Remo

Ficou definida a equipe de remo que vai aos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em busca do primeiro ouro desde 1987. Em busca de repetir os seis pódios de Santo Domingo. Em busca de melhorar, e muito, o desempenho no Pan do Rio, quando o Brasil levou uma prata e dois bronzes. E, claro, em busca da primeira medalha feminina do Brasil.

Fabiana Beltrame é a grande favorita ao ouro na prova do skiff simples peso leve. Quarta colocada no mundial do ano passado e Campeã de uma etapa da Copa do Mundo desse ano, ela tem tudo para não só conquistar a primeira medalha feminina da história como encerrar 24 anos de jejum no lugar mais alto do pódio. Ela, que saiu decepcionada do Pan do Rio sem medalha, abriu mão de disputar o skiff sem limite de peso, em que o Brasil será representado por Kissya Costa.

No masculino, o jovem Ailson Silva tem sido o grande nome do Brasil nos últimos anos. Conquistou uma prata e um bronze na prova do Skiff Simples peso leve nos mundiais sub-23 de 2009 e 2010 e foi campeão dos Jogos Sul-Americanos de Medellin. Porém, a prova de skiff simples peso leve, ao contrário do que acontece no feminino, não faz parte do programa do Pan.
Com isso, Ailson vai disputar o Quatro Sem e o Quatro Sem peso leve, ambos candidatos mas não favoritos ao pódio.

Anderson Nocetti, presente nas últimas três Olimpíadas, está na disputa. Ele será o representante brasileiro no single skiff. Além disso, estará no quatro sem.
Thiago Gomes e Ronaldo Vargas vão no skiff peso leve duplo, depois de vencerem as concorridas seletivas na semana passada. Essa dupla está bem e acho que tem tudo para medalhar em Guadalajara.

Outro destaque da delegação é o cubano Alexis Mestre. Dono de quatro medalhas de ouro quando defendia Cuba, entre 87 e 95, estará em seu segundo Pan defendendo o Brasil e estará no Dois sem, ao lado do experiente João Hildebrando.

O barco do oito com é sempre candidato a medalha. Em 99, não subiu ao pódio por uma fatalidade, em que o remo de um dos atletas brasileiros ficou travado na água. Em 2007, foi prata. É a competição mais tradicional do esporte.

Os double-skiff do Brasil peso leve feminino está bom, pode brigar pela medalha. Camila de Carvalho e Luciana Granato, que disputaram juntas a Olimpíada de Pequim, são as representantes. O double-skiff está um pouco pior, com Biana Miarca e Carolina Araujo.

O remo dará, em Guadalajara, 14 medalhas de ouro, oito no masculino e seis no feminino. Acredito que teremos um ouro, com Fabiana, e umas três ou quatro medalhas nos barcos restantes. Chegar aos seis pódios de 2003 será complicado.

O remo é um esporte que pouco evoluiu nos últimos anos. Os atletas são praticamente os mesmos não só do Pan do Rio como os mesmos de Santo Domingo. Não há uma renovação, não parece haver uma evolução. Os resultados em Campeonatos Mundiais são sempre os mesmos.
Ailson,que é um brilhante remador, foi cinco vezes campeão brasileiro ano passado, mas sequer foi inscrito no mundial de 2010.
O maior destaque é Fabiana Beltrame, que tem tudo para levar o ouro. Mas, é sempre bom lembrar que a prova não é olímpica.Não se tira o mérito, mas tem que quer falado.

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