sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Badminton

O badminton brasileiro tinha tudo para viver um momento histórico. Ganhou medalha nos dois últimos Pans, está com um atleta brigando para ir a Londres, tem atletas jovens com bastante potencial, sedia um evento que vale pontos para o ranking mundial, tem atletas viajando pelo mundo com tudo pago...

Porém, não é isso que acontece. Com um interventor na confederação há mais de um ano, a política do esporte atrapalha muito os atletas.

A última "das novas" é que muitos brasileiros estão na lista de barrados da Federação Internacional de Badminton.A lista dos barrados conta com os atletas que se inscreveram em competições e depois cancelaram a participação. Quando isso acontece, as federações são multadas e como essas multas não foram pagas, os atletas da lista estão impedidos de disputar os eventos que valem pontos para classificação olímpica.

A lista dos atletas barrados pode ser vista nesse link: http://www.bwfbadminton.org/page.aspx?id=14869

Daniel Paiola, melhor brasileiro no ranking mundial, não está mais nessa lista, por isso pode jogar o torneio de Uganda e estreia hoje na competição. Porém, os outros brasileiros estão na lista e não podem jogar até essas taxas serem pagas.

Não sei quem está certo ou errado nessa confusão da Confederação de badminton. O que eu sei é que em toda essa disputa política, quem perde, como sempre, são os atletas

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2 comentários:

  1. Guilherme, a situação infelizmente é muito grave. Além do que você colocou, o atual interventor não dá sinais de querer sair e muda o que foi decidido pelas federações na Assembléia.
    Para os jovens jogadores, o torneio mais importante é o Pan Americano Jr. Muitos treinam o ano inteiro para se classificar na Seletiva. Tem sido assim há muitos anos. O sistema de seletiva com dupla eliminação ainda é o mais viável para os jogadores, porém, no começo do ano, a CBBd o mudou e determinou que os jogadores, do Sub 11 ao Sub 19 seriam escolhidos pelo RK 52. Pode-se eventualmente alegar que esse seja o sistema mais justo, por dar várias chances de se conseguir a vaga; porém, para a realidade brasileira, isso não se aplica. Pelos cálculos que fiz, para jogar as 5 etapas que estavam programadas, o custo por jogador chegaria próximo a R$ 10000,00. Valor esse apenas para se conseguir a vaga, porque depois os pais tem que bancar a viagem, a estadia e a alimentação dos filhos no Pan, que será no Canadá. Esses valores são inviáveis para a maioria dos atletas. Se considerarmos os de projetos sociais, que vem trazendo várias medalhas nos últimos anos, esse sistema praticamente os tira da disputa. Contudo, ressalto que mesmo a maioria dos jogadores de clubes, como por exemplo os que eu treino, usar o RK 52 também os tira da disputa, porque poucas famílias podem suportar um valor tão alto para o filho jogar badminton.
    Além disso, usar o RK 52 torna praticamente impossível que os jogadores que subiram em 2012 de categoria briguem por uma vaga, porque entram com zero pontos no ranking e teriam que nos 3 torneios que ocorreriam até sair a definição das vagas, brigar com aqueles que já tinham os pontos do ano passado.
    Após muitos protestos, a CBBd emitiu uma nota cancelando dois dos 5 torneios de jovens programados para 2012. Na mal escrita nota (http://www.badminton.org.br/r02/index.php?option=com_content&view=article&id=1598:comunicado-cbbd-calendario-nacional-de-competicoes-jovens-2012&catid=48:noticias&Itemid=66) o interventor argumenta que as medidas tomadas visam diminuir os custos.
    Diminuem é verdade, mas ainda fica muito caro e complica ainda mais aqueles que subiram de categoria em 2012, porque agora terão somente dois torneios para buscar os que estão no 2º ano. A emenda saiu pior do que o soneto.
    Por fim, mais grave do que todos os absurdos que coloquei acima, o mais grave é que o interventor e sua equipe rasgaram o que foi decidido pela Assembléia. Na ata, também pessimamente redigida e com erro inclusive na data, (http://www.badminton.org.br/r02/pdfs/ata17dez2111.pdf) está colocado que haverá Seletiva, os presidentes deixaram a AGO inclusive com uma data em abril, sem local definido.
    O interventor demora a responder os que lhe perguntam e se recusa a arrumar o que foi arbitrariamente mudado. O que se diz é que ele não quer largar o belo salário que está recebendo pela função, mas não tenho dados para garantir o quanto ele recebe.

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  2. não sou da área, mas qq coisa relativa a esporte me mobiliza.....
    se há um interventor, alguém colocou-o lá....
    que tal ir a quem o colocou??? a premissa é que essa pessoa (ou órgão) não deve ser mal-intencionado.......

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