro Lima, na minha opinião, se classificou para o mundial injustamente. O campeão pan-americano de 2007 nunca voltou a lutar bem como no Rio e já deveria ter perdido a vaga na categoria até 69kg. Esquiva Falcão é seu reserva e uma das promessas do esporte nacional e o venceu numa luta esse ano. Entretanto, a confederação levou Lima, que venceu uma luta mas caiu na segunda, diante de um húngaro numa luta que poderia ter vencido.

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