terça-feira, 10 de abril de 2012
Dúvida britânica
A Grã Bretanha vive um dilema na prova de velocidade individual do ciclismo pista para Londres.
O principal nome do time. Talvez não só do time como de toda delegação britânica nos Jogos é Chris Hoy. O Sir foi o grande nome do país na Olimpíada de Pequim, quando levou três medalhas de ouro. Na verdade, ele foi o maior medalhista de toda Olimpíada, se tirarmos o Michael Phelps.
Em Londres, Hoy quer repetir o feito, com três ouros. No último mundial, que terminou na última semana, Hoy garantiu o ouro no Keirin. Na prova por equipes, seu time, um dos favoritos ao ouro, foi desclassificado por uma queimada de largada. Mas, nessas duas provas seu nome está garantido em Londres.
O problema é na sua prova principal, a velocidade individual. No mundial, ele foi bronze mas viu seu compatriota e companheiro de equipe, Jason Kenny ficar com a prata.
Kenny e Hoy fizeram a final da prova de velocidade individual na última Olimpíada, em Pequim. Hoy venceu. Mas, para Londres, a União Ciclística Internacional estipulou apenas um atleta por país na prova.
Muitos sites britânicos estão noticiando a dúvida que paira na cabeça dos técnicos da seleção britânica. Ninguém ainda confirmou nada.
É como se, no Brasil, Cielo ficasse com o bronze no mundial nos 50m livre e Bruno Fratus fosse prata e o Brasil só tivesse uma vaga na prova. Quem a Confederação levaria?
É muito provável que a Confederação opte por Hoy. O astro britânico pode não ter ido tão bem no mundial, mas é um astro. É um ídolo. É um Sir. E há meses está dizendo que seu foco não é o mundial.
A Federação Britânica de vela fez algo parecido. Ben Ainsile, bicampeão olímpico da classe finn, foi mal no último mundial, ficou em 11º depois de ser desclassificado de uma regata por ter brigado com um jornalista. O campeão mundial foi outro inglês, Gilles Scott.
E a vaga, claro, ficou com Ben Ainsile.
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