Depois do péssimo desempenho no GP de Fortaleza, o Brasil foi bem melhor no GP Internacional do Rio de Janeiro, etapa mais importante dos meetings internacionais no Brasil. Com 150 atletas, trÊs campeões mundiais o nível foi alto, mesmo com a etapa da Diamant League no mesmo dia.
Destaques brasileiros foram vários. Na minha opinião, foi o velocista Nilson André. Ele, de 24 anos, correu bem os 100m. Mesmo ficando em sexto, fez 10s21 e vai se tornando o principal nome brasileiro da prova, após as confusões do doping do ano passado. Nos 200m, ele foi melhor ainda, venceu 200m com 20s41, o melhor tempo de um brasileiro desde 20s32 de Sandro Vianna antes da Olimpíada. O tempo é top-10 do ano na prova.
Fabiana Murrer venceu bem o salto com vara. Testando pela primeira vez a nova passada, fez 4m75 e falhou suas trÊs tentativas nos 4m85, quando poderia bater o recorde sul-americano e fazer a melhor marca da temporada. Seu objetivo para o Rio era fazer 4m70 e conseguiu.
Keila Costa voltou a saltar bem. Bronze no mundial indoor desse ano, ela fez 6m68 e nem precisou do último salto para ficar com ouro, top-10 do ano. Lembrando que Maurrem segue se recuperando da contusão no joelho.
O quarto ouro brasileiro veio com Kleberson Davide nos 800m. Ele correu na casa do 1min44s e tem a sexta marca do ano. Fabiano Peçanha ficou em quarto e é top-1o do mundo. Aliás, a prova do Rio foi a segunda mais forte do ano, com cinco tempos entre os 10 melhores do ano.
Geisa Arcanjo não repetiu o bronze de Fortaleza, na última quarta, mas bateu seu recorde no peso. Com 17m11, ela bateu recorde brasileiro juvenil. Outro recorde juvenil que caiu foi dos 400m rasos, com Bárbara Oliveira que ficou em quinto com 52s98 e pela primeira vez baixou dos 53s. Na mesma prova, Jailma Sales foi bronze com 52s70.
Nas provas de velocidade, Ana Claudia se firma como principal nome do Brasil. Nos 100m, 11s46 e a quarta posição, tempo nem tao bom. Nos 200m, entretanto, 23s06 e um bronze quase prata e um tempo top-20 da temporada.
A última medalha do Brasil veio com Jadel Gregório. Sem condiçoes de brigar pelo ouro com o campeão mundial Philips Idowu e com o cubano Alexis Copello, ele lutou pelo bronze até o fim. Com 16m98 na última tentativa ele garantiu um lugar no pódio.
No lançamento de martelo, Wagner Domingos não conseguiu medalha devido ao grande nível da competição. Porém, passou de 70m novamente, com 70m92, e venceu mais uma vez o rival argentino Juan Cerra.
Nos 5000m, uma prova muito forte com vitória do queniano Abraham Chebii com 13min17, tempo top-10 do mundo esse ano. Marilson foi o melhor brasileiro, com com 13min45s, em oitavo.
Sabine Letícia Heitling voltou a correr bem os 3000m com obstáculos, fez 9min43s84 e ficou perto do bronze, menos de meio segundo.
Um resultado bom. Bem melhor do que visto em Fortaleza. Não só pelas medalhas mas pelas marcas. Quarta-feira tem mais!
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