quarta-feira, 25 de julho de 2012

Passaporte Carimbado

Há 98 dias comecei um projeto aqui no blog na tentativa de entrevistar todos os brasileiros que vieram para a Olimpíada em esportes individuais. Com a correria dos últimos dias com a TV Record, não consegui completar tudo da maneira que eu  queria. Entrevistei mais de 150 atletas, mas alguns realmente faltaram.

Abaixo, uma breve expectativa do que cada um deles pode fazer.

PAULO ROBERTO
Uma das surpresas da delegação brasileira, disputará a maratona. Teve uma pequena confusão com a Confederação que espero que não tenha atrapalhado sua preparação. Conseguiu o índice com a marca de 2h10m23 na maratona de Padova. Não entra com muitas chances de ficar entre os primeiros colocados. Acho que ele deve fazer a sua prova, independente do ritmo alucinante que os ponteiros vão fazer.

FRANCK CALDEIRA
Poucos ainda lembravam dele. Achavam que ele tinha acabado, não tinha mais fôlego e ele, treinado por Ricardo D´angelo fez o índice com o tempo de 2h12m03s, na sexta posição na maratona de Milão. Não entra com tantas chances de ficar entre os primeiros, mas é experiente e pode controlar bem sua prova, avançando no final e ganhando várias posições nos últimos quilômetros.

CAIO BONFIM
O jovem marchador apareceu muito bem nesse ciclo olímpico, chegou a ficar em quarto lugar no mundial sub-20 de 2010 e tem um belo futuro. Se correr para seu melhor, na casa de 1h20, fica entre os 15 primeiros e repete os resultados recentem em Olimpíadas dos atletas brasileiros.

MAURREN MAGGI
Conversei com Nelio de Moura algumas vezes nos últimos meses e iria entrevistar a Maurren no Trofeu Brasil mas ela não participou. Quando conversei com Nelio, antes da pequena contusão que a campeã olímpica sofreu, ele disse que fazia anos que a Maurren não treinava tão bem, não era tão regular em seus saltos. Perguntei que marcas que ela fazia nos  treinos e quanto ele sonhava numa competição e ele não quis falar, disse que era segredo.

Maurren não entra nem no top-10 da temporada, está se recuperando de uma pequena lesão, mas acredito ainda que ela está no bolo da briga pelas medalhas. A americana Reese está muito a frente, saltou inúmeras vezez acima dos sete metros só essa temporada. Mas de resto, muita gente embolada, porque as que conseguiram fazer acima dos 7m não são tão regulares assim.

Nesse ano, ela fez 6m85 e no mundial do ano passado ela fez a melhor marca das eliminatórias, mas acabou indo muito mal na final, sequer chegou entre as oito melhores. Maurren cresceu uma vez em grandes competições, justamente na mais importante da carreira. É torcer para fazer o mesmo.

ROBENÍLSON DE JESUS
Conversei com ele algumas vezes no início do ano, mas não falei com ele nos últimos meses. Robenilson é um dos boxeadores que não chegam tão cotados ao pódio, mas podem surpreender. No mundial do ano passado, caiu na primeira rodada diante de um cubano. No Pan, ficou com a medalha de bronze.

A seu favor, o fato de ir para sua segunda Olimpíada. Em Pequim, parou nas oitavas-de-final. Para Londres, pode ir mais longe.

ROSELI FEITOSA
A campeã mundial da categoria até 81kg de 2010 não faz uma boa competição desde o pré pan do início do ano passado, quando venceu a campeã mundial Mary Spencer. No Pan, caiu na primeira rodada mas ficou com  o bronze pois entrou já na semifinal. A vaga olímpica veio depois de perder logo na estreia do mundial, mas mesmo assim foi uma das melhores das Américas e está em Londres.

Conversei com ela algumas vezes no início do ano e ela estava bastante abalada, principalmente por causa daquela confusão com o técnico Claudio Aires no Pan. Parece que agora já está tudo bem com ela. Fui ao treino da seleção aqui em Londres, semana passada, e ela estava fazendo gelo no braço, algo totalmente normal para o momento de treinos.

ADRIANA ARAUJO
Para mim, a grande chance de medalha do Brasil no boxe feminino. Ela deve ser a cabeça de chave e possivelmente estreia já nas quartas-de-final. Assim, na teoria, com uma luta vencida já garante uma medalha.

Experiente, já foi diversas vezes campeã continental mas, no Pan do ano passado, lutou muito mal, caiu na primeira luta sem ter chance alguma diante de uma mexicana. No mundial desse ano, lutou bem e só parou nas quartas-de-final.

Está no bolo da briga pela medalha.

BASQUETE FEMININO
Pela sexta Olimpíada seguida, o Brasil conseguiu classificação. Dessa vez, com bem menos sofrimento do que para Pequim, quando a vaga veio nos últimos segundos do jogo com Cuba no pré olímpico mundial. Agora, já no pré olímpico das Américas, sem participação das Americanas, a vaga veio e sem muitas dificuldades.

O ponto forte da seleção é o garrafão. Erika, Damiris, Fran e até mesmo Nádia são fortes. Erika é considerada uma das melhores, se não a melhor pivô do mundo. Nos amistosos, não jogou tão bem, terá que ser ainda melhor para que o Brasil possa brigar por algo.

Tem gente falando por aí que o grupo ficou mais unido com a ausência de Iziane. Mas a verdade é que a seleção perdeu uma de suas principais jogadoras. Fará falta, principalmente pois não terá substituta e o Brasil jogará a Olimpíada com apenas 11 jogadoras.

A partida de estreia, contra a França, é disparada a mais importante da primeira fase. Na teoria, é a briga direta pela terceira posição, já que Rússia e Austrália, na teoria, estão mais fortes. No amistoso da semana passada, França ficou o tempo inteiro a frente e venceu.

O que deixa o torcedor um pouco mais otimista foi o último amistosos contra a Austrália, em que a seleção perdia por mais de 20 pontos, buscou o resultado e perdeu por apenas três. Depois, venceu a China na única vitória contra um time ao menos médio nessa preparação.

ANA SÁTILA
A mais nova da delegação brasileira chega a Londres com o objetivo real de superar o resultado de Poliana de Paula, há quatro anos, que ficou em 14º lugar na canoagem slalom. Se preparou bem, ficou com o seu técnico na Europa uma grande parte do primeiro semestre e conseguiu resultados razoáveis nas Copas do Mundo.

Torço para que ela faça uma decida limpa. Se não perder 50s por pular um dos pilares, briga por uma vaga na semifinal. Chegar a final, entre os 10 melhores, já é um pouco mais complicado.

ERLON/RONILSON
A dupla do c2 1000m tem chegado a finais de Copas do Mundo e garantiu a vaga olímpica com a prata no Pan de Guadalajara. Como são apenas 12 barcos na disputa, eles são fortes candidatos a disputar a final, coisa que não acontece desde 1996.

Brigar por uma medalha é um sonho um pouco mais distante, mas eles mostraram nas etapas das Copas do Mundo que estão entre as seis ou sete melhores duplas do mundo.

CICLISMO ESTRADA- JANILDES, CLEMILDA E FERNANDA
A seleção brasileira conseguiu a classificação de três atletas para o ciclismo estrada feminina, o que pode ser considerado um resultado muito bom. Janildes vai para sua terceira Olimpíada, depois da ausência em 2008, enquanto Clemilda, que esteve em 2008, vai para sua segunda participação.

Acho que o trio tentará ajudar a Clemilda a fazer um bom resultado. Acredito numa espécie de jogo de equipe entre as três para que Clemilda chegue bem nos últimos metros. Como fizeram um treinamento na Colômbia por mais de um mês, não consegui falar com elas em nenhum momento.
Clemilda também está na prova contra-relógio.

ATHOS SCHWANTES
O experiente esgrimista participa da sua primeira Olimpíada, depois de conquistar a vaga pelo pré olímpico continental.
Como não está entre os primeiros do ranking mundial, 78º lugar, terá que disputar uma primeira rodada contra atletas com ranking parecido com o seu, portanto, será muito importante que passe desse jogo.
Depois, o que vier é lucro.

FUTEBOL FEMININO
Com Marta inspirada, as chances de medalha são reais. Sem Marta, o Brasil é um time comum. Isso pode ser visto se assistirmos os jogos dos últimos anos. No mundial do ano passado, a seleção caiu nos penaltis diante dos EUA nas quartas-de-final, com uma Marta jogando muito e praticamente sozinha. Já no Pan de Guadalajara, sem Marta, o time perdeu para o Canadá e ficou com a prata.

Nos amistosos desse ano, sem Marta, Brasil foi goleado por Japão e EUA, finalistas da última Copa do Mundo.

Ainda acho que a preparação brasileira para Londres foi muito ruim. Tivemos muito treino no Rio, é verdade, mas jogo que é bom ,quase nenhum. Amistosos contra Canadá, Japão e EUA em abril. Depois, apenas jogos com times juvenis masculinos, enquanto as melhores do mundo jogavam entre sí.
No início de julho, o Brasil venceu uma competição amistosa, inclusive com uma excelente vitória sobre o Canadá, time que pode assustar na Olimpíada.

Cristiane precisa voltar a apresentar o bom futebol de outros anos, não joga bem pela seleção há algum tempo.

SERGIO SASAKI
O ginasta mais completo do Brasil passou por algumas contusões nos últimos meses mas chega a Londres com reais chances de ser finalista no individual geral, que reune os 24 melhores.
No Pan de Guadalajara, havia sido o melhor nas eliminatórias, mas optou por não participar da final.

EQUIPE DE GINÁSTICA FEMININA
Além de Daniele Hypolito(que entrevistei há poucos meses), a equipe é composta por Daiane, Bruna Leal, Ethiene Franco e Adrian Gomes.
Sem Jade, depois de toda a confusão de seu corte, a equipe ficou ainda mais fraca e dificilmente conseguirá brigar por uma vaga na final, entre as oito melhores. Na verdade, se não ficar em último já será uma boa surpresa.

O pior desempenho das brasileiras é nas barras paralelas, em que a "simples" nota 13 não costuma chegar. Isso faz com que o Brasil despenque na classificação.

Acho que além de Daniele, Bruna pode sim chegar a final do invididual geral. Nos aparelhos, a expectativa é com Daiane dos Santos, que se acertar uma boa série fica entre as oito primeiras. No início do ano, conversei com ela e ela falou até em medalha. Mas acho difícil.

HIPISMO CCE- SERGUEY FOFFANOFF E MARCIO JORGE
O mais experiente da delegação brasileira do CCE é o Serguey Foffanoff, o Guega, que está na seleção há quase 20 anos e disputa sua quarta Olimpíada. Marcio Jorge é o quinto brasileiro na equipe e será de suma importância para que a equipe consiga bons resultados.

HIPISMO SALTOS- RODRIGO PESSOA
O porta-bandeira da delegação brasileira entra com ótimas chances de medalha na prova individual, foi quarto colocado no mundial de 2010.
Cacá Ribas, Luiz Francisco Azevedo e José Roberto Filho completam a equipe brasileira, que não entra tão forte como o esperado devido a contusão do cavalo de Bernardo Alves.

RAFAELA SILVA
Vice-campeã mundial da categoria até 57kg, é cotada para medalha nas principais previsões, tanto nacionais como mundiais. Esse ano, foi medalha de ouro no pan-americano, vencendo Alvear, colombiana campeã mundial em 2009, e a cubana Yurisleydis Lupetei.
Será cabeça-de-chave na Olimpíada e, esse ano, foi medalha de bronze no Gran Prix de Dusseldorf e no Masters que reuniu as 16 melhores do mundo.

MAYRA AGUIAR
A categoria até 78kg do judô tem quatro atletas que estão muito acima das outras adversárias, o que pode-se prever que o pódio seja o mesmo dos últimos mundiais. Não necessariamente nessa ordem: Mayra, Kayla Harrisson, Ogata e Tcheumeo.

Mayra foi prata no mundial de 2010 e bronze em 2011 e em 2012 está perfeita. Foi campeã do Masters, do Grand Slam de Paris e do pan-americano. Assim, assumiu a liderança no ranking mundial.

Mayra tem muita dificuldade de lutar contra as japoneses. Contra Ogata, por exemplo, perdeu as cinco lutas que fez. Contra Kayla, são quatro vitórias e cinco derrotas enquanto que contra a francesa, a brasileira leva vantagem, com três a um.

HENRIQUE BARBOSA
Henrique teve um ciclo olímpico de altos e baixos. Em 2009, fez tempos espetaculares no Maria Lenk e foi finalista dos 100m e 200m peito no mundial de Roma. Em 2010, não fez um bom ano e, na temporada passada, foi pego no exame antidoping.
Voltou bem no fim de 2011, fez uma marca que foi a sétima melhor do ano, com 2m09m82. Se repetir esse ano em Londres, briga forte por uma final nos 200m peito.

FELIPE LIMA
A briga interna pela segunda vaga olímpica nos 100m peito foi grande, com outros dois atletas fazendo o índice mínimo. Mas, quem ficou com a vaga foi Felipe Lima, com a excelente marca de 1m00s11, que se repetida na Olimpíada o coloca com certeza na final.

JULIANA VELOSO
Quarta Olimpíada da atleta que, desde Pequim, se especializou na prova de trampolim. A vaga olímpica veio pelo resultado obtido na repescagem da Copa do Mundo desse ano, em que ficou na sexta posição. Ela não disputou o último mundial pois sentiu um estiramento e, no Pan, ficou sem medalha, depois de subir ao pódio em 2003 e 2007.
Precisa acertar ainda um de seus cinco saltos, que ainda não está encaixado. Se fizer uma prova limpa, fica entre as 18 melhores, na semifinal. Chegar a final já é mais complicado.

MARCELO MELO/BRUNO SOARES
Bruno Soares é o melhor duplista do Brasil na atualidade, não no ranking mas sim na qualidade técnica, e a Confederação optou por juntá-lo com Marcelo Melo. Esse ano, os dois ainda não jogaram juntos.
Melo conhece bem Winblodon, já foi semifinalista ao lado de André Sá no ano de 2007 e tem um saque que pode ajudar a dupla a ir longe na Olimpíada.

GUI LIN
Uma das mais polêmicas convocações da Olimpíada, a chinesa naturalizada brasileira Gui Lin será a terceira integrante da delegação brasileira na prova por equipes do tênis de mesa. Ela não está 100% fisicamente. Nos últimos anos, Jessica Yamada tem sido  essencial nas competições por equipes que o Brasil disputou enquanto Gui Lin, que só conseguiu a naturalização recentemente, jamais representou o país numa grande competição.
Mas, vamos torcer para que Gui Lin surpreenda e consiga jogar bem na Olimpíada.

REINALDO COLLUCCI
O triatleta brasileiro conseguiu a vaga olímpica para Londres com a medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. No circuito Mundial, tem como principal resultado a vitória na Copa do Mundo de Hamburgo em 2010.
Tem que tomar cuidado para não ser pego de surpresa e deixar o pelotão do ciclismo fugir. A tendência é que haja fuga e ele precisa ficar no pelotão de frente.
Em entrevista ao site mundotri, especializado em triatlo, ele resumiu o que quer em Londres; " Ficar entre os 10 primeiros na natação, ficar no pelotão dos 6 primeiros no ciclismo e correr em 29m45s, chegando ao pódio".

VÔLEI MASCULINO
Um time que vai jogar com uma camisa pesadíssima. Uma camisa que ganhou os três últimos mundiais e que ficou de fora do pódio em somente duas competições nos últimos 11 anos.
Mas, só camisa não ganha jogo.

A seleção não vive um bom momento. Ficou apenas na sexta posição na Liga Mundial, levou um sonoro 3x0 de Cuba, que nem vai aos Jogos, e perdeu quatro dos cinco jogos que fez com a Polônia na Liga.

Giba está cambaleando, alguns dizem até que vai ser cortado. Dante não acerta um passe e Rodrigão não é mais o mesmo no bloqueio. Murilo parece não ter se recuperado 100% fisicamente. Escadinha está bem, mas não é o mesmo de Pequim. Ricardinho então, não voltou como se esperava.  A "velha" geração terá de melhorar muito se quiser manter a tradição das medalhas.
Walace foi o destaque do Brasil na liga Mundial, os meios de rede Lucão e Sidão estão um pouco melhores. Na minha opinião, Bruninho deve começar a Olimpíada como titular e depois ver se Ricardinho consegue recuperar a posição.

Eu acredito numa medalha, mas não a de ouro.

JULIANA/LARISSA
2011 foi perfeito para elas. Foram campeãs mundiais, do Circuito Mundial, do Circuito Banco do Brasil e dos Jogos Pan-Americanos. Em 2012, tiveram altos e baixos e não parecem tão unidas como em outros anos. Apesar disso, acredito que sejam as favoritas ao ouro.

Chegaram nas semifinais na maioria das etapas do Circuito Mundial e trouxeram a confiança de volta quando venceram a etapa da Alemanha do Circuito Mundial, há 10 dias. Na final, bateram a dupla mais regular da temporada, Xue e Zhang. Foi a segunda vitória sobre as chinesas no ano.

RICARDO/PEDRO CUNHA
Uma dupla formada há menos de um ano que já conseguiu alguns bons resultados e que considero que vai ser semifinalista da Olimpíada.

Ricardo, que tem três medalhas olímpicas, terminou a parceria com Emanuel no fim de 2009. Desde então, demorou a achar um parceiro fixo e teve, com Pedro Cunha, ótimas partidas.
Na etapa da Áustria, caíram nas quartas-de-finais após perderem por 15 a 12 no tie breake para Gibs e Rosenthal. Na etapa da Suíça, caíram na mesma fase, perdendo por 15 a 10 no tie brake para Rogers e Dalhausser.

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2 comentários:

  1. vcs tem que colocar a mensagem completa do jogo olimpico pois tem gente que pressisa fazer trabalho

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  2. oi como vaiestou tocendo pelo time que tá
    jogando nas olípiadas 1012
    o que precisa fazer 12 gols pelo brasil esse time nunca perde tá na record tá no brasil

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