Cabeça 14 do torneio e número 25 do atual ranking juvenil, Fernandes teve uma campanha espetacular em Melbourne. Depois de uma virada na estreia contra o francês Cedrick Commin, por 3/6, 6/3 e 6/4, passou pelo sueco Tobias Blomgren, 7/5 e 6/2, e aí eliminou o cabeça 4, o americano Mitchell Frank, 6/3, 4/6 e 7/5. Nas quartas, suou contra o coreano SUk-Young Jeong, 7/6 e 7/5, e depois anotou grande virada em cima do cabeça 2, o francês Gianni Mina, por 4/6, 7/6 e 6/2.
Tiago tem 17 anos, recém completados ainda em janeiro. E tem que tomar cuidado para não fazer o sucesso subir a cabeça. Pupilo de Larri, já tomou uma atitude certa ao não aceitar o convite direto para jogar no ATP da Costa do Sauípe. Ele entra no qualificatório do torneio e pode conseguir vaga.
No adulto, elé é número 945 do mundo, disputou apenas seis torneios futures na carreira e tem nove pontos no ranking. No juvenil, ele era número 24º até a conquista do título na Australia e deve subir bastante. Na frente dele, inclusive, está Guilherme Clezar, que até o Australian Open, em que também fez boa campanha chegando as quartas-de-final, era número 16.
Tem que começar por baixo, jogando mais futures, que estão espalhados pelo Brasil. A partir de abril, o Brasil terá torneio que valem pontos para ATP em quase todas as semanas até dezembro, chegando a 35 torneios, além dos seis chalengers que acredito que ele tem que se aventurar. Também acho que alguns torneios fora ele deve participar para ganhar mais experiÊncia, disputar alguns chalengers pela América Latina e até mesmo pela Europa.
Com 17 anos, ele ainda tem essa temporada inteira como juvenil. Acho que ele deve disputar os Grand Slams da categoria mas entrar nas outras semanas já no ranking profissional. Não deve pensar em ranking nesses primeiros anos e sim em ganhar experiência e jogar, jogar e jogar, contra profissionais. Não vale a pena entrar num ATP, ainda é cedo, mas jogar uns futures ou uns chalengers vale a pena, não só no Brasil.
Em 2000 Andy Rodick foi campeão do Australian Open juvenil Hoje é um dos melhores do mundo. Em 2003, o campeão juvenil foi Marcos Baghdatis, hoje um dos 20 melhores. São exemplos positivos. Porém, o americano Donald Young ganhou em 2004 e nunca vingou. Atualmente está perto do número 200, apesar de já ter sido 73.
Roger Federer e Rafael Nadal nunca venceram um Australian Open, Roger venceu um Grand Slam juvenil e Rafael nunca venceu um, pelo que pude pesquisar.
Esses dados são, para resumir: Ser campeão é importante, mas não é tudo. Um grande tenista não precisa necessariamente um título importante entre os juvenis. Mas um titulo vale, é um começo. E um grande começo!
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