O Brasil foi campeão geral dos Jogos Militares, no Rio de Janeiro. Terminou a competição com 45 medalhas de ouro, contra 37 da China. No total, foram 114 contra 99.
Ganhar um evento é sempre importante, claro. Mas em termos olímpicos, não foi tão importante, já que é um evento que reuniu menos de 20 atletas que já subiram ao pódio numa Olimpíada. O time militar propriamente falando está de parabéns. Conseguiram o objetivo, lideraram o quadro e tem muito o que comemorar. Mas, repito, não viramos uma potência esportiva, apenas o exército e a Marinha brasileira investiram em atletas de carreira olímpica para o sucesso nos Jogos Militares do Rio.
E, ao contrário de muitos, não condeno isso. Para os atletas foi muito importante, não só pelo título Mundial Militar, mas pela ajuda de custo que tiveram para servir as Forças Armadas. Para os atletas, alguns com muito apoio, outros sempre precisando de alguma coisa, o investimento foi muito importante. Os atletas ganharam com isso e é isso que importa.
Outro ponto positivo foi a sardinha puxada para o lado do esporte olímpico, tanto na mídia como para o público. Sete emissoras mostrando ao vivo a competição, alguns canais mais outros menos, mas sempre com matérias, sempre na divulgação do esporte. Já para o público também foi importante. Vimos ginásios e arenas com bastante gente, vimos vibração de um público que está começando a se acostumar com o esporte. Claro, não lotou o Engenhão, mas colocou um número interessante de pessoas para acompanhar o as vezes esquecido esporte olímpico.
No atletismo, o Brasil levou nove medalhas de ouro. Como já repeti algumas vezes, as medalhas são importantes, mas na preparação para o Mundial, para o Pan e principalmente para Londres, o que valeu foram as marcas. Ana Claudia fez 11s28 nas eliminatórias dos 100m, 23s01 na final dos 200m e ajudou o time a vencer o revezamento com 43s73. Nos 200m, foi o melhor tempo de sua vida. Quem também fez um bom tempo foi Geisa Coutinho, com 51s08 nos 400m.
Na natação, com uma equipe quase inteira reserva se formos pensar no time olímpico do Brasil, apenas Rodrigo Castro e Michelle Lenhardt disputaram os Jogos no Rio e foram ao Mundial da China, foram muitas medalhas, 10 de ouro, cinco delas de Gabriel Mangabeira. Manga fez um bom 52s94 nos 100m borboleta, enquanto Fabiola voltou bem com 1m01s00.
No judô, o Brasil ganhou ouro por equipes masculino e feminino, mas decepcionou de uma certa forma. Decepcionou porque o Brasil foi representado praticamente pela equipe olímpica titular e no fim terminou com "apenas" três ouros no individual,com Maria Portela,Luciano Correa e Leandro Guiheiro.
Felipe Kitadai, Hugo Pessanha, Thiago Camilo e Mayra Aguiar estavam inscritos mas não participaram, todos com contusão. Espero que nenhuma seja séria e os tire do Mundial,que acontece em agosto.
No taekwondo, algumas equipes, como a China e o Irã e até mesmo a Coreia do Sul, três potências mundiais na modalidade, trouxeram alguns nomes importantes. E o Brasil beliscou suas medalhas, com ouro de Diogo Silva e de Debora Nunes e Leonardo Santos, que estão de volta após contusão.
O boxe mostrou sua força, levou quatro ouros e saiu como campeão. Mas os olhos dos atletas não saem do objetivo final: "Tô feliz com esse título, mais um incentivo para em Londres, ano que vem, ganhar essa medalha dourada" garante Everton Lopes. Outros ouros foram dos inseparáveis Robson Conceição e Robenilson de Jesus e de Gidelson Olveira, que venceu a final com um ponto nos últimos segundos.
Parabéns ao Brasil!
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O apoio militar será até 2016 e terá direito a renovação.
ResponderExcluirPorém é provavél que renovem a equipe, para sempre formarem atletas novos.
Não sei se a melhor forma de fazer algum tipo de julgamento a respeito do nível dos JMM seria a do número de medalhistas olímpicos em ação...bom, são pelo menos 2 motivos:
ResponderExcluir.Essa competição não tem todos os esportes olímpicos, ou seja, 20 pode até ser muito para a quantidade de modalidades disputadas. Além do que são muitos esportes exclusivamente militares, com atletas que, mesmo sendo TOP do mundo, não disputam olimpíada porque o respectivo esporte não consta no programa olímpico.
.Outra questão é a relatividade dos "medalhistas olímpicos". Ora, será que todos os melhores do mundo atualmente já foram medalhistas alguma vez?? A ultima edição já faz 3 anos e muita coisa já mudou. Acho que uma boa comparação seria verificar a presença de TOPs 10 do mundo em cada modalidade representada nos JMM.
Agora, eu achei a competição um pouco destoante, no sentido de ter algumas modalidades de nível bem forte, e outras mais fracas. Para mim, esse foi o ponto central. Mas no geral eu gostei bastante do evento.
cade o resumo da semana Guilherme ?
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