sexta-feira, 26 de agosto de 2011
Coluna- Tênis de mesa
Quando se trata desta modalidade esportiva, a influencia japonesa e notória se observarmos a atual seleção brasileira, que este ano provavelmente ira representar o Brasil nos Jogos Panamericanos em Guadalajara-Mexico 2011: Ligia Silva, Jessica Yamada, Caroline Kumahara, Hugo Hoyama, Gustavo Tsuboi e Cazuo Matsumoto, ou seja 83,33% dos atletas são descendentes da colonia japonesa.
Possibilidade de mudanca, somente no caso da recuperacao de Thiago Monteiro (lesao) e a naturalizacao da chinesa Gui Lin.
O motivo deste domínio dos orientais, se deve ao árduo trabalho do Sr. Haruo Mitida (in memorian), que na década de 40 a 60, realizou um trabalho fantástico de visitar todas as cidades do eixo São Paulo – Parana, ensinando nos famosos “kaikans” o tênis de mesa, que era um esporte ainda desconhecido para os brasileiros.
Para comprovar a importância do Mitida-san neste segmento, basta observar o modo de segurar uma raquete no Brasil, onde a grande maioria são caneteiros, sendo que 93% dos atletas no mundo são clássicos (ver foto elucidativa dos estilos).
Em meados de 1890, soldados ingleses na INDIA, inventaram o mini-tenis, praticado sob as arvores (sombra), numa mini quadra de concreto similar a uma mesa, já que o tradicional tênis de campo, era inviável num calor de 40 graus.
Por isso a grande maioria empunham a raquete como a de tênis, numa forma de aperto de mao (estilo clássico), diferentemente dos japoneses que surpreenderam o mundo com a nova forma de segurar (caneteiro) em 1952, quando participaram pela primeira vez de um campeonato mundial, conquistando 4 medalhas de ouro das 7 em disputa.
No cenário mundial, somente os asiáticos da: China, Coreias e Japao, mais o Brasil, tinham este estilo como predominante, mas com a evolução técnica e tecnológica do esporte, também esta se tornando uma raridade em todos os países citados.
Grandes nomes que fizeram historia no mesa-tenismo brasileiro e mundial são caneteiros:
Dagoberto Midosi, Ivan Severo, Yoshifumi Hirazaki, Ubiraci Rodrigues da Costa (Biriba), Alberto Kurdoglian (Betinho), Eduardo Barone, Luis Mauro Almeida, Manoel Medina, Ricardo Inokuchi (depois clássico), Nelson Ogassawara,Sergio Furuyama, Joel Kawashita, Otavio Ogassawara, Celso Nakashima, Claudio Kano, Carlos Kawai, Silnei Yuta, Fumihiro Takahashi, Lincon Yasuda, Hugo Hanashiro, Jeff Yamada, Aristides Nascimento, Acacio Cunha, Emiko Takadatsu, Sueli Yamada, Celia Akamatsu, Valesca Maranhao, Eugenia Taira, Monica Doti, e ainda atuando somente restaram Cazuo Matsumoto, Hugo Hoyama e Jeff Yamada na seleção.
Dos nikkeis que destacaram segurando da forma clássico, não podemos deixar de ressaltar:
Lyanne Kosaka, Akiko Iizuka, Kelly Nagaoka, Mariany Nonaka, Carina Murashigue, Jessica Yamada, Claudia Ikeizumi, MIyo Fujii, Marta Masuda, Caroline Kumahara, Karin Sako, Eric Jouti, Fabio Okano, Hideo Yamamoto, Gustavo Tsuboi, todos participantes do Mundial Adulto pela seleção.
Atualmente a modalidade cresceu em todos os cantos do pais, mas a influencia Nikkei e impressionante:
1) A base das seleções brasileiras em todas as categorias, continuam com os yon-seis (4ª geração de descendentes).
2) O maior evento do mesa-tenismo latino americano e o Campeonato Brasileiro Intercolonial (63ª edição).
3) O melhor clube e recordista em títulos (20 anos) na historia da Federacao Paulista e o Itaim Keiko (Sr. Kyozo Abe e Sra Minako Takahashi).
4) Os atletas numero um do pais na atualidade são Gustavo Tsuboi e Jessica Yamada.
5) O Coordenador técnico de todas as seleções brasileiras e o Sr. Lincon Yasuda.
8) A única comunidade que tem seus tradicionais “ Panamerican Games° e a japonesa, desde 1968, com excecao das Macabiadas.
Portanto podem certificar que este esporte Olimpico (desde Seul - 1988), tem forte raízes da imigração japonesa ate hoje.
Engo Marcos Yamada
Consultor Especialista em Tenis de Mesa, há 40 anos na modalidade, Diretor Tecnico da Comissao Organizadora Intercolonial.
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