A partir do próximo dia 23 de agosto, vamos ter o Mundial de judô, em Paris. A competição reune os melhores judocas do mundo com limite máximo de dois por país em cada categoria, algo que não acontece na Olimpíada, já que apenas um atleta por nação pode ser representado.
A estrategia da Confederação foi de levar dois atletas em apenas cinco das 14 categorias. Exatamente nas cinco que ainda há uma briga para ver quem será o representante brasileiro em Londres.
Na categoria até 81kg, não há exatamente uma briga, já que Leandro Guilheiro vem na segunda posição no ranking mundial e Flavio Canto bem atrás. Porém, Flavio, apesar de não viver uma grande fase, foi quinto no último mundial, quando fez a semifinal com o próprio Leandro.
Na categoria até 100kg, uma briga que parecia já ter acabado está reativada. Luciano Correa, que ficou quatro meses machucado esse ano, perdeu pontos no ranking e agora vê Leonardo Leite em sua cola. Luciano segue como favorito a vaga, mas vai precisar mostrar serviço, já que Leo conseguiu bons resultados nas últimas Copas do Mundo.
As categoria até 90kg e acima de 100kg tudo indefinido. Hugo Pessanha e Tiago Camilo praticamente empatados. Hugo passou um tempo machucado esse ano e Tiago se contundiu nas quartas-de-final do ano passado, quando tinha tudo para seguir a diante. A briga é boa, Hugo tem chances, mas acredito que a vaga ficará com Tiago. O mundial é essencial nessa briga, já que vale 500 pontos.
Na categoria pesado, Daniel Hernandes e Rafael Silva brigam ponto a ponto para ver quem vai a Londres. Os dois estarão no mundial, e por isso João Gabriel, campeão do Grand Slam do Rio, nãõ está. Daniel e Rafael estão bem e aposto na possibilidade de os dois ficarem entre os oito primeiros.
Para as mulheres, apenas uma categoria vai com duas atletas, até 57kg. Apesar de Rafaela Silva estar bem a frente, Ketleyn teve uma boa temporada, subiu um pouco no ranking e terá um último suspiro na tentativa da vaga olímpica.
Nas outras seis categorias, as titulares do Brasil estão bem a frente das demais brasileiras no ranking, por isso apenas uma por categoria. Acredito que a Confederação poderia ter levado Taciana Lima, até 48kg, que vem numa temporada muito boa, com 6 medalhas no Circuito. Ela não teria chances de chegar a frente de Sarah no ranking mundial, mas seria um prêmio disputar o Mundial.
O Brasil teve um bom ano no Circuito e chegará ao mundial com quatro favoritos ao pódio, na minha opinião, outros quatro candidatos e mais quatro que podem surpreender. Claro que o Brasil não vai ganhar 12 medalhas no mundial, mas acho que 12 judocas vão com chances reais de pódio.
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Fora Taciana Lima, dois outros judocas tiveram algumas boas participações em copas do mundo esse ano, são eles: Breno Alves (60kg) e Luiz Revite (66Kg).
ResponderExcluirComo Felipe Kitadai andou machucado recentemente, e Leandro Cunha vem tendo dificuldade com alguns adversários, acho que a CBJ deveria incluir esses 2 atletas.