terça-feira, 19 de maio de 2009

Esporte à esporte- remo feminino

O remo feminino está vivendo uma época de alavancamento do esporte misturada com algumas decepções. O remo feminino vem de duas participações olímpicas, inéditas, mas com resultados um pouco abaixo do esperado, além da tão sonhada medalha pan-americana ter ficado para 2011. Além disso, nossas atletas vivem uma confusão na Confederação Brasileira de Remo, que recentemente declarou estar visando a olimpíada de 2016, praticamente pulando esse ciclo olímpico.Além disso, a Confederação está sob intervenção da justiça. O motivo? Apesar da minha pesquisa não encontrei.
Atualmente, o site da Confederação está com a seguinte mensagem: Por decisão da 17a. Camara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, em decisão proferida nos autos do Agravo do Instrumento n° 2009.002.12164, esta Confederação encontra-se sob intervenção judicial, tendo sido nomeado interventor o Dr. Mauro Ney Palmeiro.
Eu sinceramente não intendi.

Voltando a falar do remo feminino, Fabiana Beltrame é o grande nome. Ela participou das duas últimas olimpíadas, no single skiff. Na primeira, em 2004, ficou na 14ª posição, ficando na segunda posição da final C. Quatro anos depois, com mais atletas participando, ela foi às quartas-de-final, mas acabou se classificando apenas para a final D. Lá, saiu vitoriosa e fechou a competição na 19ª posição no geral.

No pan-americano, ela saiu decepcionada depois da quinta e última posição obtida no skiff quádruplo, prova que competiu com mais três brasileiras, abrindo mão assim da competição do single skiff, sua especialidade. "Não conseguimos mostrar nosso potencial. Estou triste, decepcionada. Temos de repensar muito. Para alguma coisa essa derrota tem de ser vir" comentou depois da competição, em que as meninas brasileiras tinham a real esperança de medalhas pela primeira vez na história da competição.

Na regata pré olímpica latino-americana, disputada na raia da Lagoa de Freitas, no fim de 2007, ela venceu o single skiff, provando que, se tivesse disputado o pan poderia dar trabalho às adversárias. Na mesma regata, no double skiff peso leve, as brasileiras Camila Carvalho/Luciana Granato conseguiram a vaga olímpica. Em Pequim, ficaram em terceiro na final C, terminando em 15º no geral. No pan, elas haviam remado mal, terminando na sexta e última posição.

Fabiana está com 27 anos. Luciana tem 31 e Camila 27. Apesar de não serem jovens, estão na idade que, geralmente, os remadores atingem o auge, e tem nas costas a experiência de uma olimpíada. Poderiam ter, caso tivessem investimento, um belo ciclo olímpico pela frente. Entretanto, essa não é a idéia na Confederação, que está com olhos para a olimpíada de 2016.

Nas metas indicadas pela confederação para o COB, quando pedido os resultados no mundial adulto da modalidade, a frase é a seguinte "Dependência de um surgimento de um talento", mesma frase colocada na expectativa de resultado para o Pan-americano de 2011 e dos Jogos Olímpicos de 2012.
No fim do ano passado, a crise na CBR já era evidente. Fabiana Beltrame criticou a entidade: "A gente só treinou para a Olimpíada esse ano. E não foi um grande trabalho. Meu sonho era disputar uma final A. Mas, com o trabalho que desenvolvemos hoje, isso nunca passará de um sonho".Procurado pela reportagem do UOL Esporte, Rodnei Jr. rebateu as críticas dos atletas e disse que eles fazem parte de um grupo político interessado em assumir o comando da CBR."Eles estão envolvidos neste movimento de oposição que vai disputar as próximas eleições. É engraçado eles falarem isso agora que as Olimpíadas acabaram. Ignoram que também têm deficiências técnicas. O Macarrão (atleta brasileiro que disputou as últimas três olimpíadas), por exemplo, só está remando até hoje na seleção por causa de dinheiro", disparou Rodnei Jr.
Desta confusão, não consegui apurar nada, infelizmente.
Apesar de querer um bom resultado nas categorias de base, o remo feminino não foi bem no mundial juvenil do ano passado, sem nenhuma colocação entre os 15 melhores. Para esse ciclo, a meta é ter um atleta na final A dos Jogos da Juventude. Não sei de vai ser possível, infelizmente.
Faltam informações sobre o esporte, falta divulgação. Vamos torcer para que nesse ciclo olímpico as meninas tenham resultados melhores. e mais divulgados...

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