terça-feira, 12 de junho de 2012

Passaporte Carimbado- Mariana Silva

"Penso em chegar em Londres e fazer meu melhor, não tenho um resultado fixo na cabeça. Eu sei que seu fizer meu melhor, posso chegar no meu sonho, que é a medalha".

Mariana Silva é a única das brasileiras do judô que não está entre as cabeças-de-chave da Olimpíada, mas para isso ela pouco liga. " Na Olimpíada não existe número um, não existe campeã mundial. Ganha quem chegar no dia e for melhor"

A judoca tem como principal resultado a medalha de bronze no mundial sub-20 de 2009, conquistada na época que morava no Japão. Na "casa" do judô, ela viveu cinco anos para estudar e treinar a modalidade. Apesar da convivência com as nipônicas, ainda tem muita dificuldade de lutar contra elas. " Lá o judô é que nem o futebol aqui, as pessoas nascem para aquilo. É impressionante como elas são perfeitas no ataque, na defesa, na imobilização".

Uma curiosidade é que, segundo a judoca, as principais atletas de sua categoria, até 63kg, são canhotas, o que a dificulta bastante: "Meu defeito é quando as canhotas fazem a pegada nas minhas costas, aí eu sofro o contra-golpe. Infelizmente eu sou destra, queria ser canhota.

Nascida em Peruíbe, litoral sul de São Paulo, conseguiu a classificação olímpica com a 14ª posição no ranking mundial, a última entre aquelas que garantiram vaga pelo ranking." O importante mesmo era conseguir a classificação e isso eu consegui. Agora estou me preparando física e psicologicamente para a Olimpíada".

No mundial do ano passado, Mariana perdeu para uma austríaca na primeira rodada, sofreu ippon. Em 2010, venceu uma luta mais caiu na segunda rodada no golden score. Seu principal resultado na categoria adulta foi o bronze no Grand Slam do Rio em 2010. Conquistou medalhas nas Copas do Mundo de Minsk e São Paulo em 2011, além do bronze no Pan de judô desse ano.

Mariana é uma judoca boa e, como o judô é um esporte que acontecem muitas surpresas, pode sim chegar perto da medalha. É claro que ela não é favorita e deve enfrentar logo nas primeiras rodadas algumas judocas top, mas tudo pode acontecer. Enfrentou uma vez a campeã mundial Gevrise Emane, nas oitavas-de-final do Grand Slam de Paris e saiu derrotada. Contra a japonesa Ueno, foram duas lutas e duas derrotas. Contra a eslovena Zolnir, bronze no mundial do ano passado, tem uma vitória e uma derrota.

Ou seja, é difícil, mas dá para assustar e brigar lá em cima

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2 comentários:

  1. Gosto muito da Mariana muito simpatica ela ...
    Mesmo que muito dificil torco pra que ela ganhe uma medalha.

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  2. Prezados, boa noite...

    Já tive a oportunidade de treinar na mesma academia que a Mariana, em Peruíbe e eu posso dizer que ela é uma guerreira e muito dedicada naquilo que faz....Espero que consiga nos presentear com uma medalha olímpica, assim como tantas outras conquistadas e importantes para o Brasil. Força Mari, vamos torcer por vc..já é uma votoriosa..

    Mil bjs..

    Alan..**

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