segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Retrospectiva de 2009- Handebol

O Handebol nacional teve um 2009 de renovação em suas seleções, mas resultados um pouco abaixo do esperado nos campeonatos mundiais. No feminino, um grupo difícil na primeira fase levou o time a apenas 15ª posição no torneio encerrado em dezembro, enquanto em janeiro, o time masculino até que começou bem mas depois desandou e amargou a 21ª posição.

O Mundial de handebol masculino foi o primeiro campeonato mundial de modalidade olímpica disputado em 2009, abrindo o calendário de competições. O Brasil disputou o torneio com 11 jogadores que nunca estiveram num Campeonato Mundial e terminou com apenas três vitórias e uma posição bem abaixo do esperado.
A campanha não começou ruim. Depois de esperadas derrotas para Dinamarca- 40 a 27- e Noruega- 39 a 21, veio o jogo que poderia ter mudado o rumo do Brasil, numa vitória por 32 a 30 sobre a tradicional seleção da Servia, o que colocou o time diretamente na disputa por uma vaga na segunda fase. Depois, uma nova vitória sobre a Arábia Saudita por 26 a 24 e uma derrota para o Egito por 25 a 22 colocaram o Brasil na disputa da 13ª posição. Aí, vieram as inesperadas derrotas para Argélia( 29 a 28), Tunísia ( 34 a 33), além da Rússia, por 25 a 22. Essa sequência ruim levou o país a disputar o 21º lugar, em que derrotou o Kwait.

O destaque brasileiro não foi Bruno, um dos melhores jogadores do Mundo e que está jogando na Europa há anos. Ausente do mundial, deu lugar a Felipe Borges, que marcou 10 gols numa partida só, contra a Servia, e terminou o campeonato como terceiro maior artilheiro da competição. Borges foi repatriado no fim do ano e terminou a temporada defendendo a equipe da Metodista.

A desorganização marcou a preparação brasileira para o mundial, que ocorreu no início do ano, apenas quatro meses depois da Olimpíada de Pequim-2008. A troca de técnico, Washington Nunes foi contratado, foi anunciado apenas 10 dias antes da competição mais importante do ano e o time não teve o mínimo tempo de preparação.

Já o time feminino teve uma preparação bem melhor, até pela data do mundial, disputado em dezembro. A equipe se preparou de maneira mais adequada, disputou amistosos e torneios preparatórios na Europa. Com um técnico dinamarquês, a equipe teve bons momentos no torneio, principalmente na estreia, diante da França, que ficaria com o vicecampeonato, em que o Brasil saiu vitorioso por 22 a 20.

Num grupo dificílimo, o único com quatro seleções europeias, o Brasil sucumbiu nos três jogos seguintes e abandonou a briga pelas primeiras posições. Perdeu para Suécia por trÊs gols, para Alemanha por dois gols e para a Dinamarca por uma vantagem maior. Depois, o Brasil venceu Ucrânia e Japão e fechou o mundial em 15º.

Porém, na minha opinião, o ano da seleção ficou marcada pela primeira derrota em Campeonatos Pan-americanos da década. Mesmo com um time com ausências importantes, era obrigação vencer o Campeonato, disputado na Argentina. Porém, o time saiu derrotado na prorrogação por 26 a 25 e ficou com o vice.

A notícia boa para o handebol nacional é que o próximo mundial feminino será disputado no Brasil. Em dezembro de 2011 teremos as 24 melhores seleções do mundo jogando em Santa Catarina, nas cidades de Florianópolis, São José, Itajaí, Blumenau, Brusque, Jaraguá do Sul e Joinvile.

Na base, o Brasil seguiu freguês da Argentina nas competições de base na categoria masculina. A Seleção Brasileira de handebol ficou com a medalha de prata no Campeonato Pan-Americano júnior masculino, realizado em Buenos Aires, na Argentina. Na decisão do título, o Brasil foi superado pelos donos da casa por 21 a 14.
No mundial, a seleção fez um ótimo papel. Venceu três primeiros jogos que disputou Irã e Tunísia e surpreendendo França, ficando em primeiro lugar no grupo. Na segunda fase, perdeu as trÊs partidas, todas muito disputadas. A derrota mais dolorosa foi contra a Argentina, por dois gols de diferença.

No mundial juvenil o Brasil ficou na 15ª posição entre as 20 que estiveram presentes. Na primeira fase, a equipe conseguiu fazer jogos interessantes contra as equipes fortes como França, Suécia e Islândia, perdendo por poucos gols, e venceu Porto Rico. A decepção, entretanto, veio na derrota para Quênia no torneio de consolação.

Não tivemos mundiais de base no feminino, mas nossa seleção juvenil disputou um importante torneio no Mediterrâneo. O Brasil conquistou a medalha de bronze, com quatro vitórias, algumas delas contra seleções fortes como França e Montenegro, um empate e duas derrotas.

Dentro do Brasil, os melhores clubes seguem os mesmos, tanto no masculino como no feminino. Embora tenha sido superada na decisão, a Metodista/São Bernardo conquistou o tetra da Liga Nacional de handebol feminino. O time foi derrotado pelo Blumenau/Furb, por 26 a 20, mas obteve vantagem de nove gols quando venceu o adversário na primeira partida da final por 25 a 17. No masculino, Pinheiros conquistou o bicampeonato. O time paulista superou a Unopar / Fel / Sercomtel por 33 a 28 (16 a 12).

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