segunda-feira, 18 de junho de 2012

Mais uma vaga no boxe

Liguei hoje de manhã para o técnico Claudio Aires, do boxe feminino para conversar sobre futuras pautas para a TV Record. E ele me deu uma ótima notícia. Minutos antes de eu ligar, ele tinha recebido um e-mail dizendo que o Brasil ganhara mais uma vaga no boxe feminino, com Erica Matos na categoria até 51kg. Na hora, já coloquei a notícia no twitter.

Dessa forma, o Brasil vai com equipe completa na estreia do boxe feminino. Três atletas em três categorias. Além de Erica, Adriana e Roseli também estão classificadas.

Erica venceu duas lutas no mundial disputado mês passado e ficou na nona posição, porém ficou sem a vaga olímpica, que era dada as quatro semifinalistas e as melhores colocadas de cada um dos continentes. Porém, sobravam quatro vagas, que foram distribuídas pelos continentes e Erica ficou com a vaga.

Aí vem a dúvida. Isso seria um convite? O COB não aceita que um atleta vá a Olimpíada como convidado e isso já deu muita confusão no tiro em 2000, em que os brasileiros acabaram não disputando os Jogos.

Esse critério do boxe feminino para Londres é simplesmente bizarro. Uma competição só rendeu todas as vagas em todas as categorias. Atletas que não ganharam uma luta sequer no mundial, como a brasileira Roseli Feitosa, se garantiram na Olimpíada por causa do péssimo critério de vagas.

O boxe feminino, na minha opinião, começou errado na Olimpíada. Tanto pelo critério para distribuir as vagas, poderia ter ao menos uma competição continental ou um segundo pré olímpico, como pelo número de participantes. Apenas 12 atletas por categoria é um absurdo pois com apenas uma vitória, algumas atletas já vão ter o bronze garantido, já que o esporte dá dois bronzes.

Sou a favor da inclusão do boxe feminino na Olimpíada, a modalidade está crescendo e tem bastante praticantes. Mas, esses regulamentos olímpicos estão péssimos...

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Um comentário:

  1. Guilherme,

    Concordo com vc. Eles querem limitar tanto a participação de atletas e acabam criando uma competição de nível mais fraco do que o campeonato mundial. O caso da Esgrima é vergonhoso nas disputas por equipes e também o critério pro continentes também precisaria ser revisto. Há países sem tradição em algumas modalidades com mais participantes nos Jogos do que países tradicionais. Desse jeito os Jogos Olímpicos perderão o parâmetro para determinar que países são potências esportivas. O caso do Levantamento de Peso e do Taekwondo também são bizarros. Limitar a participação de um país a um número menor do que o número de provas disponíveis é um absurdo.

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