Recentemente vi uma matéria na Folha de São Paulo sobre a última Copa do Mundo de judô, realizada na Ingleterra, no fim-de-semana passado. Não tinha nada a vê com o resultado obtido pelos lutadores do Brasil e sim o fato das atletas femininas terem que pagar suas passagens para Europa.
A matéria começou da seguinte maneira: "Os piores tempos do judô brasileiro até parecem estar de volta", relembrando os tempos da "Era Mamede", em que os atletas viviam uma briga interminável com a confederação.
No calendário de competições internacionais em que o Brasil iria disputar em 2009, a etapa da Ingleterra estava prevista apenas para os homens disputarem. Assim como no início do ano, duas etapas na Europa- Espanha e Portugal- apenas as mulheres tiveram todas suas despesas pagas. Os homens não disputaram.
Agora, para etapa da semana passada aconteceu ao contrário, os homens apenas iriam. Mas as mulheres, por motivos obvios, fizeram questão de participar para ganhar experiência, pontos e títulos. E, como não estava prevista essa participação, tiveram que pagar do próprio bolso. Acho isso absolutamente normal. Nenhum país do mundo, nem mesmo o Japão, leva equipes completas para todas as Copas do Mundo, que são 27 por temporada.
A matéria ainda termina com: Esta não é a primeira vez que a confederação adota esta postura. No Grand Slam de Moscou, em maio, Taciana Rezende de Lima, da categoria até 48 kg, teve de pagar a sua passagem. Ela teve de pagar pois não era líder do país em sua categoria e o Brasil levou uma equipe completa para o evento, um de cada categoria. E ela, segunda colocada, não teria o direito de viajar com tudo pago pela Confederação. Optou por pagar e participar.
Justo.
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