quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Resumo Jogos da Juventude

Dois ouros, três pratas e um bronze. Em número de medalhas, não podemos considerar um resultado muito bom. Num hipotético quadro, o Brasil ficaria na 21ª posição, melhor que na Olimpíada de Pequim-23º- e pior que em Atenas 2004- foi 16º. Num quadro pelo total de pódios, o Brasil sobe um pouco e fica em 18º, mesma posição que ficou em Pequim 2008.

Fazendo um resumo da ópera, em termos de medalhas, o Brasil ficou na mesma média do que vinha fazendo nas últimas edições dos Jogos Olímpicos "adultos". Só conquistou menos medalhas em Cingapura porque eram menos provas.Excluindo as competições entre continentes e de equipes mistas,foram entregues 194 ouros, pouco menos de dois terços de uma Olimpíada "adulta. Vale lembrar que o Brasil não pôde disputar o futebol e o vôlei em Cingapura pois apenas um esporte coletivo por sexo por país poderia ser representado e o escolhido pelo COB foi o handebol.

O que vimos em Cingapura foi um aumento qualitativo da participação brasileira em termos de finais e boas colocações. Por exemplo, ficamos entre os seis primeiros no remo e na canoagem, competições em que o Brasil não faz uma final olímpica há anos. No trampolim acrobático, conseguimos uma final inédita. Na vela, mesmo com apenas quatro classes em disputa, estivemos brigando pelo pódio.

Para se ter uma ideia, o Brasil ficou 21 vezes entre a quarta e a sexta posição em Cingapura. Ou seja, em 27 provas ficamos entre os seis primeiros, se somarmos as medalhas conquistadas. Se tivéssemos um "quadro" de número de atletas entre os seis primeiros, o Brasil seria 12º, a frente, inclusive, da Grã Bretanha, sede dos próximos Jogos Olímpicos.

ATLETISMO, O PRINCIPAL DESTAQUE
O atletismo foi o principal destaque da delegação. Não só pelo ouro de Caio no salto em distância (Ele levou outro no revezamento medley por continentes,mas não vamos contar esse resultado,mesmo sabendo que no último mundial da categoria, em2009,oBrasil foi prata nessa prova por países) e pela prata de Thiago Braz no salto com vara. E sim pelo número de finais- nove- entre quinze possíveis e pela forma que os brasileiros competiram, fazendo na maioria das vezes suas melhores marcas.

Para vencer o salto em distância, Caio fez 7m69, segundo melhor salto da sua vida. Thiago igualou seu melhor salto da carreira com 5m05 e perdeu a medalha de ouro no detalhe. As quintas colocações de Joseilton Cunha,nos 1000m, Leandro Pitarelli,nos 400m e João Paulo Silva no salto triplo foram alcançadas com melhores marcas da carreira, assim como a sexta posição de July nos 3000m com obstáculos.

Chegaram ainda À final, Jessica Reis, sexta nos 100m rasos, e Natânia nos 400m com barreiras, com marcas próximas das melhores. Nos 200m, Antonio de classificou com o terceiro melhor tempo mas caiu um pouco na final, fechando em oitavo.

9 finais de 15 possíveis. Andressa ficou a poucos centímetros no salto em distância, com a nona posição. Nos 2000m com barreiras, Ioran tinha tudo para chegar a final, mas caiu de cabeça nas eliminatórias. Nos 110m com barreiras,Jean Roberto era favorito ao pódio,mas sentiu uma lesão quando era primeiro de sua bateria, chegou em segundo e ficou com o nono tempo no geral.

Tamara Alexandrino fez duas vezes seu melhor tempo da vida nos 100m com barreira e ficou em décimo na prova. Ela é especialista no heptatlo,prova que não foi disputada em Cingapura, e segue crescendo.

NATAÇÃO, MEDALHA PERTO.OBJETIVO LONGE

Podemos dizer que a natação ficou devendo um pouco. Para ser mais sincero, ficou devendo a medalha. Alessandra Marchioro foi o grande nome do Brasil, quarta nos 50m peito e nos 50m livre, além de ter aberto o revezamento do Brasil em primeiro e o time ficou em quinto,mesma posição que ela ficou nos 100m livre. Porém, quem chegou mais perto da medalha, foi Pedro Domingos que ficou a 0s01 do pódio nos 50m borboleta e ficou em quarto. Julia Gerotto ainda foi quinta nos 200m borboleta.

Os homens da natação ficaram bem abaixo do esperado. Pedro Costa foi o único que passou para final, ficando em quarto nos 50m borboleta e oitavo nos 50m costas. Nos revezamentos,Brasil fora da final, inclusive nos dois mistos. Eles também não fizeram os melhores tempos de suas vidas. Uma geração de muito potencial mas que não passou neste teste.

"ÁGUAS DEMOCRÁTICAS", BONS RESULTADOS
Ainda nas águas, resultados de certa forma até surpreendentes. Tiago Braga colocou o Brasil na final do skiff simples, terminando na quinta posição. Isaquias Queiroz foi ainda melhor, chegou a ser o primeiro colocado na primeira fase, mas caiu nas quartas-de-final diante de um mexicano, numa prova que foi uma das novidades dos Jogos, uma corrida com curva de 420m, em sistema "mata mata". Isaquias chorou muito após a derrota para o mexicano. No slalom, ficou em sexto depois de não passar das quartas-de-final, numa prova que nem de perto é sua especialidade.
Na vela, Claudia Mazzaferro ficou em sexto lugar na classe Byte II.Foi bem irregular, conseguindo várias vezes ficar entre as seis primeiras na regata, mas também várias vezes longe das 15 primeiras.

DAVID CONFIRMA FAVORITISMO NO BOXE E JUDÔ MANTÉM TRADIÇÃO DE MEDALHAS

No boxe, um título espetacular de David Lourenço.Campeão mundial juvenil em abril lutando seis vezes, precisou de apenas metade destes combates para chegar ao título. A final foi contra o mesmo adversário da final do mundial, do Uzbequistão.E o resultado foi novamente em pró do brasileiro, 7 a 3. Muita festa e choro do nosso campeão.
O judô, como sempre, não ficou devendo. Flavia Gomes foi prata na categoria até 63kg.Ela, que originalmente é da categoria até 57kg, perdeu a final para um japonesa, depois de vencer trÊs lutas por ippon. O judô poderia, ainda, ter levado uma segunda medalha. Henrique Silva, vice campeão mundial ano passado na categoria sub17, se machucou e foi substituido de última hora por Matheus, que teve de lutar numa categoria quase 10kg acima da sua. Perdeu na primeira luta.

HANDEBOL LEVA MEDALHA,MAS FICA UM "QUÊ" DECEPÇÃO
No handebol, uma pitada de decepção entre os homens. Não pelas derrotas para Coreia do Sul e para França, já esperadas e sim por que no fim o ouro ficou com Egito, equipe que o Brasil empatou na primeira fase. Porém, na semi, saiu derrotado pela Coreia, depois de levar um jogo igual até os 20 do segundo tempo. Na luta pelo bronze, sem chances diante da França, que tem sua equipe adulta atual campeã europeia,mundial e olímpica.
O feminino fez seu papel. Ficou com o bronze, vencendo o Cazaquistão de goleada.Antes, na semi, conseguiu jogar de igual para igual com a Dinamarca, mas saiu derrotada por cinco gols. Um resultado bom, uma medalha olímpica, mas esperada.

FELIPE WU, A SURPRESA AGRADÁVEL DA DELEGAÇÃO
Do judô,do atletismo,do handebol e do boxe esperávamos medalhas. Agora, do tiro, ninguém sabia que ela poderia chegar, nem mesmo Felipe Wu, que dizia estar um desastre em termos de resultados esse ano. Fez uma prova na pistola de ar 10m boa, ainda abaixo de sua melhor no ano passado, e ficou a apenas 0,3 do ouro. Porém, uma prata surpreendente e para levantar o tiro nacional, no ano em que completa 90 anos da primeira medalha olímpica e no ano em que Julio Almeida e a equipe brasileira conseguiu ouro no Campeonato Mundial.

SEMPRE FICAMOS NO "QUASE"
Como acontece em toda Olimpíada brasileira, tivemos deslizes.Aquelas medalhas que não vieram por erros "bobos". Arthur Mariano, que fazia uma Olimpíada apenas "razoável" sem vaga na final individual geral, entrou na final do salto sem grandes sonhos. Fez um baita primeiro salto, o melhor de toda competição. Porém, no segundo, errou, quase caiu e viu a medalha de bronze escapar por apenas 0,050. Se fizesse um segundo salto "normal", com nota 15,600, seria ouro.

No hipismo, Guilherme Foroni zerou o primeiro percurso mas, infelizmente,cometeu duas faltas no segundo e ficou com a nona posição.Se fizesse apenas uma falta, iria lutar pelo bronze no desempate.
No tênis, Thiago Fernandes era cabeça-de-chave três e tinha no currículo o título do Australian Open Juvenil na Austrália. Porém, na competição caiu nas quartas-de-final diante do russo Victor Baluda em dois sets. Nas duplas, ao lado do argentino Renzo Olivo, também parou nas quartas.
BASQUETE FEMININO,SEMPRE COM O MESMO ALGOZ
O Basquete feminino caiu, como de costume, diante da Austrália. Foi assim no mundial de 2006, na Olimpíada de 200 e 2004 e agora em Cingapura no basquete 3x3. O Brasil fez um jogo parelho, mas deixou as adversárias abertar para arremessar de três. Foram três bolas só nos últimos três minutos. Derrota por 23 a 20. Na primeira fase, a seleção venceu as fracas Mali e Tailândia, derrotou convencendo as tchecas, mas perdeu para a China, em outro jogo de igual para igual. Lembrando que o Brasil perdeu suas partidas para as duas equipes que fizeram a final, Austrália e China.
FINAIS NA GINÁSTICA
Voltando a ginástica, Harumi mostrou ser uma ginasta completa. Ficou em 11º no individual geral, foi a final da trave, ficando em quinto, e do salto, em sexto, além de ter sido nona no solo, a menos de um décimo de uma vaga na final. Se melhorasse sua prova de barras assimétricas, em que foi mal tanto nas eliminatórias como na final, poderia ficar entre as seis primeiras também no individual geral.
No trampolim acrobático, Daianne Lima ficou em sexto nas eliminatórias, mas caiu na final e ficou em oitavo no geral.

O MELHOR RESULTADO NÃO DEU UMA MEDALHA
No ciclismo BMX, Mayara Perez foi a melhor entre todas as participantes, inclusive que suas rivais diretas em campeonatos mundiais, como uma australiana e uma holandesa. Porém, a medalha em Cingapura foi entregue a equipe com melhor desempenho na soma das modalidades BMX, Mountain Bike e Estrada, entre homens e mulheres. O Brasil ficou em décimo lugar e longe do pódio, mas tivemos a melhor atleta de ciclismo BMX dos Jogos, que venceu oito das nove baterias que participou.

DISCRETOS NO RESTANTE DOS ESPORTES

Nos outros esportes, participações discretas, como o esperado. No tênis de mesa, a melhor foi Caroline Kumahara, de apenas 15 anos. Jogando contra atletas de até 17 anos, ela ficou na nona posição no invididual e ajudou o Brasil, jogando ao lado de Eric Jouti, a ficar na mesma nona posição por equipes.

No pentatlo moderno, Wilhan Muinhos ficou 13º entre 24 participantes, enquanto Mariana Laporta, chamada de última hora para competição, ficou em 24º e último lugar. Também chamados de última hora, Nicoli Cruz e Pedro Abreu ficaram nas últimas posições dos saltos ornamentais. No triatlo, Iuti Venutto foi 22º. Na esgrima, Guilherme Melaragno venceu um jogo e ficou na nona posição.
ALGUMAS NOVIDADES APROVADAS NO EVENTO. OUTRAS NÃO
Não foram poucas as novidades dos Jogos Olímpicos da Juventude. Algumas podem e devem ser testadas em competições adultas num futuro próximo. Não digo entrar no programa olímpico "adulto", mas sim fazer parte dos campeonatos mundiais das modalidades.

O maior sucesso, na minha opinião, foi o revezamento misto na natação Dois homens e duas mulheres em cada equipe. A prova é uma "zona", no bom sentido da palavra. Qual é a melhor estratégia? Homem/Mulher/Homem/Mulher? Ou fechar e abrir com homem? Ou colocar os dois homens para abrir vantagem? Enfim, uma prova que vale a pena entrar no programa dos campeonatos mundiais.

O Basquete 3x3 até que deu certo, mas não convenceu. Nem mesmo os atletas sabiam as regras, tivemos poucas jogadas bonitas,de enterradas e o jogo é muito, mas muito dinâmico.Dinâmico até demais, confundindo narradores e juízes.
Por outro lado, é uma alternativa ao longo basquete 5x5, que demora duas horas cada partida. Podemos começar a ter Campeonatos Mundiais 3x3 para, um dia, pensar em implementar numa Olimpíada.

O ciclismo foi uma decepção. As meninas foram sobrecarregadas. A mesma atleta disputava o BMX, Mountain Bike o contra relógio. As três modalidades são com bicicleta mas são muito, muito diferentes. Uma medalha só para todo ciclismo foi um absurdo, juntando o masculino e o feminino nas três provas.

A ideia de unir equipes de países diferentes é boa para um torneio de jovens, que visa ter a amizade dos povos, mas usá-las num futuro próximo em qualquer competição é impossível. Provas como o revezamento de atletismo por continentes, as competições por equipes no hipismo,triatlo também não empolgaram. O mais confuso de todos foi no judô, em que os atletas estavam aleatoriamente nas equipes, sem divisão de países ou continentes.

O QUE SERÁ QUE A CHINA VAI PERDER?
Num hipotético quadro de medalhas, a China ficou disparado na frente, com 30 medalhas de ouro e um total de 51 pódios. A Rússia ficou em segundo com 18 ouros e um total de 43 pódios. Duas surpresas na sequência, Coreia do Sul com 11 ouros e Ucrânia com nove. Austrália ficou em quinto e Cuba, provando que o esporte não acabou na Ilha, em sexto.

Os EUA não levaram sua equipe principal em muitas modalidades, incluindo a natação, que o país domina na categoria adulta. Oito atletas foram selecionados apenas para não criar confusão com o Comitê Olímpico Internacional. Se não sofresse pressão do COI, a USA SWIM não mandaria ninguém. Com isso, conquistaram quatro ouros e um total de 20 pódios, não passando da 13ª posição no geral.

Os chineses dominaram esportes que nunca foram suas especialidades. A natação, cada vez mais forte no país, teve 11 ouros, duas pratas e um bronze. O principal nome de toda a competição foi a nadadora Yi Tang, que venceu as provas de 50m,100m e 200m livre, além de três revezamentos, fechando com seis medalhas de ouro.

Além da natação, destaque para o levantamento de peso, ginástica e saltos ornamentais. Entretanto, medalhas vieram em esportes não tão bons, como o basquete feminino, que se sagrou campeão, no tênis, atletismo e até mesmo na canoagem.

Isso mostra o futuro da competição entre os países na Olimpíada. A tendência é que a China cresça mais ainda. No hipismo, vela e esgrima, esportes pouco desenvolvidos no país, eles estão crescendo muito e melhorando os resultados. Até em provas de velocidade do atletismo, sempre dominada pelos americanos e atletas da América Central, viu vitória de um chinês nos 200m rasos masculino.

UCRÂNIA E COREIA, AS SURPRESAS
Nos últimos anos, os quadros de medalhas das Olimpíadas adultas vem sendo bem parecidos. Na frente EUA, China, Rússia e Austrália. Depois, um pouco atrás, os países da Europa Ocidental como Alemanha,França,Itália e Grã Bretanha, disputando com os asiáticos Japão e Coreia, esse último um pouco atrás.

Porém, nos Jogos da Juventude, os coreanos ficaram na terceira posição com 11 ouros e 18 medalhas. Destaque para o judô que levou dois atletas, número máximo permitido por país, e ficou com dois ouros e para o taewkondo, esporte principal do país, que conquistou três ouros.
Títulos na natação,tiro e no pentatlo moderno mostram que o país está investindo em outros esportes.
Já a Ucrânia,que ficou em quarto em Cingapura, continua crescendo em termos de resultados, algo que acontece desde o fim da União Soviética, quando passou a competir "sozinha".
O carro chefe nos Jogos da Juventude, claro, foi a ginástica com três ouros e duas pratas. A natação, que tem tido glórias recentes no adulto, foi bem, principalmente com o velocista Andrii Govorov, talvez o melhor nadador homem da competição.

GRANDALHÕES SEM BRILHO
França,Itália,Grã Bretanha e Alemanha, os quatro europeus do ocidente que sempre estão entre os melhores do mundo fizeram uma Olimpíada da Juventude apagada. O principal motivo desta queda foi a redução de medalhas de ouro dadas em esportes que esses países sempre dominam. O remo,por exemplo,dá 14 ouros em uma Olimpíada adulta, em Cingapura deu quatro.A canoagem, caiu de 16 para quatro. O Ciclismo é o mais impressionante, de 18 numa Olimpíada adulta para apenas um.

O melhor deles foi a França, que ficou em nono. Ganhou medalhas na natação e no atletismo, mas passou em branco na esgrima, esporte que deu mais medalhas na história olímpica.
Os italianos ficaram em décimo aproveitando bem a esgrima, levando três ouros e uma prata.

Alemães e britânicos sentiram falta de seus principais esportes. Os germânicos ficaram com quatro ouros e 22 pódios no total, fechando no hipotético quadro na 12ª posição.

Os britânicos foram os que mais sentiram. Com remo e ciclismo dando, somadas, apenas cinco medalhas, ficaram muito para trás, em décimo nono, com três ouros, uma prata e cinco bronzes. Só para ter uma noção, em Pequim, o remo britânico levou seis medalhas e o ciclismo 14, somando 20 das 47 insígnias do país.

LESTE EUROPEU E ANTIGA URSS FORTE
Ucrânia, já citada, em quarto. Hungria em oitavo, Azerbaijão em 11º. Três países entre os 11 primeiros, isso nunca aconteceu na história olímpica. Há um explicação para isso. Esportes como Luta Olímpica,boxe e Levantamento de peso não limitaram tanto a quantia de medalhas. De, respectivamente, 18, 11 e 15 ouros numa Olimpíada "adulta", caem para 15, 11 e 11. Esses esportes são dominados por países do Leste Europeu e os asiáticos.

A Hungria confirmou seu domínio na canoagem de caiaque, levou os dois ouros em disputa, e se deu muito bem na natação, com três ouros. Eles pareciam mortos, mas no último dia no Complexo Aquático, levaram quatro ouros, com destaque para as duas vitórias de Boglárka Kapás.
O Azerbaijão terminou com oito medalhas, cinco delas de ouro. Mesmo com apenas 12 atletas na delegação, conseguiu subir ao pódio cinco vezes na luta, uma no levantamento de peso e duas no boxe.
SUL-AMERICANOS SOBEM,MAS BRASIL SEGUE O MELHOR
Argentina terminou com um ouro, duas pratas e um bronze. Colômbia dois ouros e três pratas. Venezuela cinco medalhas, duas pratas e três bronzes. Sobrou uma medalhinha até para Bolívia, que levou o ouro no futebol. No futebol feminino, ouro para o Chile.
Os colombianos ficaram em 21º no quadro,logo atrás do Brasil. Levaram o ouro no ciclismo, provando que realmente tem um dos pedais mais fortes do mundo, e no tênis com Juan Gomez.

Já a Argentina teve como destaque os resultados no esporte coletivo. Prata no hóquei, numa decisão emocionante com as holandesas, e prata no vôlei, numa derrota de 3x0 para o time cubano, que teve como destaque Leon, um dos melhores adultos do mundo.
Briaan Toledo levou ouro no dardo, confirmando seu favoritismo, e foi o único título argentino nos jogos, que ainda levou bronze no boxe e no taewkondo.

A venezuela conquistou duas medalhas na natação, com Cristian Quintero, grande nome do continente no esporte. Boxe, levantamento de peso e judô completaram as medalhas do país.

OS GRANDES NOMES DOS JOGOS: TÍTULO, VEXAME E SEMIFINAL

Em termos de RESULTADOS no esporte adulto, os Jogos da Juventude tinha três grandes nomes: O Campeão Mundial adulto de Saltos Ornamentais Tom Dailey, o cubano Leon, um dos melhores jogadores adultos de vôlei da atualidade, e a atleta do tiro com arco Maria Avitia, do México, quinta colocada na última Olimpíada.
Leon foi o grande maestro cubano no título do vôlei masculino. O torneio estava muito forte. Além dos argentinos, a quem derrotaram na final por 3x0, os cubanos tiveram que vencer a Servia e o Irã. O Irã tem um time muito bom nas categoria de base, inclusive é atual campeão mundial infantil.
Maria Avitia começou bem no tiro com arco, ficou entre as quatro melhores mas nas flechas decisivas acabou não indo bem e fechou na quarta posição
Tom Dailey era o grande nome dos Jogos. Disputou a Olimpíada de Pequim com 14 anos, no ano seguinte foi campeão mundial adulto de saltos ornamentais. Em Cingapura, chegou com o cotuvelo machucado e esteve irreconhecível, longe do pódio.

CINGAPURA, DERROTAS GIGANTES NOS COLETIVOS, ÚLTIMAS COLOCAÇÕES EM PROVAS INDIVIDUAIS E RECORDE DE MEDALHAS
Cingapura, como é de costume entre os países sedes, perdeu feio em muitos do esportes coletivos. Isso se explica pois os países sedes são obrigados a disputar todas as modalidades, mesmo aquelas sem nenhuma tradição no país. Isso serve para o Brasil abrir o olho do Brasil para 2016, em esportes como Hóquei na grama.
No Basquete, por exemplo, eram vinte equipes. A seleção masculina perdeu todos os jogos da primeira fase e ficou em 17º. No feminino, a única vitória veio sobre Vanuatu e a seleção ficou na 19ª posição.
No hóquei na grama, o time masculino perdeu todas suas cinco partidas, inclusive para os pouco experientes atletas de Gana. Foram goleados três vezes. No vôlei feminino, apenas 70 pontos feitos na primeira fase em dois jogos e seis sets perdidos em seis disputados.
Nas provas individuais, sequências de últimas colocações em esportes pouco praticado no país, como saltos ornamentais, tiro com arco e canoagem.
Quanto as medalhas, o país que só conquistou duas na história da Olimpíada adulta, levou duas pratas e quatro bronzes. A mais festejada delas foi a terceira posição no futebol masculino.
PRÓXIMA PARADA- CHINA 2014
A próxima edição dos Jogos da Juventude de verão acontecem em Nanjing, na China, no ano de 2014.
TEM TWITTER?SIGA O BLOG

3 comentários:

  1. excelente resumão e agora é olhar o Mundial de Basquete...

    ResponderExcluir
  2. Ótimo resumo e bom resultado para o Brasil, a decepção, como sempre ficou por conta da grande imprensa brasileira que praticamente não cobriu os jogos.... uma pena!

    ResponderExcluir
  3. Muito triste mesmo.... por que será que a imprensa brasileira não cobriu os jogos da juventude?
    Será uma represália à Rede Record ou será que é apenas a ignorância da maioria dos repórteres?

    ResponderExcluir