As provas de velocidades nos Jogos Pan-americanos de 2007 tiveram um nível altíssimo, tanto no masculino como no feminino, apenas com ausências das grandes estrelas americanas e jamaicanas. Porém, o que mais se viu foi a força dos países da América Central e Caribe, com atletas finalistas olímpicos em Pequim disputando o Pan um ano antes como preparação para o maior evento polidesportivo da terra.
Nos 100m rasos, o campeão pan-americano Churandy Martina , das Antilhas Holandesas, marcou 9s93 na olimpíada e foi o quarto colocado. O medalhista de prata em Pequim, o trinitino Richard Thompson acabou sentindo uma fisgada na primeira rodada do Pan e não prosseguiu na disputa. O quinto colocado no Pan, Kim Collins, de São Cristovao e Nevis, foi o nono na olimpíada, com 10s05, muito perto de uma final. Nos 200m, Kim Collins foi a final em Pequim, mas não conseguiu vaga na final dos Pan, o mesmo acontecendo com Churandy Martina. O Campeão do Pan, Brendan Cristian, acabou parando nas semi finais de Pequim.
Entre as mulheres, as três primeiras colocadas em Pequim foram jamaicanas, todas não estiveram no Rio. Porém, o tempo da campeã pan-americana, Mikele Barber, dos EUA, de 11s02 lhe daria a quarta posição em Pequim. Nos 200m, realmente a prova do Pan não teve um grande nível, sem nenhuma atleta de muito destaque no cenário mundial.
Nos 400m, a mexicana Ana Guevara foi campeã pan-americana e seria com certeza uma das principais atletas da prova em Pequim se ela não brigasse com seu Comitê Olímpico e ficasse de fora da olimpíada. A vice campeã pan-americana, Cristine Amertil, parou nas semi finais nas olimpíadas. No masculino, o campeão pan-americano Chris Brown, de Bahamas, ficou na quarta posição na olimpíada, não conseguind otirar o pódio 100% americano pela segunda vez seguida. Outros seis atletas que estiveram no Pan ficaram entre 0s 24 melhores da prova em Pequim.
No revezamento 4x400m feminino, o time cubano ficou com a medalha de ouro no Rio de Janeiro e, as quatro meninas, foram finalistas em Pequim, terminando na sexta posição. Em Pequim, EUA e Jamaica foram medalhistas, mas não levaram essas mesmas equipes para o Pan do Rio. No masculino, boa parte da equipe de Bahamas, medalha de prata em Pequim, foram os campeões do Pan do Rio, inclusive Chris Brown.
No revezamento 4x100m, o Brasil foi campeão pan-americano no Rio entre os homens e ficou muito perto da medalha, na quarta posição em Pequim. Já as meninas tupiniquins, que ficaram em quinto no Pan, ficaram também em quarto nas olimpíadas, mostrando a força pan-americana na prova.
Os homens de Trinidad Tobago, vice campeões olímpicos, ficaram em quarto no Pan do ano passado, quase com a mesma equipe. Os canadenses, sexto colocados em Pequim, foram medalha de bronze no Pan com dois atletas que viriam a disputar os Jogos Olímpicos no ano seguinte.
A prova dos 100m com barreiras feminino, foi com certeza a mais forte do Pan do Rio. A jamaicana Deloreen Ennis-London, quinta colocada em Pequim, foi campeã pan-americana no Rio. A canadense Perdita Felicien, vice campeã do Pan, era uma das principais favoritas a medalha em Pequim, mas se machucou faltando menos de um mês para o evento. Os tempos das cinco primeiras colocadas no Pan seriam tempos que se classificariam para a final dos Jogos Olímpicos de Pequim. Nos 110m com barreiras, o cubano Dayron Robles foi campeão pan-americano no Rio e, posteriormente, foi campeão olímpico. David Payne, vice campeão pan-americano, foi o vice campeão olímpico.
Nos 400m com barreiras, nenhum dos finalistas olímpicos estiveram no pan do Rio, mas foram cinco semi finalistas de Pequim, que estiveram no evento carioca. Entre as mulheres, realmente o nível não foi tão alto no Pan, sem nenhuma atleta de muito destaque.
Portanto, podemos dizer que oito das 10 provas de velocidade do Pan do Rio tiveram presença de grandes nomes internacionais, inclusive medalhista olímpicos. Vale lembrar que a prova dos 110m com barreiras masculina teve no Pan os dois primeiros colocados da olimpíada.
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