quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Retrospectiva remo


O remo brasileiro teve outro péssimo ano. Fabiana Beltrame foi campeã mundial, resultado histórico e excelente obtido numa prova que não é olímpica. Além de Fabiana, pouco brilho. No Pan, participação horrível. No Mundial, só Fabiana participou. Foco agora é na Regata Latino-Americana pré olímpica, em busca das mesmas seis vagas conquistadas para Pequim.

FABIANA CAMPEÃ MUNDIAL
Fabiana foi campeã mundial e isso ninguém tira dela. Foi um título inesquecível, que colocou a modalidade na mídia, que trouxe muita festa para o esporte nacional. Venceu o skiff simples peso leve com perfeição, numa prova histórica. Mas, é bom que se lembre que essa não é uma prova olímpica.

SÓ FABIANA NO MUNDIAL
A competição mais importante do ano era o Campeonato Mundial, em Bled. Reunia todos os melhores atletas do mundo, em provas olímpicas e não olímpicas. E o Brasil só levou uma atleta, Fabiana Beltrame, para remar numa prova que não é olímpica.
Segundo o pessoal do SPORTV, que transmitiu o mundial, a Confederação levou para Bled o marido e a filha da Fabiana. Com todo respeito ao grande atleta que Gibran foi, mas acredito que a Confederação devia é se importar mais em levar outros atletas do que levar os familiares da Fabiana.
Por mais que nossos atletas estejam num nível menor, seria importante levá-los. Não precisava levar um skiff quádruplo ou um oito com. Longe disso. Mas ao menos os atletas do skiff individual e do skiff duplo e dois sem deveriam estar lá.

COPAS DO MUNDO
Foram três as etapas da Copa do Mundo de remo e Fabiana Beltrame disputou as três, inclusive com o título em Hamburgo. Exatamente na Alemanha foi onde a Confederação também mandou outros atletas competir, ao contrário das outras duas etapas. Em Hamburgo, No skiff masculino, Anderson Nocetti ficou na 10ª posição, no dois sem Leandro Tozzo e Allan Bittencourt ficaram em 8º.

PAN TRISTE
Duas medalhas de prata, só uma delas em provas olímpicas, numa das piores participações da história da modalidade. Fabiana Beltrame acabou não confirmando o favoritismo e ficou com a prata, atrás da forte americana. A outra medalha do Brasil veio no Dois Sem masculino, com o cubano Alexis Mestre e João Hildebrando.
De resto, um acúmulo de posições que fecham o pelotão. Skiff simples, double skiff, skiff quádruplo, quatro sem, oito com...Todas as embarcações brasileiras longe do pódio. Uma pena.

RIO DOMINA CAMPEONATO BRASILEIRO
Os clubes cariocas mostraram que estão mesmo em casa na Lagoa Rodrigo de Freitas. Flamengo, Vasco e Botafogo só não estiveram no lugar mais alto do pódio em uma prova (Dois Sem Masculino, vencida pelo Grêmio Náutico União/RS). Os remadores rubro-negros ganharam seis provas, mais três em categorias onde competiram em barcos mistos (em parceria com atletas do Botafogo, Pinheiros/SP e União), o que é permitido pelo regulamento O Vasco comemorou sete vitórias (sem nenhum barco misto) e o Botafogo ganhou quatro provas, mais duas mistas (com Flamengo e Paulistano/SP).

RUMO A LONDRES
Já que a prova de skiff simples peso leve não é olímpica, Fabiana tentará vaga em sua terceira Olimpíada no skiff duplo peso leve, prova que faz parte do programa. Luana Bartholo e Camila de Carvalho, junto com Fabiana, ainda brigam para ver quem serão as duas que representarão o Brasil na Regata Latino-Americana, que dá vaga em Londres. No masculino, o double peso leve será formado por dois desses três atletas: Thiago Almeida, Diego Nazareno e Emanuel Dantas.
No skiff simples, Kyssia tenta a vaga no feminino e Anderson Nocetti no masculino.
Para Pequim, as quatro embarcações conseguiram a vaga. Para Londres, creio que Anderson Nocetti consiga uma das seis vagas dadas no pré olímpico sem maiores problemas. Kyssia tenta uma das cinco vagas no feminino, aparece como aquela que irá brigar pelas últimas duas vagas, já que as três primeiras parecem encaminhadas.
No double skiff peso leve, com a campeã mundial Fabiana Beltrame, as chances aumentam. O double masculino também tem chances. Em ambos os casos, são três vagas em jogo.
Para as outras embarcações, haverá um pré olímpico mundial em junho, mas acredito que o Brasil sequer tente a classificação, já que as chances são remotíssimas.

BASE
Em Londres, aconteceu o Mundial Junior da modalidade. O melhor resultado brasileiro foi de Gabriela Salles e Beatriz Cardoso, no double skiff, que ficou a 2s da final, terminando na 4ª posição na semifinal. O double-skiff masculino de Victor Bastos e Marciel Souza venceu a final D, superando a Africa do Sul por 35 centésimos de segundo. O dois sem de Francisco Mendes e Victor Mufatto classificou-se em 4º lugar na final C, e Martin Degen, no skiff, em 6º lugar na final D.

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