52 de nossas 91 medalhas foram conquistadas nas últimas quatro edições dos Jogos Olímpicos. Curiosamente, nossa melhor posição no quadro de medalhas por ouro veio em 2004 quando levamos "apenas" 10 medalhas, metade delas de ouro, o que nos deu a 16ª posição. Em Pequim 2008, com um resultado muito parecido com Atlanta 96, ficamos em 23º, duas posições à frente dos Jogos dos EUA. Nessa comparação, nossa pior olimpíada foi disparada a de 2000, quando fechamos em 52º com seis pratas e seis bronzes.
Nas quatro olimpíadas citadas, tivemos medalhas surpreendentes. Também tivemos aquelas certezas que todos sabiam que iria dar medalhas mas que não resultaram em pódio. Tivemos aqueles que não medalharam, mas conseguiram um resultado importantes para evolução nacional. E aqueles que representaram o Brasil dignamente, mas longe de um resultado expressivo.
Quem melhor pode apresentar essa evolução é nossa ginástica. Em 1996, levamos apenas uma atleta, aumentando para duas na olimpíada seguinte. Quatro anos depois, já tínhamos uma equipe completa, além de finais individuais. Em Pequim, fomos pela primeira vez à final por equipes, chegando ainda em cinco finais individuais. Uma imensa evolução que está meio apagada na midia devido as tristes falhas de Daiane, em 2004, e Diego, em 2008, que eram favoritos ao ouro.
Porém, alguns esportes estão no caminho inverso. É o caso do basquete. De uma prata e um sexto lugar em 1996 caímos para um bronze e uma ausência em 2000, um quarto lugar em 2004 e um 11º lugar em 2008, ambos sem a presença do time masculino na disputa.
Porém, o que se pode constatar é a importante melhora na quantidade de resultados próximos ao pódio ou em finais olímpicas nestes 12 anos. Eu, partilarmente, não conto o fato de a delegação brasileira em 2008 tenha chegado perto dos 300 atletas contra 225 em Atlanta. Números quantitativos são importantes, mas não muito relevantes.
No atletismo, uma medalha em cada edição desde 1996. Em Atlanta-96 e Sydney 2000 quem salvou foi o revezamento, com o bronze e a prata. Em 2004, a inesquecível terceira posição de Vanderlei e ano passado o ouro de Maurrem. Mas, é importante vermos os números de finais dos brasileiros e de colocações importantes.
Em 1996, além do bronze do revezamento, o que foi destaque na delegação de 42 atletas foram os 400m com barreiras, com dois atletas na final, terminando em 7º e 8º, e uma décima posição na maratona masculina. Em 2000, além da prata do nosso quarteto, chegamos a outras três finais, nos 200m e 400m rasos e nos 400m com barreiras. Quatro anos depois, apenas duas finais, no triplo e nos 110m com barreiras. Em Pequim, além do ouro de Maurrem, foram dois quartos lugares dos revezamentos, um sexto lugar no triplo além de outras três finais nos saltos.
Ou seja, sete finais, além de um 14º lugar na marcha e um 17ª no heptatlo. Uma melhora evidente.
No ciclismo, em 2008 conseguimos um inédito 20º lugar com Murilo Fisher na prova de estrada, que reuniu 143 atletas. Além disso, a 21ª posição de Rubinho no Montain Bike foi a melhor na modalidade masculina da história. No tiro, que inclusive esteve ausente em 2000, tivemos a melhor posição dos últimos anos com a 11ª posição de Julio Silva.
A natação, com as seis finais conquistadas em Pequim, somadas as brilhantes participações nas maratonas aquáticas, com um 5º e um 7º lugares entre as mulheres, fez bonito em Pequim, independente das medalhas de Cielo. Em Atlanta 96 foram três medalhas, mas apenas cinco finais. Em 2000, pior, apenas duas finais. Mais uma melhora evidente.
Na próxima edição, continuamos a comparar as últimas edições olímpicas
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