O português Nelson Evora foi campeão mundial em 2007 de salto triplo, quando o brasileiro Jadel Gregório ficou com a medalha de prata. Em Pequim, o português confirmou a medalha de ouro enquanto Jadel ficou na sexta posição.
Consegui uma rápida entrevista com o campeão olímpico, por e-mail, mas achei interessante ele se interessar a falar com um blogueiro do Brasil.
A entrevista na íntegra segue abaixo
Guilherme Costa Você nasceu em Cabo Verde. Como foi a transição para representar Portugal?
Nelson Evora Foi uma coisa natural. Sempre vivi em Portugal, embora tivesse nacionalidade caboverdiana. E foi-me feito um convite para passar a representar Portugal.
GC: Voce participou da olimpíada de 2004, não indo para a final. Essa experiência de já ter participado de uma edição dos Jogos Olímpicos de teu mais força e confiança para levar a medalha em Beijing 2008?
NE: Naturalmente que sim, porque na primeira vez que qualquer atleta vai aos Jogos Olímpicos, fica sempre absorvido com aquela magnitude toda e dispersa-se um pouco na competição.
Na segunda vez que fui, já ia mais consciente que tinha de me focar apenas na competição e não viver com tanta intensidade o grande espectáculo que são uns Jogos Olímpicos. E em Pe quim canalizei a adrenalina toda para a competição.
GC: Jadel Gregorio, do Brasil, é um atleta de ponta do salto triplo. O que você acha que faltou para ele para conseguir saltar melhor que 17m20 em uma final olimpica?
NE: O Jardel é um atleta de excepção e ao nível de um Jogos Olímpicos são os pequenos detalhes que fazem a diferença. Naquele patamar, estamos todos com níveis muito próximos. Portanto basta um mínimo detalhe correr mal, para já não se passar à final, mas não é por isso que perde o mérito de tudo o que já conquistou.
GC: Você tem ""apenas"" 62kg e 1m81 de altura, um biotipo diferente dos principais saltadores, muitas vezes com 80kg ou 90kg. O facto de você ser mais leve te ajuda no salto?
NE: Em vez de tentar esconder aquilo que podia ser uma desvantagem na modalidade, adoptei o meu estilo de salto e de treino ás minhas condições físicas. Aposto mais na velocidade e elasticidade, e não tanto na força.
GC: Como você ve o momento actual do atletismo em Portugal? Você acredita que em breve poderemos ter outros portugueses campeões olímpicos?
NE: Portugal nos últimos anos tem apostado fortemente na melhoria das infra-estruturas desportivas e na qualificação especializada de técnicos, portanto a médio prazo esse investimento dará, com toda a certeza, frutos.
Nelson Evora Foi uma coisa natural. Sempre vivi em Portugal, embora tivesse nacionalidade caboverdiana. E foi-me feito um convite para passar a representar Portugal.
GC: Voce participou da olimpíada de 2004, não indo para a final. Essa experiência de já ter participado de uma edição dos Jogos Olímpicos de teu mais força e confiança para levar a medalha em Beijing 2008?
NE: Naturalmente que sim, porque na primeira vez que qualquer atleta vai aos Jogos Olímpicos, fica sempre absorvido com aquela magnitude toda e dispersa-se um pouco na competição.
Na segunda vez que fui, já ia mais consciente que tinha de me focar apenas na competição e não viver com tanta intensidade o grande espectáculo que são uns Jogos Olímpicos. E em Pe quim canalizei a adrenalina toda para a competição.
GC: Jadel Gregorio, do Brasil, é um atleta de ponta do salto triplo. O que você acha que faltou para ele para conseguir saltar melhor que 17m20 em uma final olimpica?
NE: O Jardel é um atleta de excepção e ao nível de um Jogos Olímpicos são os pequenos detalhes que fazem a diferença. Naquele patamar, estamos todos com níveis muito próximos. Portanto basta um mínimo detalhe correr mal, para já não se passar à final, mas não é por isso que perde o mérito de tudo o que já conquistou.
GC: Você tem ""apenas"" 62kg e 1m81 de altura, um biotipo diferente dos principais saltadores, muitas vezes com 80kg ou 90kg. O facto de você ser mais leve te ajuda no salto?
NE: Em vez de tentar esconder aquilo que podia ser uma desvantagem na modalidade, adoptei o meu estilo de salto e de treino ás minhas condições físicas. Aposto mais na velocidade e elasticidade, e não tanto na força.
GC: Como você ve o momento actual do atletismo em Portugal? Você acredita que em breve poderemos ter outros portugueses campeões olímpicos?
NE: Portugal nos últimos anos tem apostado fortemente na melhoria das infra-estruturas desportivas e na qualificação especializada de técnicos, portanto a médio prazo esse investimento dará, com toda a certeza, frutos.
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