terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Perspectivas 2009

O ano de 2009 não terá nenhum evento polidesportivo, como Jogos Sul-americanos(2010), Jogos Pan-americanos 2011, ou Jogos Olímpicos (2012) mas será uma temporada muito importante para o futuro do esporte brasileiro.

Vale lembrar que o ano pós Atenas 2004, 2005, viu o surgimento de Cesar Cielo, que nadou para menos de 23s e 50s31 no Troféu Brasil, vencendo respectivamente os 50m e 100m livre. Maurrem Maggi começou a dar a volta por cima, armando o ano que teria em 2006, em que fez marcas espetaculares. O time feminino de vôlei começou a reabilitação depois da tragédia de Atenas ao vencer o Gran Prix. Resultado três anos depois: Três medalhas de ouro.

Ou seja, não é pelo fato de estarmos longe da olimpíada de 2012 que este ano de nada valerá. Teremos mundiais em quase todas as modalidades individuais, como atletismo, judô, ginástica e natação, além de esportes coletivos como pólo aquático e handebol.

No atletismo e na natação, um ano em que os atletas buscarão índices para o mundial que será disputado em agosto e julho respectivamente. É a chance de o Brasil encerrar o jejum de medalhas nas águas que dura mais de uma década em mundiais e de o Brasil levar ouro nas pistas depois de 12 anos de jejum. No judô, os atletas terão seletivas no início do ano para decidir que são os atletas que defenderão o Brasil no mundial da Holanda, em que defenderemos 3 títulos mundiais.

Alguns esportes terão que provar a evolução recente. E o caso mais dificil é o da ginástica, que vive um drama com a maioria das meninas machucadas, entre ela Jade, que está em conflito com a CBG. É um ano importantíssimo para a ginástica pois é agora que veremos o verdadeiro estágio que estamos. Ainda teremos os meninos lutando por um lugar entre os 12 melhores por equipes.
O taewkondo também lutará para manter uma evolução, com a disputa de mais um mundial em que podemos ter a redenção de Diogo Silva, além da confirmação dos irmãos Wanceslau, de Débora Nunes e claro Natália.
O handebol busca voltar a figurar entre as melhores seleções femininas, depois de um mundial 2007 e olimpíada de 2008 sem passar da primeira fase. Os homens começaram o ano já no mundial, em janeiro, e buscarão passar para a segunda fase, depois de uma bela olimpíada, que faltou pouco para vencermos Espanha e Polônia. O hipismo adestramento, que classificou uma equipe completa para Pequim, tentará continuar com boas notas nos torneios, com atletas superando os 64%.

Nas raias, será um ano mais calmo. Canoagem e remo não devem levar grandes equipes para o mundial das modalidades por falta de verbas. O primeiro tem evoluído bastante na canoa e entre as mulheres, o que pode até fazer com que a Confederação leve um time. Já o remo, não disputa um mundial há duas edições e está mais focado no futuro, na participação olímpica de 2016.
A vela terá um ano importante para o Brasil, com a realização de cinco campeonatos mundiais nas águas brasileiras. E, em janeiro, os campeonatos brasileiros da maioria das classes olímpicas serão disputados.

No boxe, teremos um campeonato mundial que o Brasil deve levar uma equipe completa, o que leva a crer que continue a evolução vista em 2008. Nas lutas olímpicas, o sonho da primeira medalha em mundial com Rosângela Conceição, além da expectativa de manter a evolução entre os homens, com vitórias em mundiais. Na esgrima, é pouco provável que levemos uma equipe ao mundial, então as competições continentais serão as mais importantes. O pentatlo moderno tentará aumentar o número de praticantes e se acostumar com as novas regras.

Esportes que decaíram recentemente buscam recuperação. Os saltos ornamentais, ainda com os mesmos quatro nomes brilhando, busca uma renovação ou uma confirmação de bons resultados com Cesar Castro, Hugo Parisi, Cassius Duran e Juliana Veloso. A Ginástica Rítmica, que ficou em último na olimpíada, tenta uma boa classificação no mundial da modalidade, para voltar a figurar entre as 10 melhores. No nado sincronizado, a equipe busca a confirmação da evolução e tenta uma inédita final no mundial. O dueto busca se manter entre as 12 melhores, depois da frustação do 13º lugar em Pequim. O triatlo terá um ano com diversas copas do mundo, com os brasileiros em busca de voltar aos velhos tempos de potência, quando tínhamos três atletas entre as15 melhores do mundo.

No vôlei de praia, o Brasil tentará voltar a ganhar títulos mundiais, já que teremos os campeonatos do mundo que são disputados de dois em dois anos. Nas quadras, um ano de preparação para o mundial de 2010, tanto no basquete como no vôlei. O tênis buscará colocar mais atletas entre os 100 melhores do mundo, vitórias em grand slams, a volta para elite da Copa Davis e a dupla André Sá e Marcelo Melo no masters de duplas. No tênis de mesa, o objetivo principal é vencer o latino americano, fazer um belo mundial e conseguir vitórias nas bases.

Outros esportes não foram para Pequim e buscam se preparar a longo prazo para que tenham representantes em 2012. No badminton, o Brasil não deve levar atletas aos mundiais, mas os campeonatos continentais serão importantes. No pólo aquático, os times masculino e feminino, classificados para o mundial, tentarão voltar ao cenário global do esporte, buscando fazer um belo mundial. No ciclismo pista, o país tentará ter um nacional mais organizado e atletas disputando provas internacionais. O hóquei na grama não terá grandes competições, mas continuará o processo de divulgação da modalidade no país.

Alguns esportes que estiveram pouco representados em Pequim buscam aperfeiçoamento. O tiro tentará ter mais atletas no mundial e uma Copa do Mundo realizada no Rio de Janeiro com alto nível. No tiro com arco, a perspectiva é que disputemos o campeonato mundial enquanto no levantamento de peso o principal foco é para base, com Rafael Andrade e Fernando Reis buscando melhorar ainda mais, mirando uma medalha no mundial até 20 anos em 2010.

2009 é um ano ainda de preparação para a primeira olimpíada da juventude, em Cingapura, que será em 2010. Esse evento ainda é uma interrogação mas parece que terá muita importância para o futuro do esporte.
Que venha 2009!

2 comentários:

  1. Olá Guilherme, só para avisar, GRD não é mais usado para denominar a modalidade, agora é só GR.
    Até mais.

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