No sul-americano adulto do ano passado, mesmo com a equipe B, a seleção deveria ter obtido uma classificação melhor que uma simples quarta posição, a última das vagas para a Copa América de 2009. Ainda em 2008, no sul-americano sub 15 a equipe ficou na terceira posição entre os 5 participantes, perdendo para Argentina, Venezuela, vencendo no finzinho o Uruguai e passando fácil pelo Peru. Em 2007, no sul-americano cadete a medalha de bronze só veio com uma suada vitória sobre o Uruguai.
Todos esses resultados demonstram exatamente como anda o atual basquete masculino do Brasil em termos de seleção. Dos últimos dois anos, o único resultado que se salva, e muito bem, é o mundial juvenil de 2007, em que o Brasil terminou na quarta posição. A renovação, novamente, não está acontecendo.
"Simplesmente não souberam renovar. Teve a geração de Oscar e Marcel e depois o esporte afundou por falta de interesse e capacidade dos dirigentes de fazer uma renovação" disse Carlos Domingos Massoni, o Mosquito, vicecampeão mundial pelo Brasil além de duas vezes medalhista olímpico. Essa entrevista foi dada ao jornal Metrô, que circula gratuitamente pelo transporte público paulistano.
Na contramão do sincero Mosquito, aparece Paulinho Villas Boas, que atuou em duas olimpíadas, além de ter disputado o pan-americano de 1987, na inesquecível conquista do ouro. Ele, atualmente é membro do Comitê Olímpico Brasileiro e rasgou elogios ao ex-presidente da CBB, Gerasime Bozikis, o Grego: "O basquete melhorou muito nos últimos anos, tanto no masculino como no feminino, com atletas indo jogar na Europa e o presidente Grego deixou a Confederação redonda".
Gerasime Bozikis assumiu o comando da CBB em 1997, um ano depois da última vez em que a seleção masculina foi às Olimpíadas e três anos após a última grande conquista do feminino – o Mundial de 1994, na Austrália. De lá para cá, as seleções tiveram poucos momentos de alegria – e muitos de vexame. E o ex-presidente disse que alguns de seus erros justamente nesses momentos de crise.
Jogadores bons nós temos. Nenê, Varejão e Leandrinho brilham nos EUA. Tiago Spliter é destaque na Espanha e, aqui no Brasil, temos um basquete de alto nível jogado, com ginásios do interior do estado de São Paulo, em Brasilia, No Rio de Janeiro e tantos outros lugares bem cheios. Talento nós temos, organização não, mas está começando a mudar, como disse Mosquito: " Com essa Nova Liga, acho que a coisa começa a melhorar. O que é preciso ficar de olho é nessa nova diretoria da Confederação. O Grego deixou a presidência e passou o bastão para o braço direito dele. Quero ver o que vai dar, parece que vai mudar algo".
O futuro está nas mãos do Braço Direito de Grego. Esse ano ainda temos a Copa América sub-16, classificatória para o mundial, com a seleção que foi bronze no sul-americano sub-15 do ano passado e principalmente a Copa América adulta, que é classificatória para o mundial adulto de 2010. Vamos ver o que um time totalmente diferente do eliminado no pré olímpico do ano passado pode fazer.
Iremos torcer.
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