quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Retrospectiva taekwondo

O taekwondo teve outro ano em que dependeu os velhos conhecidos. Diogo Silva foi o atleta do ano, conseguiu classificação olímpico pelo pré olímpico mundial. Natalia Falavigna levou a vaga pelo pré olímpico das Américas e Marcio Wenceslau conquistou a única medalha no decepcionante Pan de Guadalajara.

DIOGO SILVA
Diogo não conseguiu medalha no mundial, lutou muito mal no Pan mas no torneio do ano que mais se assemelhou com uma Olimpíada, o Pré Olímpico Mundial, o atleta brasileiro conquistou a vaga olímpica com a medalha de bronze.
Diogo Silva teve de vencer cinco combates para conseguir a classificação. Passou por um atleta da República do Congo, por W.O, depois venceu um búlgaro, um croata e um guatemalteco, chegando até a semifinal. Na semi, perdeu para o turco que se tornaria campeão, e depois venceu o mexicano Erick Nures.

NATALIA FALAVIGNA
Um ciclo olímpico bem complicado para ela. Depois do bronze no mundial de 2009, muitas contusões, cirurgias. Em 2011, abriu mao do Mundial e do Pré Olímpico Mundial, chegou ao Pan baleada, terminando fora do pódio. Mas, na competição mais importante do ano, o pré olímpico das Américas,Natalia Falavigna garantiu a vaga depois da difícil vitória contra a cubana. Vale lembrar que, na final, ela não venceu a campeã olímpica Maria Espinoza. Como o título do pré olímpico não vale nada, já que os três primeiros vão a Londres, Espinoza abriu mão de lutar, o que deu o título a brasileira. Mas o combate não aconteceu.

MARCIO WENCESLAU
Marcio conseguiu a última medalha do Brasil no Pan, ao levar o bronze no na categoria até 58kg. Ele venceu um atleta do Uruguai nas quartas e depois perdeu para o mexicano vice campeão mundial, Damian Villa. O mesmo mexicano que o tirou de Londres durante o pré olímpico das Américas, realizado um mês depois.
Cabeça de chave um da competição, saiu de bye e só entrou nas quartas. Venceu um atleta de El Salvador de virada, depois de estar pendendo por 8 a 6 no terceiro round. Na semi, enfrentou um atleta da Colombia que, na teoria, era fácil de bater. Errado, perdeu e foi disputar o bronze e última vaga para a Olimpíada. Do outro lado da chave, o atleta da Costa Rica venceu o vice campeão mundial Damian Villa, o que deixou o confronto ainda mais complicado para o brasileiro.Numa repetição da semifinal do Pan, Marcio lutou com o mexicano. No último round estava na frente por dois pontos. Faltavam menos de 10s para o fim da luta quando Damian acertou um chute na cara do brasileiro que valeu três pontos e a vaga na Olimpíada. Sinceramente, não vi a luta não posso dizer, mas muitos reclamaram que o golpe não entrou.

PARTICIPAÇÃO NO MUNDIAL
O Brasil terminou sem medalhas, mas fez uma participação digna. Michael Soares, até 54kg, e Fernanda Matos, até 67kg, conquistaram a quinta posição, a apenas uma vitória da medalha. Outros três atletas- Diogo Silva, Marcio Wenceslau e Henrique Moura- ficaram em nono, eliminados nas oitavas de final.
Fiz um levantamento do número de vítórias de cada país. O país que mais venceu foi a Coreia, com 52 combates, seguido por China e Turquia, com 39 vitórias cada. Em quarto Irã com 36 e, em quinto, Rússia e Espanha com 30.O Brasil venceu 18 combates e foi o 14º país que mais venceu.

MUNDIAL x PRÉ OLÍMPICO
No Mundial, existem oito categorias masculinas e cada país pode levar atleta em todas as categorias enquanto no pré-olímpico, as competições acontecem nos moldes olímpicos, são divididos em quatro pesos e cada país só pode levar dois homens e duas mulheres ao todo. Ou seja, a maior equipe que vai ao Jogos Olímpicos terá quatro atletas.
Alguns atletas optaram por dar valor as duas competições, outros fizeram os treinos específicos para o pré olímpico, disputado em julho, esquecendo um pouco o Mundial, em maio.

FALTA RENOVAÇÃO
Falta renovação no taekwondo brasileiro. Natalia e Diogo estão há uma década na elite. Marcio Wenceslau também. Kátia apareceu há pouco, mas não é tão nova. Nenhum novo nome surge.As seletivas seguem mal organizadas e até, na minha opinião, injustas.
Não duvido que na Olimpíada Diogo Silva ganhe uma medalha. Também não duvido que Natalia se classifique, se recupere da lesão e suba ao pódio. Mas que o taekwondo brasileiro vive uma péssima fase, vive.

O QUE ESPERAR DE LONDRES
O Brasil pode sim conquistar duas medalhas em Londres. Natalia e Diogo são atletas experientes, muito bons e há quase uma década entre os melhores do mundo. A modalidade reune apenas 16 atletas por categoria, o que faz com que em duas vitórias, o atleta já chegue na semifinal.
Diogo e Natalia estão entre os fortes candidatos ao pódio.

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